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Pedagogia Do Amor

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Por:   •  20/5/2014  •  9.616 Palavras (39 Páginas)  •  272 Visualizações

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DO AMOR Gabriel Chalita

Lúcia Helena Gaspareti

O autor seleciona dez contos infantis de Pedagogia do amor, e por meio faz algumas sugestões sobre mudanças de comportamento. A proposta do autor é trabalhar valores como: o amor, a lealdade, a sabedoria, o trabalho e a bondade para que as pessoas possam recuperar a serenidade possibilitando assim, um futuro menos violento minimizando a inversão de valores.

Segundo o escritor, os aprendizes de maneira geral, jovens e adultos conservam um pouco da ternura, amor e pureza própria da criança que existe em todos nós, portanto é possível resgatar valores morais, muito desprezados e até desconhecidos atualmente. “... Como educar nossas crianças e jovens num tempo que a aparência vale mais que a essência e a competição e o individualismo teimam em ditar as regras dos relacionamentos, acabando por minar qualquer possibilidade de companheirismo, amizade e amor?” (p. 11)

“ As mil e uma noites”, a história de Dalmo e Pítias, “Dom Quixote”, “Davi e Golias”, “Vidas Secas”, “Cinderela”, “Salomão”, “Os doze trabalhos de Hércules”, “O patinho feio” e “Estrelas de jóias”, são escolhidos por Chalita que explica o significado da palavra, relembra a história e ressalta o que pode ser aproveitado em sua pedagogia fazendo uma comparação com os distorcidos valores de hoje em dia.

Das obras citadas pode-se extrair exemplos maravilhosos a serem usados na construção de um novo tempo, como em “As mil e uma noites”, por exemplo, Sherazade apresenta-se como esposa ao Sultão Sharimã colocando em risco a própria vida, para salvar as moças de Bagdá.

Sherazade era filha do vizir Mustafá, goza de privilégios, entretanto, importou-se com a sina das moças de Bagdá e resolve agir para mudar aquela situação. Eloquente, encanta o sultão com seus contos e com isso, vai adiando sua morte usando a artimanha de emendar uma história a outra. Assim, Sherazade consegue transformar o ódio do sultão em uma linda história de amor.

Quanto a história de Dalmo e Pítias. O rei de Siracusa condena Pítias à morte por o mesmo defender a liberdade e igualdade entre os homens. Pítias solicita ao rei, como último desejo, que lhe fosse permitido despedir-se de sua família e resolver alguns problemas domésticos.

O rei foi convencido por Dalmo a atender o pedido em troca oferecer-se em sacrifício, tomando o lugar de Pítias. Apesar da demora do amigo, Dalmo confiava que ele voltaria.

A história de Dalmo e Pítias trabalha valores como: a confiança, solidariedade ética, altruísmo e ao final, o rei Dionísios muda o comportamento ao conhecer a nobreza da união de duas pessoas pelos laços da amizade.

Gabriel Chalita comenta que os ideais quixotescos podem gerar, grandes transformações, pois com essas histórias podemos sugerir que necessitamos de um ideal que nos leve a lutar por conquistas importantes sendo necessário, entretanto, reconhecer nossas limitações.

O avanço tecnológico não pode substituir o diálogo, a reunião em família, o contato direto entre pessoas, as amizades e os amores fundamentados no respeito mútuo, na ética, no cumprimento da palavra empenhada. “...Em outras palavras: o mundo precisa de idealistas que olhem pela janela vejam as rosas murchas e, ainda assim, fiquem felizes porque conseguem enxergar as sementes”. (p. 69)

Em Davi e Golias temos a história de um menino pequeno, franzino e de feições delicadas, o oitavo filho do belamita Jessé, o último na escala da preferência paterna, que na época recaía sobre os primogênitos. Todos os indícios levavam a crer que Davi permaneceria como simples pastor de ovelha durante toda a sua vida. Porém contrariando todas as previsões a seu respeito, aceita o desafio lançado por Golias e o resultado de tanta coragem foi a vitória sobre Golias. A clamado pelos israelitas, foi nomeado chefe da guarda do rei, tornando em seguida, seu genro e posteriormente, rei de Israel.

Segundo o autor a coragem é o contraponto do medo – experiência de caráter paralisante capaz de impedir a ação e de levar ao comodismo. A novidade, um novo projeto, uma nova empreitada, uma nova maneira de ensinar, de agir e amar podem causar medo. É necessário vencer esse sentimento ... experimentar os novos espetáculos, correr riscos, caindo, levantando, aprendendo.

O autor utiliza-se de Vidas secas de Graciliano Ramos que descreve a trajetória sofrida de um povo, que sobrevive à fome e à sede. A luta pela sobrevivência é repassada às gerações, a esperança e a fé por dias melhores também são transmitidas. Vítimas do descaso dos coronéis do século XXI, tão exploradores da miséria quanto seus antepassados, os sertanejos são obrigados a levar uma vida de sofrimentos e peregrinações.

Para o autor, a lição das histórias sobre retirantes da seca é que, incumbir aos jovens a tarefa de lutar pelo sonho de construir novas realidades, novos castelos, novas edificações, que assegurem um futuro promissor, para que não sejam mais vítimas desse destino implacável.

Nos Doze trabalhos de Hércules, na página 109, Hércules, enquanto pensava em suas numerosas responsabilidades, deparou-se com uma estrada bifurcada. Do lado direito, o terreno era acidentado e montanhoso, a estrada desprovida de qualquer atrativo, mas no final conduzia diretamente às montanhas azuis que indicava a continuidade do trajeto. Já do lado esquerdo, a paisagem era bonita com pássaros cantando, árvores frondosas de ambos os lados, ausência de pedras, troncos e matas que dificultassem a jornada. Mas havia nesse cenário uma neblina densa ao longe impedindo que Hércules visualizasse o que vinha depois: O caminho, ao que parecia, não levava a lugar nenhum.

Surgem duas mulheres muito belas, a primeira da estrada da esquerda promete muitas vantagens e um percurso cheio de maravilhas regado à vinhos e sem nenhum esforço, já a da direita nada oferece, somente o que Hércules possa conquistar com seu próprio esforço.

A mulher da estrada da direita diz ao herói, que seu nome era trabalho, embora muitos a conheciam como virtude, ao perguntar o nome da outra mulher, ela responde que é bem-aventurança, alguns a conhecem como preguiça. Hércules optou pela virtude, pois a verdadeira riqueza deve provir do trabalho honesto, do esforço próprio e da dedicação constante.

O autor diz que, é por meio do trabalho que o ser humano é levado a concretizar, a união entre a teoria e a prática, proporcionando a plenitude de sua educação

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