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O SOFRIMENTO MORAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

Por:   •  25/11/2016  •  Resenha  •  1.172 Palavras (5 Páginas)  •  577 Visualizações

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DALMOLIN, Graziele de Lima, LUNARDA, Valéria Lerch, LUNARDI FILHO, Wilson Danilo. O SOFRIMENTO MORAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009 jan/mar; 17(1):35-40.

A presente resenha destaca-se pela importância do estudo realizado em duas instituições hospitalares no estado do Rio Grande do Sul com ênfase para os aspectos de situações problemáticas originadas pelos conflitos morais no correto desempenho da atividade laborativa de enfermagem.

Mediante a exposição do trabalho os autores relatam que a enfermagem é uma prática com o objetivo do cuidado humano, mas que a sua atuação de longe foge dos parâmetros estabelecidos entre a práxis e a teoria. Isso se deve ao fato de que na pesquisa apresentou-se problemas ligados ao ambiente organizacional como sofrimento moral, o desrespeito aos direitos do paciente como fonte de sofrimento e a morte como fonte de sofrimento.

Ligados ao primeiro aspecto que é o ambiente organizacional como fonte de sofrimento moral os profissionais de enfermagem demonstraram ocorre a sobrecarga de trabalho, que origina o desgaste físico, mental e emocional, devido o elevado número de pacientes internados e a gravidade de seu estado de saúde, o que acarreta destes profissionais muita concentração, esforço e dedicação para garantir uma assistência eficaz.

No segundo aspecto ligado ao desrespeito com os pacientes o aspecto está centrado que o sofrimento moral pode decorrer do entendimento de que os pacientes necessitam ser reconhecidos como sujeitos e não tratados como meramente objetos de estudos.

O terceiro aspecto e não menos importante se reporta a morte como fonte de sofrimento onde os profissionais encontram o maior conflito quanto ao que fazer ou dizer para a família, no momento da morte sentem-se impotentes muitas vezes.

Desse modo algumas considerações são necessárias e de fundamental importância dentro do campo da enfermagem.

As organizações são criadas pelos homens e perpetuam-se por meio deles, são compostas de pessoas que, assim, como qualquer outra empresa seja qual for a sua finalidade, têm seus objetivos bem delineados e específicos. Instituição e homens precisam estar em harmonia e de comum acordo, para que esta união renda frutos e crescimento para ambos os lados, porque todos saem ganhando, os lucros aumentam, as necessidades pessoais são satisfeitas, o desenvolvimento profissional adequado e merecedor e oportunidades de se enfrentar os desafios surgidos no decorrer do período laborativo.

Para isso pode-se afirmar que as pessoas são os alicerces da instituição e utilizam suas habilidades, capacidades, experiências e conhecimentos como ferramentas para conseguir novos recursos e alcançar os resultados esperados pela instituição como um todo.

O profissional de enfermagem coloca à disposição desta diversas habilidades, como executar tarefas e atividades, influenciar e modificar comportamentos dos outros e ter ideias baseadas em seus conceitos e mediante as suas experiências.

Isso implica dizer que para que a instituição tenha eficiência tenha que existir um consenso nos meios pelos quais chegamos a um resultado, ao método de trabalho e aos procedimentos usados para atingirmos um objetivo e não sermos constantemente sufocados por uma chefia autoritária, totalitarista e sem consciência e respeito pelo seu quadro de profissionais que se sentem oprimidos, humilhados e muitas sufocados e impotentes perante um processo que está sendo levado ao fracasso como relatado na pesquisa em questão.

A eficácia é o objetivo alcançado, o resultado final do trabalho. Tem relação com a satisfação das necessidades da sociedade com produtos ou serviços prestados pela mesma, no caso aqui, a instituição hospitalar.

Os valores organizacionais têm origem em ideias, em crenças sobre o que é certo ou errado, mais ou menos importante e isto é conservado pelo grupo, o que aconteceu nesse caso da pesquisa, onde os profissionais ligados a enfermagem sabem que a instituição não tem como atender as necessidades da população-alvo, mas ao mesmo tempo sabem que isso é errado e sentem um sofrimento psicológico bem acentuado por não terem como reverter essa situação.

Por isso o que acontece é que estas instituições possuem um quadro de colaboradores comprometidos, focados em resultados, capacitados, resistentes a pressão e com habilidades de relacionamento, mas angustiados e oprimidos por não conseguirem exercer adequadamente sua profissão por medo e angústia de serem punidos por expressar tal comportamento, uma inversão de valores aos quais são submetidos diariamente.

        As pessoas podem potencializar os pontos fortes de uma instituição ou reforçar as fragilidades, dependendo de como são tratadas e gerenciadas, e cabe a instituição hospitalar no caso da pesquisa em questão ter a responsabilidade de criar uma relação positiva e construtiva de parceria e interação, respeito e profissionalismo.

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