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Psicologia

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  624 Palavras (3 Páginas)  •  194 Visualizações

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O Método Biográfico em Sartre: contribuições do Existencialismo para a Psicologia

Ao iniciar do século XX, nota-se grande inquirição às disciplinas surgidas e estabelecidas nos séculos antecedentes, que ideavam transformar-se em ciência, que norteara perspectivas positivistas tais como: história, economia, sociologia, antropologia, e demais.

Criticas fora levantadas ao mecanicismo, à diligência empirista e causalista, que marcara o cientificismo, tal se apresentara em diversas áreas de produção do conhecimento. A partir desse momento envolta-se reflexão aos fundamentos da psicologia. A crise epistemológica da psicologia, demarcara debates que elucidavam vertentes de diversos teóricos, tais como Politzer, Vigotski, que indagavam a retenção da disciplina sob a oposição entre um subjetivismo e um objetivismo sem recursos, sem conseguir superá-los.

Tais teóricos eminentemente marcaram momento de efervescência dessa critica a psicologia cientifica que no exato momento estava em consolidação, baseadas e relacionadas por uma face pela psicologia fisiológica, experimental e comportamental, e por outra pela psicanálise e suas considerações referente  a clínica e psiquiatria.

Edmund Husserl, ao findar do século XIX, a partir de seus trabalhos filosóficos evidenciara a fenomenologia, tal se constituía metodologicamente e ontologicamente, tal, teve relevância para tais questionamentos e inquirições.

Neste contexto, Jaspers (1979), pautando-se na fenomenologia, escreveu seu conhecido livro Psicopatologia Geral, de 1913, no qual delineia uma nova perspectiva para a disciplina psicopatológica, ao romper com a lógica analítica que a dominava, sustentada na noção de causalidade, predominante no modelo neurofisiológico e organicista da psiquiatria de então, propondo-lhe novos parâmetros. Utilizar-se-á da noção de compreensão e sua lógica sintética, propondo uma nova abordagem dos fenômenos psicológicos: a) a psique humana exprime-se no corpo; b) o homem vive em seu mundo; c) o homem objetifica-se na fala, no trabalho, nas idéias. Para compreender esses novos parâmetros, era preciso buscar as “conexões compreensivas da vida psíquica”, com destaque para a noção de situação. Para o psiquiatra fenomenológico, o diagnóstico da situação do paciente devia ser feito sempre a partir da realização da biografia do sujeito, considerada como etapa fundamental para a inteligibilidade do caso. Dessa forma, a compreensão era de que a vida psíquica é um todo, desenvolvida em forma temporal. A realidade humana é uma abertura para o futuro, portanto, não é fechada sobre si mesma; é sempre uma biografia incompleta e aberta, à espera das realizações futuras. Além disso, a biografia leva a uma perspectiva histórica mais ampla, na medida em que busca o homem inserido em um contexto abrangente: através da história pessoal deve-se chegar na história dos povos, afirma o psiquiatra. É sob influência desse contexto e, mais especificamente, dos teóricos da fenomenologia, que Politzer (1965) vai propor a sua psicologia concreta, tendo na biografia o carro-chefe de sua metodologia. Para o francês, a biografia deve ser, na verdade, o objeto da psicologia, pois o que deveria interessar a esta ciência é a trama da vida, a história do sujeito (LEGRAND, 1993). Jean-Paul Sartre (1905-1980), ao buscar embasamento na fenomenologia de Jaspers, Husserl e Heidegger, nos diálogos travados com seu amigo pessoal Politzer, entre outras influências do contexto intelectual francês do seu tempo, irá aderir ao movimento crítico. Dessa forma, o filósofo fará da crítica e da elaboração de novos fundamentos da psicologia um dos elementos constantes de toda sua obra, perseguindo a constituição de um novo método e um novo corpo teórico para tal disciplina. Entre tais proposições está a de um método biográfico, como recurso para a compreensão rigorosa do movimento do sujeito no mundo, que o contexto intelectual da época estava a clamar. Conforme apontam os historiadores contemporâneos da psicologia, na busca de definição de métodos para sua investigação:

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