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Pierre Bourdieu

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Por:   •  13/11/2014  •  1.183 Palavras (5 Páginas)  •  613 Visualizações

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Disciplina Fundamentos Sociolgicos da Educao Atividade Colaborativa Atividade Colaborativa Anhanguera Educacional 2014 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Disciplina Fundamentos Sociolgicos da Educao Atividade Colaborativa Atividade Colaborativa Atividade desenvolvida para a disciplina Fundamentos Sociolgicos da Educao apresentada Anhanguera Educacional como exigncia para a avaliao na Atividade Colaborativa, sob orientao do professor-tutor Carla Lobo . Anhanguera Educacional 2014 Um dos pontos mais originais da obra de Bourdieu reside na vontade de superar o que ele chamava de falsas antinomias da tradio sociolgica entre interpretao e explicao, estrutura e histria, liberdade e determinismo, indivduo e sociedade, objectivismo e subjectivismo. Pierre Bourdieu no era apenas um pesquisador excepcional, reconhecido pela comunidade acadmica internacional, mas um intelectual empenhado nas lutas sociais e no debate pblico, na tradio francesa que rene nomes como mille Zola e Jean-Paul Sartre. Na dcada de 90, aprofundou esse seu empenhamento nos movimentos sociais, trabalhando pela criao do que chamava uma esquerda da esquerda, ou seja, uma esquerda que recusasse os compromissos que, ao longo do sculo XX, foram sendo assumidos pela esquerda europeia mais tradicional. No caso da Frana, especialmente pelo Partido Socialista. Em 1992, o socilogo afirmou Dez anos de poder socialista (a era Miterrand) provocaram a demolio da

crena no Estado e a destruio do Estado-providncia em nome dos ideais liberais. Face ao silncio dos polticos diante dos problemas sociais, Bourdieu passou a apelar para a mobilizao dos intelectuais. O que defendo, costumava dizer, a possibilidade e a necessidade do intelectual crtico. Para Bourdieu, no pode haver democracia efetiva sem um verdadeiro contra poder crtico. O socilogo dedicou os seus ltimos anos de vida a combater o neoliberalismo sob todas as suas formas. Colocou os seus conhecimentos cientficos ao servio do empenhamento poltico. Numa de suas ltimas obras, Contre-feux 2, Pour um mouvement social europen, Bourdieu afirma Fui levado pela lgica do meu trabalho a ultrapassar os limites que eu mesmo havia estabelecido em nome de uma ideia de objetividade que, percebi, era uma forma de censura. Ultrapassar esses limites, para ele, significava tirar o saber para fora da cidade dos sbios e coloc-lo a servio das lutas sociais contra o neoliberalismo. Um dos principais alvos de crtica de Bourdieu, nos seus ltimos anos de vida, foram os meios de comunicao, que estariam, segundo ele, cada vez mais submetidos a uma lgica comercial inimiga da palavra, da verdade e dos significados reais da vida. Era um crtico feroz do lixo cultural produzido pela mdia contempornea. Na sua obra Questions aux vrais matres du monde, afirmou Esse poder simblico que, na grande maioria das sociedades, era distinto do poder poltico

ou econmico, hoje est concentrado nas mos das mesmas pessoas que detm o controlo dos grandes grupos de comunicao, quer dizer, que controlam o conjunto dos instrumentos de produo e de difuso dos bens culturais. Bourdieu tambm era um crtico da globalizao (ou mundializao, como preferem os franceses) financeira. Recusava a escolha entre a mundializao concebida como submisso s leis do comrcio e a defesa das culturas nacionais ou de qualquer forma de nacionalismo ou localismo cultural. Ao fazer essa recusa, defendia a construo de um movimento social europeu como primeira etapa da construo de um movimento social internacional, no esprito daquele que tem vindo a ser construdo em torno do Frum Social Mundial. Deixa um legado importante e uma convocao veemente aos intelectuais para que abandonem a cidade do saber e passem a enfrentar o som e a fria do mundo. Infinidade de universidades privadas, licenciatura em menor tempo, grade de disciplinas engessada e o fechamento do ensino superior s classes baixas so termos que soam naturais aos ouvidos habituados ao modelo educacional brasileiro. Este modelo, porm, aos poucos transformado, teve origem na poltica adotada pela ditadura iniciada com o golpe de 1 de abril de 1964. Como o apoio ideolgico da ditadura era dado por setores da classe mdia, foi em nome dela que o governo militar trabalhou, principalmente, na perspectiva de polticas de educao. Para a filsofa

Marilena Chau, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas da USP, os estratos mdios no tinham poder poltico nem econmico.Para o governo militar, a classe mdia s tinha poder ideolgico. Ento, a sustentao que ela deu fez com que o governo considerasse que precisava mant-la como

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