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Psicologia

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Por:   •  22/3/2015  •  357 Palavras (2 Páginas)  •  160 Visualizações

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Winnicott: um mestre, um modelo

Winnicott foi um psicanalista sui generis. Disse Masud Khan, seu admirador, analisando e discípulo: “Não conheci nenhum outro analista mais inevitavelmente ele mesmo. Foi esta qualidade de ser inviolavelmente “eu-mesmo” que lhe permitiu ser tantas pessoas diferentes para criaturas tão diversas. Cada um de nós que o conheceu tem seu próprio Winnicott e ele jamais desrespeitou a versão que o outro tinha dele, afirmando seu próprio estilo de ser. E, contudo, permaneceu sempre e inexoravelmente Winnicott.” (Winnicott, 1988, pág. 7)

São inúmeras as contribuições de Winnicott à psicanálise, a começar por esta sua característica tão bem colocada por Khan. Considero-o, portanto, antes de tudo, um modelo. Nunca gostou de que os discípulos o imitassem. Sempre foi muito pouco ortodoxo na técnica, o que lhe custou muitas críticas por parte dos psicanalistas seus contemporâneos. Um dos seus méritos foi nunca ter-se deixado abater por isto. Seguiu, ao longo de quarenta anos &– da década de 30 até 1971, quando faleceu -  escrevendo o que pensava, discutindo construtivamente, a partir de suas idéias, com os teóricos que o rodeavam, e sem ter como meta impor-se sobre o pensamento vigente. Isto porque não era favorável a que as escolas de pensamento fossem confundidas com seitas. Nunca omitiu sua opinião, pois sempre foi a favor de que se expressasse o verdadeiro. Outra virtude sua, na minha opinião, foi jamais ter-se desligado das sociedades que criticou, procurando desenvolver o diálogo dentro das mesmas.

Tendo-se em conta, portanto, Winnicott como pessoa, o que fazia e o que cultivava nas relações interpessoais e na vida acadêmica, sempre coerente às suas postulações teóricas, concluímos que aprender Winnicott não deve ser pretender fazer como ele e sim, procurar identificar aspectos teóricos por ele formulados que possam nos ajudar a compreender nossos pacientes e orientar nossa maneira de acolhê-los, seja no atendimento individual, ou quando lidamos com grupos, famílias, casais ou instituições.

Foram muitos os temas abordados por Winnicott ao longo dos seus quarenta anos de produção teórica. Destes, selecionei alguns a serem abordados neste artigo: conceitos cujo conhecimento e compreensão muito vêem me ajudando nas diversas atividades que venho desenvolvendo como psicanalista de configurações vinculares.

 

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