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Principais conceitos da psicanálise de Freud

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Por:   •  14/5/2013  •  Artigo  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  1.409 Visualizações

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Kahhale (2002) mostra que Sigmund Freud viveu em um cenário de constantes conflitos e mudanças, teve muitas dificuldades para que a teoria da psicanálise fosse reconhecida. Uma causa dessas dificuldades foi a ênfase dada a sexualidade por intermédio da Psicanálise, algo considerado ofensivo na época.

Segundo Kahhale (2002) A psicanálise emerge não só como uma revolução de conceito, mas principalmente como uma “ruptura” em relação ao conhecimento predominante. “Ruptura” que envolve relações entre Freud, o positivismo e o projeto de psicologia proposto por Wundt.

A psicanálise, continua Kahhale (2002), procura dar respostas ao individuo sobre seu “sofrimento”. Freud só percebe a existência e certos tipos de sofrimento quando métodos usuais de diagnóstico, tratamento e cura não funcionam. Ele propõe assim a existência de uma lógica psíquica. Com isso surge uma busca a entender o funcionamento psíquico e intervir sobre ele.

Freud, aponta Kahhale (2002), irá elucidar conceitos fundamentais que são pilares de sua teoria. Como por exemplo, o sintoma define como algo que quer ser dito, e que esses sintomas desaparecem quando o individuo se lembra do que causou junto com o afeto. Mas ele percebe também que existe uma resistência desse individuo de lembrar do fato, e o motivo é simples: por fazer sofrer. O psiquismo quer se livrar de tudo que traz o sofrimento, por isso o esquecimento.

Conforme Kahhale (2002) Freud propõe então uma esquematização, um lugar para cada conteúdo do psiquismo: consciente, pré-consciente e inconsciente, e passa a acreditar que se entendesse o sonho poderia entender melhor o psiquismo, já que os sonhos poderiam ser considerados como sintomas, e o mesmo representa a realização de um desejo.

Kahhale (2002) cita que o recalque para Freud é fundamental na psicanálise e serve para afastar algo da consciência, para que o sujeito fuja do desprazer, e que o inconsciente, como uma força de atração puxa os conteúdos desprazerosos para si. O sistema pré-consciente, consciente é responsável pela comunicação das ideias onde umas podem influenciar outras estabelecendo uma ordem de tempo e espaço conforme a coerência.

Freud, continua Kahhale (2002), reconhece que tudo que é recalcado é inconsciente, mas nem tudo que é inconsciente é recalcado. O fato de ser inconsciente começa a tornar-se apenas uma qualidade onde não se define nada.

Aponta Kahhale (2002) que além do refinamento do consciente e inconsciente, haveria as preposições sobre sexualidade e pulsões. Freud dirá claramente que a sexualidade está diretamente ligada com a formação dos sintomas e é ela que dá força aos mesmos se constituírem. Freud percebe que nem tudo levado para a sexualidade levava ao sexo propriamente dito, e que os objetos de desejo variavam. Para falar sobre isso, ele apresentou o conceito de pulsão sexual. Pulsão é algo que move o ser humano, uma força que impulsiona um movimento constante, da qual o individuo não pode fugir e que busca satisfação.

Kahhale (2002) aponta também a diferença entre desejo e pulsão: “é um movimento psíquico no qual é possível investir representações a partir dos afetos circulares por esse psiquismo e pulsão é o que anima esse psiquismo”.

O complexo de Édipo é de suma importância na teorização de Freud, onde a criança é “organizada como sendo um eu, separado do mundo, que faz escolhas, e que principalmente, tem para si interdições e possibilidades nesse ser separado da mãe”. (Kahhale, 2002, p.)

Kupfer (2000) traz em seu livro uma indagação: “O que podem fazer, conjuntamente, psicanalistas e educadores, pela Educação?”. Para ela tal temática, intersecção entre Psicanálise e Educação é delicada e polêmica.

Freud, continua Kupfer (2000), contempla a teoria de que a criança nasce perversa, com isso, seria necessário que a educação se disponibilizasse à tirar essa perversidade com a qual a criança nasce, porém Freud observa a utilização dessa perversidade, esse “mal” é canalizado aos bens culturais, por isso coloca que “sem perversão não há sublimação”.

É neste ponto, diz Kupfer (200), que a educação tem um papel fundamental, pois o educador não pode reprimir as pulsões

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