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ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE Os Benefícios Desta Prática Para Os Portadores De Deficiência Visual

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Por:   •  26/5/2014  •  2.123 Palavras (9 Páginas)  •  404 Visualizações

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ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE

Os benefícios desta prática para os portadores de deficiência visual

Acadêmica: Sirlene Aparecida Onofre Rubialies

Professora- Luzia Matsumoto

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Licenciatura em Artes Visuais (Turma 0114) – Prática do Módulo II

13/06/2013

RESUMO

A deficiência visual implica na redução ou perda da capacidade visual em ambos os olhos, de maneira definitiva, sem a possibilidade de ser melhorada ou corrigida. Para o indivíduo portador de deficiência visual a perda de mobilidade é considerada o maior entrave interativo resultante desta deficiência, alterando significativamente seu estilo de vida. Porém, essa mobilidade pode ser desempenhada pelo portador de cegueira ou de baixa visão por meio da estimulação dos sentidos visão residual, do tato, auditiva, do olfato e do paladar trabalhados na técnica de Orientação e Mobilidade (OM) que é um processo composto de capacidades relacionadas aos diversos aspectos do desenvolvimento humano e técnicas adequadas e específicas, permitindo ao individuo se conhecer, relacionar-se e deslocar-se de forma independente e natural nos espaços e nas situações do ambiente em que encontra. A prática da Orientação e Mobilidade é uma atividade adaptativa que deve ser orientada por profissionais de educação física ou por fisioterapeutas. O indivíduo com deficiência visual seja ele, criança, jovem ou adulto que participa do processo de Orientação e Mobilidade, torna-se um ser com uma fonte enorme de capacidades tornando possível seu pleno desenvolvimento no meio onde vive onde o movimento é elemento essencial desse processo. Este artigo tem por objetivo apresentar quais sentidos os deficientes visuais podem desenvolver em substituição a visão, trabalhados na Orientação e Mobilidade.

Palavras-chave: Deficiência Visual. Orientação e Mobilidade. Sentidos.

1. Introdução

Uma das maiores dificuldades que um deficiente visual enfrenta desde a infância é o da orientação e mobilidade. Conforme Moura e Castro (1996) "A capacidade de se movimentar de um lugar para outro é fundamental para a qualidade de vida de qualquer pessoa (...) É através da Orientação e Mobilidade que o Deficiente Visual consegue deslocar-se para atingir os objectivos."

A orientação é a habilidade e a percepção que indivíduo tem do ambiente que o cerca, e da sua posição neste, constituindo as relações corporais, espaciais e temporais com esse ambiente, por meio dos outros sentidos do deficiente visual através da utilização da audição, do tato, do sistema vestibular, do olfato, da consciência cinestésica e nos casos de pessoas com baixa visão a visão residual.

A mobilidade é a aptidão que o indivíduo possui de se mover com relativa facilidade envolvendo uma interação com o ambiente. Para o deficiente visual a mobilidade é alcançada por meio de treinamentos que envolvem o uso de recursos mecânicos, como a utilização de bengalas longas funcionando como um aparelho que absorve o choque em uma colisão e propicia a locomoção utilizando-se guias sônicos, por meio de cães treinados; recursos ópticos, como lentes especiais e também de recursos eletrônicos, como o uso do laser e também.

Deste modo, a mobilidade é uma capacidade congênita ou uma circunstância do indivíduo e implica a vivência de uma motivação para fazer uso dessa habilidade, enquanto a orientação é uma capacidade aprendida no que diz respeito ao relacionamento com o ambiente.

Orientação corporal, desenvolvimento conceitual, postura, desenvolvimento sensorial, equilíbrio, domínio e aquisição de habilidades específicas como a utilização do guia vidente, seguir linhas-guia, tomadas de direção e utilização de pontos de referência são instruções básicas nos programas de Orientação e Mobilidade.

A Orientação e a Mobilidade são essenciais para a educação de uma criança ou adolescente com problemas de deficiência visual e pode trazer muitos benefícios para sua condição e maneira de viver.

Conforme AMARAL (1999. p. 22) “é o aprendizado que possibilita o despertar da capacidade de perceber as cores, as formas, os sons, a capacidade de falar, de pensar, de raciocinar, de lembrar, de emocionar-se, de amar, a aptidão para a leitura, para a escrita, para a ciência, para a

arte, etc.)

A criança que já nasce privada do sentido da visão necessita de contato com tudo que a cerca e estímulos em todos os momentos para que o aprendizado seja constante por meio da família, escola e comunidade.

Geralmente as crianças com deficiência visual obtêm seu conhecimento por meio de experiências sem o uso da visão, por esse motivo é necessário que lhes sejam oferecidas oportunidades para desenvolver os sentidos que lhes restam: visão residual, tato, audição, olfato e paladar. Esta é uma das atividades desenvolvidas por meio da Orientação e Mobilidade.

2. Estimulação da Visão Residual

De acordo com Andreza Moreira Ferreira “a estimulação visual consiste em utilizar a visão residual que a criança possui, proporcionando exercícios específicos que se baseiam no funcionamento visual com o objetivo de alcançar o mais alto desempenho possível desse resíduo visual.”

• Quando o atendimento se dá a alunos em fase escolar, é preciso orientar o professor sobre as dificuldades visuais do aluno, além de repassar as adaptações necessárias para um bom rendimento. São algumas delas:

• Observar a posição em que o aluno irá sentar na sala de aula;

• Nível de iluminação;

• Necessidade de materiais adaptados como caderno pautado, livro ampliado, lápis 3B, 4B ou 6B;

• Contornar os materiais com caneta de ponta porosa;

• Níveis de contraste;

• Necessidade de mesa inclinada.

O ideal é desempenhar todos os potenciais perceptivos que a criança possui, ajudá-la a usar sua visão residual e as estimular para que haja um melhor desenvolvimento logo que for detectada

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