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O mundo da equipe dirigente

Por:   •  21/9/2016  •  Resenha  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  921 Visualizações

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O MUNDO DA EQUIPE DIREGENTE

GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 1961. Cap 2.

“Quase sempre, muitas instituições totais parecem funcionar apenas como depósitos de internados, mas, usualmente, apresentam-se ao público como organizações racionais, conscientemente planejadas como máquinas eficientes para atingir determinadas finalidades, oficialmente confessadas e aprovadas”. Um frequente alvo social é a ajuste dos internados na direção de algum padrão ideal. Esta incoerência, entre o que a instituição realmente faz e aquilo que deve que fazer, estabelece o contexto básico da atividade diária da equipe dirigente. Neste contexto, talvez a primeira coisa a dizer a respeito da equipe dirigente é que seu trabalho refere-se apenas a pessoas, na qual são objetos e produtos de trabalho e, a partir desse material de trabalho, as pessoas podem adquirir particularidades de objetos inanimados, como, por exemplo, os relatórios da situação do internado, em que membros da equipe dirigente anotam, faz o registro, da sua ausência em uma refeição.

Mesmo assim, os casos de objetos inanimados; é preciso regular a temperatura de qualquer depósito, seja de pessoas, seja de coisas. Logo, os padrões são tecnicamente desnecessários de tratamento necessitam serem mantidos com materiais humanos, que são denominados padrões humanitários e que ocorrem em parte da “responsabilidade” que a instituição tem em que garante ao internado, a sua liberdade. Os funcionários de prisão são forçados a deter as tentativas de suicídio de um prisioneiro e dar-lhe atenção médica integral, mesmo tendo que adiar a sua execução.

No mundo de trabalho da equipe dirigente os internados na maioria das vezes têm status e relações com o mundo externo em que precisa ser considerado. Diante disso, muitas vezes, a instituição tem as certas responsabilidades sobre a vida social do internado fora dela, como, por exemplo, sua aposentadoria, imposto de renda, pagamentos de seguro e etc.

O grande número de internados atribuem à equipe dirigente questões  clássicas que dever ser enfrentados por quem governa os homens. Por exemplo: um internado com tendências suicidas precisa ser mantido vivo, a direção da instituição pode achar necessário conservá-lo sob a fiscalização constante ou até mesmo amarrada a uma cadeira em uma sala fechada. Outro problema da direção consiste na discriminação dos direitos dos internados. Exemplo: se a porta de saída da instituição tem que ficar aberta em razão dos que têm o direito de sair, os internados que não portam deste direito, precisam, necessariamente, ficar encarcerados. Também há o conflito entre padrões humanitários e a eficiência da instituição, quando, esta faz uso da raspagem de todo o cabelo do internado para que sua cabeça seja mantida limpa, embora dano que isso causa à sua aparência.

Outras diferenças relatadas no capitulo são: quando o internado, detentor do direito, de fazer visitas fora da instituição, qualquer erro encarregado na sociedade civil se torna algo pelo qual a instituição tem certa responsabilidade e então, em razão disso, muitos encaram estas saídas de maneira desfavorável. Pelo exercício de ameaça, prêmio ou persuasão, os objetos humanos também podem contrapor aos planos dos dirigentes e tentar reagir, também se usa isolar o internado de seu destino na instituição; os dirigentes podem chegar a ter os internados como objetos de afeição.

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