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PSICOLOGIA E RELIGIÃO

Por:   •  27/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.240 Palavras (9 Páginas)  •  217 Visualizações

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INTRODUÇÃO

      Tendo como objetivo desse trabalho, entender a relação da psicologia e religião e onde esses dois assuntos se encaixam. Também entender o que a psicologia e a religião trazem para a vida das pessoas, como elas funcionam e abordagens usadas e principalmente saber o significado e os impactos causados na vida das pessoas.

CAP. 01 – PSICOLOGIA E RELIGIÃO

  1. Religião

      A religião sempre esteve presente na vida do ser humano, ela é algo que o homem usa pra trazer algum sentido para sua vida, um refugio onde ele pode depositar toda sua confiança por exemplo diante de algum determinado problema, buscar força ou qualquer coisa positiva que o faça reagir diante de determinado conflito. Segundo João de Freitas Ferreira (2002) “A religião é um fenômeno fundamental do ser humano. Ela, desde sempre, esteve presente na vida de todos os povos, mesmo dos mais rudes e ignorantes. As marcas religiosas são tão fortes na vida humana, que esta não se concebe nem se pode explicar sem o recurso à religião”.

      A religião é um comportamento humano, porque a pratica da religião mostra de diferentes formas, para diferentes indivíduos de como, por exemplo, se comportar, o que fazer o que dizer, é como se fosse uma inspiração, ou melhor, dizendo é um sentido dá vida para aqueles que praticam a religião. Para alguns a religião dita como a vida deve ser seguida, a religião para quem pratica trás sempre o porquê de tudo que acontece em sua volta.

“Ela influencia o sentido da vida e da morte, o modo como se encara o mundo e os homens, as alegrias e o sofrimento, o modo como se vive a vida familiar (atitude frente ao divórcio, ao aborto, ao número de filhos, etc.), a maneira como se interpreta e vive a sexualidade, a tolerância ou o racismo, a política, a profissão. A religião (...) está presente nos ritos de nascimento, de iniciação adolescência, no casamento, na morte.” (J. Barros, Psicologia da religião, Almedina, 2000, p. 5).

  1. Relação entre psicologia e religião

      A psicologia se encaixa nesse contexto porque a religião é um ato humano, é um comportamento humano, e a psicologia é o estudo do comportamento humano. Ela vem para entender o porquê o ser humano tem a religião como um sentido pra si, e o porquê as pessoas tem atitudes baseadas na religião que praticam.
     Muitos acham que a psicologia não se encaixa com a religião, que religião não se discute, religião se discute sim, se discute quando é preciso entender o que ela causa da vida das pessoas, e é isso que a psicologia vem fazer, estudar o sentido e influencia da religião na vida das pessoas, o que isso pode causar e trazer explicações do porque a as pessoas se baseiam em um modo de vida em cima de doutrinas de diferentes religiões.

“A definição clássica de psicologia é que ela é o estudo do comportamento humano. As práticas religiosas são comportamentos humanos e, por isso, fazem parte do campo da psicologia. Podemos usar esta curta definição se levarmos em consideração que a psicologia como “o estudo do comportamento humano” inclui, entre outras, as seguintes áreas: A estrutura e o funcionamento do cérebro, a consciência, a percepção, a motivação, os sentimentos, a cognição, a sexualidade, as relações psicossociais, a personalidade e o desenvolvimento emocional, cognitivo, social e assim por diante. À luz da complexidade e amplitude do campo da psicologia, é importante notar que este ensaio destacará as abordagens psicodinâmicas a respeito da religião e do comportamento religioso.” (James Reaves Farris, 2002).

      Não cabe ao profissional julgar, tentar provar para o individuo que Deus ou qualquer outra coisa que ele acredite não existe tentar tirar algo que lhe traz um sentido, isso pode trazer grandes estragos, gerar conflitos dentro do individuo que está sendo ouvido.

      Podemos usar esse meio da religião para mostrar caminhos, onde ele possa se achar e resolver seus problemas, conflitos, seja quais forem suas dificuldades através daquilo que eles acreditam. Todo ser humano precisa crer em algo para viver, sempre estamos acreditando em coisas e é isso que de alguma forma nos motiva. Coisas positivas como na maioria das vezes a religião traz para vida das pessoas, precisão existir, e se algum caso a religião traga coisas negativas para vida de algum individuo, cabe ao profissional da psicologia mostrar caminhos e fazê-lo entender os malefícios que aquilo está lhe trazendo, mas não tentar tirar de modo brusco o que pra ele faz sentido, esse seria um ato antiético.    

                                                                                             

“O grande erro em termos da interpretação de dados psicológicos a respeito do ser humano é tentar extrapolar estes “fatos” ou “dados” ao nível da existência ou da ontologia. Não é possível “provar” ou “negar” a existência do Divino, do Sagrado ou de Deus usando o método científico. Não é possível julgar o valor de imagens de Deus, de comportamentos religiosos ou de experiências religiosas, somente por meio da psicologia. Dentro do campo da psicologia é possível somente uma avaliação da “função” ou do “sentido” da religião dentro do contexto humano, segundo teorias específicas.” (James Reaves Farris, 2002).

  1. Diferenças e semelhanças de abordagens entre psicologia e religião

      Usando a religião católica como exemplo para percebemos a diferença da abordagem usada entre ela e a psicologia. Quando uma pessoa procura um padre-conselheiro para conversar, percebe-se que o padre usara os conceitos e ensinamentos ditados na bíblia, ou seja, o ensinamento de Deus e Jesus Cristo, já o psicólogo procura entender a complexibilidade do individuo, sem usar qualquer meio de julgamento e compreendendo as atitudes do mesmo.

“O indivíduo que busca pela ajuda de um padre-conselheiro, está ciente de que todos os seus problemas e dificuldades serão compreendidos a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo e da doutrina católica. O psicólogo, por sua vez, procura resgatar a liberdade e responsabilidade da pessoa humana, evitando julgamentos éticos e morais. Esta é uma das características do aconselhamento psicológico que o distingue das demais relações de ajuda. O padre pode julgar os comportamentos do aconselhando como anormais, imorais ou antiéticos, à luz dos valores cristãos. De nós, psicólogos que trabalham com o aconselhamento numa visão existencial-humanista, espera-se que a compreensão das atitudes do cliente seja margeada pela historicidade do mesmo. A preocupação de abranger a própria realidade existencial da pessoa é balizada pelos valores construídos por ela ao longo de sua vida e não pelos nossos valores. Estes podem e devem auxiliar na compreensão, mas sempre de forma secundária”. (Leidilene Cristina Pereira -  Pouso Alegre/MG)

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