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Personalismo – Panorama ético

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Por:   •  12/12/2014  •  Seminário  •  830 Palavras (4 Páginas)  •  147 Visualizações

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Personalismo – Panorama ético

O personalismo foi um movimento idealizado por Emmanuel Mounier, após a crise de 1929 da Europa, com a intenção de identificar a verdade em toda a circunstância e acreditava que o problema das estruturas sociais era econômico e moral e a saída para isso era na teorização e na construção de uma “comunidade de pessoas”.

O personalismo consiste precisamente numa oposição ao individualismo. Enquanto este último mantém o homem centrado sobre si mesmo, a primeira

preocupação do personalismo é descentrá-lo para colocá-lo nas largas perspectivas abertas pela pessoa. A pessoa, segundo o personalismo, surge como uma presença voltada para o mundo e para as outras, sem limites, misturadas com elas numa perspectiva comunitária. As outras pessoas não a limitam, fazem-na ser e crescer.

Para Emmanuel Mounier, aquele que se encerra no seu eu nunca

encontrará o caminho para os outros. Em sua concepção, só existimos na medida em que existimos para os outros. Toda e qualquer pessoa é, desde suas origens, movimento para os outros, em suas palavras “ser para”. Por isso defende Mounier : “Ao movimento de liberdade o homem é livremente chamado”. A liberdade é constitutiva da existência criada. Deus teria podido criar num momento uma criatura tão perfeita quanto o pudesse ser. Mas preferiu que fosse o homem chamado a amadurecer livremente a sua humanidade. O direito de pecar, ou seja, de recusar o seu destino, é essencial ao pleno uso da liberdade.

Em sua outra obra Manifesto ao serviço do personalismo, Mounier apresenta a liberdade da pessoa como a liberdade de descobrir por si mesma a sua vocação e de adotar livremente os meios de realizá-la. Não consiste numa liberdade de abstenção, mas uma liberdade de assunção. Esse absoluto pessoal, conforme nos apresenta o filósofo, não isola o homem, nem do mundo, nem dos outros homens. A Encarnação confirma a unidade da terra e do céu, da carne e do espírito, confirma o valor redentor da obra humana

logo que assumida pela graça. Assim, pela primeira vez, a unidade do gênero

humano foi plenamente afirmada e duas vezes confirmada. Vejamos:

Cada pessoa é criada à imagem de Deus, cada pessoa é chamada para formar um imenso Corpo místico e carnal na Caridade de Cristo. Começa atomar sentido uma história coletiva da humanidade, de que os

gregos não tinham sequer idéia. A própria concepção da Trindade, que alimentou dois séculos de debates, traz consigo a idéia surpreendente

de um Ser Supremo no qual intimamente dialogam pessoas diferentes, de um Ser que é já, por si próprio, negação da solidão.

A esse respeito as contribuições de Leonardo Boff, em sua obra Trindade e Sociedade, nos auxiliarão apontando sistematicamente que Deus, Uno e Trino, consiste precisamente em um convite à experiência comunitária.

Por sua própria dinâmica interna, as três divinas Pessoas se efundem para fora, criando outros diferentes – criação cósmica e humana – para que se tornem o receptáculo da infinita transfusão do amor comunicativo de Deus e do oceano sem limites da vida trinitária.

Esta unidade trinitária

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