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PSICANÁLISE SOB A ÓTICA DE Winnicott

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Por:   •  24/10/2013  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  312 Visualizações

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Evidenciando ser esse um dos temas em que melhor se pode constatar a mudança operada por Winnicott com relação à psicanálise tradicional, tendo em vista que a agressividade e destrutividade humanas estão intimamente relacionadas com a questão da constituição do sentido da realidade externa, em que a agressividade segundo o qual está ligada ao processo de amadurecimento, onde o bebê nos estágios iniciais se encontra em dependência absoluta da mãe e que com o passar do tempo a mesma se torna relativa como, por exemplo, a raiva pela frustração.

Já para Freud, o mesmo discordava no sentido de que as raízes da agressividade se encontravam na reação às inevitáveis frustrações, no contato com o princípio de realidade. Já Para Winnicott, contudo, a agressividade, que é relativa à frustração, pressupõe um alto grau de amadurecimento, impossível de ser concebido nos momentos iniciais.

Para Mellanie Klein, a agressividade humana, se expressa através da inveja, ódio ou sadismo, é sempre uma manifestação da pulsão de morte, ou pulsão destrutiva, e esta é um elemento constitucional do indivíduo, variando de intensidade.

Quando Winnicott diz que a agressividade é inerente à natureza humana é que a mesma já nasce com o indivíduo, ou seja, é o estar vivo, visto que a mesma tem várias naturezas e diferentes formas de manifestação, somente se desenvolvendo a partir das experiências e de acordo com as suas necessidades, onde o bebê é que irá determinar a maneira como irá lidar com a tendência agressiva que faz parte de sua natureza.

“O bebê não pode continuar a viver num mundo que é feito apenas de suas projeções e a comunicação com objetos subjetivos, que foi extremamente necessária e sentida como real torna-se, ao longo do tempo, um beco sem saída. Desse modo, há um momento do amadurecimento normal em que o bebê destrói o objeto, que, nessa ocasião, é subjetivo, não para livrar-se de algo mau que está dentro dele (ainda não há dentro e a questão não é bom ou mau), mas para, expulsando-o para fora do seu controle onipotente e experenciando a sobrevivência do objeto, poder reconhecê-lo como uma coisa em si, externa e separada do seu eu, como algo que vive por sua própria conta.”

Para ele, a reação ambiental é, para o indivíduo, a realidade do que deve ser seu próprio impulso provocador, destrutivo ou agressivo. Um bebê cuja mãe está deprimida ou outro a cuja destrutividade a mãe reagiu ou retaliou, "jamais pode experenciar a raiz pessoal da agressão ou da fantasia destrutiva ou fazê-la sua ou ser movido por ela e, por conseguinte, jamais poderá convertê-la na fantasia inconsciente de destruição do objeto libidinizado"

Para Winnicott se você fizer tudo o que pode para promover o crescimento pessoal de seus filhos, vai ter de ser capaz de lidar com resultados incríveis. Se seus filhos acabarem se encontrando, não vão se contentar senão em se encontrar em sua totalidade, e isso vai incluir a agressão e os elementos destrutivos em si próprios, assim como os elementos que podem ser rotulados como amor. Vai ser uma longa luta que vocês terão que enfrentar. Onde o mesmo salienta que agressividade é diferente de agressão. Assim, o agitar de braços de um feto na barriga é somente um movimento que, por acaso, encontra a barriga ou seu limite e não um soco; quando o bebê

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