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O Psicologia e Mídia

Por:   •  11/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.985 Palavras (12 Páginas)  •  424 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS MARQUÊS

Anand Shakti Sampaio Erdman – D58116-3

Jaciara De Oliveira Moreira – N3150D-0

Jonathan Moura Cavalcanti Souza – N314EG-0

Leticia da Silva Machado – D63GJJ-0

Pedro Ferreira Romani – D5731G-8

Raquel Fernandes R. Silva – D723BH-1

PSICOLOGIA E MÍDIA

São Paulo
2018

  1. SUMÁRIO

  1. Introdução .................................................................................................................... 3
  2. Histórico e caracterização do tema ............................................................................ 4
  3. Questões éticas relacionadas ...................................................................................... 6
  4. Posicionamento do CFP .............................................................................................. 9
  5. Posicionamento do CRP ............................................................................................ 11
  6. Como o tema é tratado em outros países ................................................................. 13
  7. Bibliografia ................................................................................................................ 14

 

  1. INTRODUÇÃO

Inicialmente, o conceito de mídia refere-se especificamente aos meios de comunicação em massa, principalmente aos meios de transmissão de noticias, informações e meios de publicidade, tais como jornais, revistas, rádios, televisões, outdoors, redes sociais entre outros. Segundo Thompson (1995) “hoje em dia vivemos em uma “cultura midiada””, sendo assim, a mídia vem exercendo seu “poder” sobre a sociedade de forma inesperada, influenciando na idealização da subjetividade em cada indivíduo ou grupo.  

A psicologia coopera com a área tecnológica sendo fundamental a participação da mesma, tornando-se um instrumento importante nas discussões e intervenções de ordem social, impulsionando e ampliando o significado desta profissão e, ainda assim, tendo a possibilidade de levar cada vez mais longe o saber psicológico e suas interfaces, zelando pela estruturação da psicologia enquanto ciência e profissão comprometida com a garantia dos direitos humanos.

Em suma, são inúmeros os modos de inserção do psicólogo nos meios de comunicação, logo, iremos abordar ao longo deste trabalho a relação desses modos com o histórico do mesmo, o envolvimento ético dentro do contexto e os posicionamentos do Conselho Federal de Psicologia e do Conselho Regional de Psicologia, além de apontar como a psicologia e mídia são vistas em outros países.

  1. HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO TEMA

        Uma das principais responsabilidades da Psicologia como ciência é tratar de temas e assuntos que influenciam a nossa maneira de pensar, e mais do que isso quais foram às causas que criaram esses movimentos diversos de pensamentos. Entre eles esta a mídia, uma forte influenciadora ou ate mesmo em alguns casos “manipuladora” da nossa subjetividade.  

Primeiramente, a criação da mídia, como meio de comunicação em massa, representa um aspecto constitutivo do nascimento da sociedade de massa no fim do século XIX (Silveira, 2004). A mídia na contemporaneidade engloba os veículos de notícias, o campo da publicidade, a produção de filmes, novelas e minisséries. Aparece, ainda, no campo da rede virtual, sobretudo na internet, com isso toda mídia impressa e televisiva determina modos de existência, de subjetividade e de relacionamento, mas a nova mídia, representada pela internet, amplia o potencial de produção subjetiva, modificando as experiências físicas, mentais e sociais dos sujeitos. Não podemos negar que a mídia virtual favorece o desenvolvimento de capacidades cognitivas e perceptivas (Belloni, 2005), mas, por outro lado, gera maior dependência no sujeito e pode diminuir o campo das relações concretas, modificando a "textura" das mesmas (Megale & Teixeira, 1998).

As histórias da imprensa e da subjetividade, enquanto experiências de liberdade individual são correlatas. Podemos pensar a criação da imprensa como um dos fatores que possibilitaram o surgimento da experiência subjetiva e a valorização do espaço privado. Assim, a imprensa não só influencia nos modos de subjetivação, mas também cria ou contribui para a criação de subjetividades.

Alguns estudos na área da Psicologia que tratam do tema das influências da mídia nos sujeitos relatam que pesquisas versam sobre a questão da violência, da moda, das relações parentais, ou seja, trabalham as diferentes possibilidades de os programas de televisão influenciar a subjetividade. A mídia televisiva conta com o apelo das imagens que simulam a realidade cotidiana para influenciar os sujeitos. No entanto, para além da intenção responsável dos produtores, temos as influências contínuas nos modos de vestir, de se comportar e de se relacionar. Os dramas dos personagens das novelas, por exemplo, oferecem padrões de relacionamento e de comportamento. Temos, ainda, a questão das propagandas que, alimentadas pela sociedade de consumo, objetivam uma manipulação direta das subjetividades. Podemos afirmar que a mídia é, atualmente, um dos mais importantes instrumentos sociais, pois seu poder produz esquemas dominantes de significação e interpretação do mundo. A mídia define o conteúdo e a forma do pensamento e da ação do sujeito. Alguns pesquisadores do campo das Ciências Humanas investem no trabalho de estudar a influência da mídia na subjetividade. Andrade e Bosi (2003), por exemplo, estudam a influência da mídia no comportamento alimentar feminino. Para os autores, "o ideal de corpo perfeito preconizado pela nossa sociedade e veiculado pela mídia leva as mulheres, sobretudo na faixa adolescente, a uma insatisfação crônica com seus corpos" (Andrade & Bosi, 2003). Desta forma compreendemos a referência platônica de Bourdier (1997) em sua análise dos efeitos da mídia sobre a subjetividade como tradução da idéia do filósofo grego para o horizonte da contemporaneidade. Assim, a afirmação "somos marionetes da divindade" anuncia a mídia como detentora do poder de manipular as cordas que sustentam os sujeitos/marionetes.

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