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PSICOLOGIA PASSO 4

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Por:   •  31/5/2013  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  392 Visualizações

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PSICOLOGIA:

ETAPA 4:

PASSO 2;

GARIS

Origem dos Garis

Desde os períodos mais remotos, a formação dos grandes centros urbanos fez com que a produção de lixo se tornasse um dos mais importantes problemas das cidades. Afinal, tendo a capacidade de agrupar grandes coletivos, as cidades geram uma capacidade de consumo e produção de restos que tornam o lixo um incômodo que interfere no cotidiano, na saúde e na própria estética urbana. O problema do lixo urbano, por incrível que pareça, só passou a ser tratado pelas autoridades públicas há pouco mais de cem anos. No ano de 1884, Eugène Poubelle, então prefeito da cidade de Paris, estabeleceu um decreto obrigando que os donos de prédios fornecessem latas de lixo aos locatários dos apartamentos e salas. Em reação à novidade imposta pelo prefeito, os parisienses passaram a chamar suas primeiras latas de lixo de “boîtes Poubelle”, o que em português significaria “latas de Poubelle”.

Uma das primeiras ações organizadas para o serviço de recolhimento do lixo urbano apareceu no Brasil quando o governo imperial contratou o francês Aleixo Gary para transportar o lixo produzido no Rio de Janeiro para a ilha de Sapucaia. O sobrenome do contratado acabou sendo utilizado para a designação feita a todos os funcionários que realizam a coleta de lixo nas cidades.

Em termos culturais, o ofício de coletor de lixo foi por muito tempo desacreditado em terras brasileiras. Não raro, temos pessoas que reconhecem os garis como profissionais que exercem uma atividade de pouco prestígio ou importância. Atualmente, tendo em vista as campanhas de conscientização ambiental e o agravo do problema gerado pelos “lixões”, a ação dos garis é de grande importância para que realizemos a separação e reciclagem dos rejeitos que nós produzimos.

No Brasil, os garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques, Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas. Apesar de imprescindíveis para a manutenção da limpeza das cidades, o gari quase sempre passa despercebido nas ruas. As pessoas costumam considerar o trabalhador braçal apenas como sombra na sociedade, seres invisíveis, sem nome. O gari enfrenta o drama da “invisibilidade pública”, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde se enxerga somente a função e não a pessoa. Garis são esses homens que passam dia e noite vasculhando as ruas, à cata de entulhos.

Compenetrados, cabeças baixas, tentando esconder-se dos olhares de pessoas que passam, atentos ao que estão fazendo, no nosso benefício, eles apenas trabalham.

Sempre os encontramos, inclusive nos veículos coletores de lixo. Mas eles passam despercebidas, como se fossem apenas sombras, pessoas excluídas e invisíveis, enfrentando intempéries, cães ferozes, perigos de contaminação com cortes de cacos de vidros e produtos ácidos, contaminações do lixo hospitalar e outros tipos de desgraças, eles nos prestam um inestimável serviço. Somos desatenciosos com esses laboriosos e silenciosos trabalhadores do nosso cotidiano. Nunca nos aproximamos deles. A partir do Renascimento verifica-se que em todo o mundo a cultura e o conhecimento começam a ter uma função marcante para o reconhecimento social. Já na dita idade média, o conhecimento dos clérigos dava-lhe uma posição privilegiada diante da sociedade. O gari é pouco reconhecido, por causa da cultura ocidental de não valorizar quem trabalha na área preventiva.

Entrevistas

Ao longo dos anos, em parte por conta da pressa constante que temos, por causa dos problemas que essa pressa gera em nossas mentes, ou ainda por conta dos medos reforçados pelos noticiários de constante violência, temos criado uma nova sociedade: a sociedade dos invisíveis. Não só não vemos realmente as pessoas ao nosso redor como, por muitas vezes, nos recobrimos com um pseudomanto de invisibilidade e torcemos para que passemos despercebidos em meio à multidão.

Os garis de Várzea Grande têm enfrentado péssimas condições de trabalho para executar os serviços de limpeza da cidade “Industrial”. Os trabalhadores, que não quiseram se identificar por medo de represálias, sofrem com a falta de equipamentos de segurança – trabalham de chinelos e sandálias, porque não receberam os materiais que deveriam ser fornecidos pela Prefeitura Municipal.

“Nós trabalhamos de chinelos e sandálias, porque ainda não recebemos as botas da Prefeitura, alguns trabalhadores ainda usam as que receberam do ano passado”, contou um gari à reportagem do VG Notícias.

Outro problema enfrentado pelos trabalhadores é a falta de protetor solar e o valor alto para aquisição particular. “A prefeitura não fornece protetor solar, eu já estou ficando com manchas brancas por trabalhar o dia todo no sol. O valor é alto para comprar um produto desses, mas que é muito necessário para nosso trabalho”, desabafou o servidor.

A falta de ponto de apoio também é queixa dos servidores que trabalham com mochilas nas costas,

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