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O homem é um ser relacional

Por:   •  6/5/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.640 Palavras (7 Páginas)  •  1.314 Visualizações

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Dinâmica e Jogos Vivenciais

A dinâmica de grupo é um convite ao jogo e a brincadeira, e isso significa que devemos eliminar barreiras, movimentar, motivar e interessar os participantes para que sejam capazes de estabelecer um processo de comunicação e interação direto e espontâneo e rompam medos e receios inibidores.

O orientador

Um dos papeis mais importantes no trabalho em grupo é o do orientador ( que pode assumir diversos e variados títulos; ou é de líder ou de coordenador ou de professor ou o facilitador ). Cabe-lhe a responsabilidade de fazer de uma oportunidade de aprendizagem um momento de encontro agradável para todos; observar o desenvolvimento das ações e aproveita-las de forma produtiva para o grupo; proporcionar a sensação de ambiente protegido para novas experiências e aprendizagens. Ele é responsável pela percepção do grupo de que aquilo que está sendo feito é gratificante porque temos a oportunidade da convivência humana.

Ao trabalhar com grupos em dinâmicas, exercícios de vivências, laboratórios de sensibilização ou qualquer uma de suas inúmeras variações, tenha em mente os seguintes pontos:

 É interessante, se possível, iniciar com uma técnica de relaxamento.

 Seja, efetivamente, o orientador. Seja direto.

 Não interprete, pois a interpretação que será oferecida será a sua e não a de quem vivenciou o exercício. É natural e normal que projetemos nossos valores no momento da interpretação. Não podemos, porém, esquecer que nossos valores provavelmente não são os da pessoa que está nos ouvindo.

 Observe a participação e o envolvimento dos seus participantes durante o exercício. Eles indicarão o grau de interesse e de questionamento com relação aos itens tratados, bem como aqueles que devem ser mais explorados.

 dirija as sessões de modo que todos os participantes fiquem no agora, no momento atual que estão vivendo. Deixe que todos se aproximem de suas próprias experiências, de suas fantasias. Não interfira. Não desqualifique. Tudo é válido. Aproveite o momento.

Homem, um ser relacional                                

...O homem é um ser social... de relações, diálogos, de participação e de  comunicação....

Do nascimento até a morte, nossa vida é um permanente exercício de sociabilidade. A nossa vida humana é demarcada pela vida em grupo. Estamos o tempo todo relacionando com outras pessoas. Raramente encontramos uma pessoa que viva completamente isolada.

Grupo

Se você tiver a curiosidade de olhar, um dicionário ficará surpreso com a quantidade de significados que a palavra grupo pode assumir.

Conjunto de pessoas ou objetos reunidos em um mesmo lugar.

Pluralidade de seres ou coisas que formam um conjunto, assim considerado do ponto de vista.

Grupo é um conjunto de indivíduos que reunidos formam um todo.

Segundo Osório (2000) afirma que grupo “é um conjunto de pessoas em uma ação interativa com objetivos compartilhados.” Podemos complementar tal definição, acrescentando que essa ação interativa se caracteriza por relações face a face entre os participantes durante as experiências. Portanto, as pessoas paradas na frente do cinema esperando abrir as portas não são um grupo, pois, embora exista o objetivo comum, falta interação entre seus participantes, ou seja, está ausente o aspecto relacional que caracteriza essas pessoas como grupo. Uma empresa com dois mil empregados e a torcida de um time de futebol, pelo caráter de massificação das interações e a ausência das relações personalizadas, também não são consideradas grupos.

Em resumo, pode-se dizer que grupo é um conjunto de pessoas em ação interativa, com objetivos compartilhados, que se caracteriza por relações face a face entre elas durante as experiências.

Por essa definição, podemos entender que cada um de nós, ao longo da vida, recebe uma série de estímulos, tem uma série de experiências e vivencia uma forma de aprendizagem única e pessoal. Esse acúmulo de conhecimentos é que, no momento em que entramos em contato com um grupo qualquer, irá direcionar a forma como levaremos para o grupo nossa maneira de ver a vida, de ver o grupo e de ver a nossa particular atuação no grupo. Justamente por esses motivos, podemos afirmar que não há dois grupos iguais. Mas do que isso: um grupo será uma realidade quando composto por 18 pessoas, por exemplo, e será outro grupo quando faltarem, ou estiverem ausentes, 2 ou 3 de seus participantes.

Por que isso é assim?

Cada um dos membros do grupo traz consigo crenças, valores, atitudes experiências, formas de atuação no mundo que, até aquele momento, eram usadas e aplicadas a si mesmo e agora serão projetadas no grupo. Com isso, a pessoa, tendo seu passado de vivencias, um vasto material recolhido ao longo da vida, projetara no grupo essa sua visão, alterando seu fazer e sua visão de como se relacionar com os integrantes de um determinado grupo, seja ele qual for. Esse fato é muito importante se levarmos em consideração que, atualmente, nossa vida se caracteriza pela tomada de decisão em grupo, seja na família, com os amigos, na empresa. E na realidade, a importância e a valorização da decisão grupal acentuam-se no momento em que percebemos que o resultado da criação grupal possui maior riqueza do que a individual.

No entanto, quando esse trabalho é desenvolvido por um grupo, muitas mais dimensões e facetas do problema, da realidade envolvida e das alternativas vêm à luz e proporcionam uma visão muito mais abrangente e rica sobre o tema em pauta.

...Ninguém é bom ou excelente apenas sozinho: há sempre alguém, um referencial, um suporte, uma estrutura, que incentiva para a realização....

 Temos necessidade de aceitação, de compreensão, de inclusão, de relacionamentos interpessoais. Essa necessidade interpessoal só pode ser satisfeita pela efetivação do relacionamento com outros. A não satisfação da necessidade interpessoal pode provocar no organismo sentimento de ansiedade e frustação que podem gerar estresse. Schutz definiu três zonas de necessidade interpessoal: inclusão, controle e afeição.

  1. Zona de inclusão: necessidade de a pessoa sentir-se considerada pela outra como existente e de desperta-lhe interesse.
  2. Zona de controle: essa necessidade implica o respeito pela competência e pela responsabilidade alheias, e a consideração da própria competência e responsabilidade.
  3. Zona de afeição: essa necessidade está ligada ao sentimento mútuo e reciproco de amar e ser amado, isto é, sentir-se amável.

“Os especialistas em desenvolvimento humano tem afirmado que Grupos caminham juntos, mas não se afinam, Equipes compreendem seus objetivos e engajam-se em alcança-los, de forma compartilhada. Numa equipe, portanto, há comunicação verdadeira, as opiniões divergentes são estimuladas de forma sadia, existe confiança mutua entre seus membros, os riscos são assumidos juntos, as habilidades de uns possibilitam o complemento das habilidades dos demais....existe cooperação. Numa equipe, ninguém quer ser melhor. O resultado eficaz do trabalho coletivo é que gera satisfação, o prazer e a sensação de ter feito o melhor juntos o que faz um grupo ser equipe começa pelo líder.

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