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Por Uma Prática Pedagógica Com Bebês

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Por:   •  27/10/2013  •  3.447 Palavras (14 Páginas)  •  317 Visualizações

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POR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA COM BEBÊS

RESUMO

Este artigo tem por objetivo mostrar de forma descritiva e detalhada a nossa participação em estágio supervisionado no berçário de uma instituição de educação infantil do município de Londrina/PR. Nossa opção em trabalhar com essa faixa etária se dá principalmente por acreditarmos que a criança desde que nasce aprende, e as experiências que tiverem serão extremamente significativas para o seu desenvolvimento. Assim, procuramos desenvolver um trabalho de qualidade, pensado especialmente para atender as necessidades específicas desse período da vida da criança. Em nossas intervenções com atividades pedagógicas, tivemos como objetivo, estimular por meio destas atividades lúdicas, o desenvolvimento sensório-perceptivo, psicomotor, emocional e social da criança. Para isso aplicamos cinco intervenções, sendo elas: o canto da ginástica, canto das bexigas, canto da música, canto da farinha e o canto das frutas, aplicados um a cada semana. Em todas as stividades propostas pudemos assistir a participação ativa das crianças. Temos convicção de que é por meio da experiência, da observação e da exploração de seu ambiente que a criança constrói seu conhecimento, modifica situações, reestrutura seus esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para fatos novos, favorecendo assim, seu desenvolvimento. Assim, esperamos com o relato destas experiências contribuir para uma melhor qualidade na educação e no cuidado com pequenos.

PALAVRAS – CHAVES: Berçário. Desenvolvimento. Atividades pedagógicas.

INTRODUÇÀO

Há bem pouco tempo, era impossível pensar numa educação própria para bebês, pois a estes a educação se caracterizava como ações de caridade, voluntarismo e filantropia, voltadas para o assistencialismo, como conta a própria história da educação infantil. Assim, as creches surgem com a finalidade de guardar crianças enquanto suas mães trabalham, visando ainda atender questões como o abandono, a desnutrição, a mortalidade infantil, a formação de hábitos higiênicos e a moralização das famílias operárias (VIEIRA, 1999).

No decorrer da história, grandes avanços ocorrem abrindo novas perspectivas de educação infantil. Muitos estudiosos desenvolvem teorias sobre o desenvolvimento da criança. Estudos sobre como os bebês constróem seu conhecimento e como interagem com os outros contribuíram para uma visão mais

abrangente de suas competências e habilidades internacionais, físicas e cognitivas trazendo um novo olhar sobre a concepção de criança.

Essa nova concepção, esse novo olhar, nos mostra uma criança sensível às manifestações afetivas e estéticas do seu meio cultural, ativa, capaz de interagir com o outro pelos meios que dispõe, rompendo com a ideia de uma criança passiva, devendo hoje ser respeitada como um ser completo.

Da mesma forma, a instituição que recebe esta criança não pode mais ser concebida como um depósito de crianças, mas como um espaço que contemple o binômio cuidar-educar. No entanto, para termos uma educação infantil de qualidade faz-se necessária a presença de um profissional qualificado para a educação desta criança.

Pensar, então, na organização do berçário, foco de nossa intervenção, como uma dimensão de qualidade é permitir que os bebês os explorem numa relação de interação contínua, de trocas de saberes entre os pares, de partilhas e de liberdade de ir e vir.

Tal perspectiva representa a essência da intervenção aqui proposta. Assim, pensamos em um espaço promotor do desenvolvimento e da aprendizagem, que possibilite aos pequenos liberdade para explorar, criar, produzir, conhecer, experimentar, ou seja, vivenciar as múltiplas linguagens.

Cada intervenção foi planejada, buscando atender as especificidades e necessidades da criança desta faixa etária. Ao contrário do que ouvimos de alguns professores dos diferentes níveis de que não se precisa planejar as atividades das crianças pequenas, vimos que quanto menor a criança há uma necessidade de se pensar o espaço e a oferta de materiais para que estes possam de fato promover o desenvolvimento das mesmas.

Buscamos assim, pensar em cada uma das intervenções a serem elaboradas e nos objetivos que queríamos com cada uma delas, ou seja, nos espaços que iríamos propor, levando em consideração que o espaço não é algo que emoldure, não é simplesmente físico, mas atravessa as relações, ou melhor, é parte delas. Bem como, pesnamos o professor como um mediador de diferentes relações: entre crianças e o saber, entre crianças e o mundo que as cerca, entre elas mesmas, entre elas e o mundo imediato etc. Tal como destaca Piaget (1969), a criança conhece quando atua sobre os objetos, quando prática ações sobre os objetos. As condutas complexas diante das coisas que são próprias das crianças de

um ano trata-se de uma verdadeira experimentação, na qual ela faz uma análise do objeto, age sobre ele e tira conclusões sobre as suas caracteristicas.

Essa exploração e experimentação constantes que a criança faz sobre os objetos, no decorrer dos dois primeiros anos de vida, proporcionam-lhe um conhecimento do mundo que a envolve, as relações que podem ser estabelecidas entre os objetos e as situações.

É por isso que necessitamos proporcionar situações de jogo, experiência e manipulação de objetos diversos, bem como a realização de experiências adequadas ao nível de compreensão dos meninos e das meninas dessa idade.

Cantinhos de atividades: o que os bebês podem aprender

As experiências iniciais da vida dos bebês com o mundo externo, percebidas por seus sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – determinam a estruturação de seu cérebro, capacitando-o a criar Com essa modalidade de organização garantimos que as crianças possam vivenciar diferentes situações de aprendizagem, escolhendo, exercitando a autonomia e buscando conhecer as próprias necessidades, preferências e desejos ligados à construção de conhecimento e relacionamento interpessoal. É importante que esse tipo de organização favoreça o acesso aos mais variados bens culturais como os proporcionados pela produção literária e comunicação , pela produção artística, por exemplo.

Essa proposta tem função decisiva na formação pessoal e social e na construção da autonomia da criança, uma vez que prescinde de um controle direto do professor. Por outro lado, permite que o professor observe mais atentamente os problemas enfrentados pelas crianças, suas dificuldades, aprendizagens, gostos e interesses,

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