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Psicologia Da Educação

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Por:   •  20/10/2013  •  5.208 Palavras (21 Páginas)  •  229 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem por objetivo conhecer alguns teóricos clássicos da Psicologia da Educação e refletir sobre suas teorias da aprendizagem que muito contribuíram e contribuem para as práticas educacionais até os dias atuais.

Sigmund Freud e suas contribuições para a educação

Em 1877, Sigismundo Scholomo Freud (1856 – 1939) um médico Vienense, abreviou seu nome para Sigmund Freud e tornou-se o criador e pai da psicanálise, como é reconhecido até os dias de hoje. Freud reuniu um grupo em 1908 que deu origem a Sociedade Psicanalítica de Viena. Seus fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sándor Ferenczi e Ernest Jones. Já Alfred Adler e Carl Jung acabaram como dissidentes. Jung se tornou místico o que foi muito doloroso para Freud.

Sensibilizado pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de gripe, Freud teorizou sobre a luta constante da vida e do amor, contra a morte e a destruição.A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923, de “O Ego e o Id”. Freud não publicou nada relacionado ao tema da aprendizagem, pois suas preocupações estavam voltadas aos problemas clínicos e não a questões da educação.

Anna Freud, filha mais nova de Freud, tentou mostrar aos educadores uma concepção de como seu pai tratava o desenvolvimento da criança e por isso focou o viés da aprendizagem, ou seja, o que possibilita o aprendizado de uma criança.

Freud em suas investigações descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos, referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida. A função sexual floresce logo após o nascimento, e não, só a partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes. Há um desenvolvimento progressivo que levou Freud a postular as fases do desenvolvimento sexual em: Fase oral, anal, fálica, latência e fase genital. No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências sucedem-se, destacando o Complexo de Édipo, que ocorre entre os três e os cinco anos de idade durante a fase fálica, onde a mãe é o objeto de desejo do menino e o pai é o rival. Neste momento a criança procura ser o pai para “ter” a mãe escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente, por medo da perda do amor do pai o menino “desiste” da mãe, isto é, a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e investigação.

Ele afirmava que a sublimação da investigação sexual se associa com a pulsão de domínio; O saber e o dominar estariam no mesmo patamar. A criança também mata bichinhos, desmonta brinquedos, destrói objetos só para ouvir o barulho., Ela é uma eterna investigadora que tem força motriz. É de extrema importância que o educador tenha entendimento das varias maneiras, de como a curiosidade pode se manifestar. Para M.C. Kupfer, (1988) “O que se pretende destacar é que o modo de lidar com isto depende da compreensão que se tenha desses fatos”

A psicanálise dá importância à relação entre o docente e o discente e as condições que esta fornece à aprendizagem; O conteúdo não tem importância. A relação professor-aluno apresenta o que se pode chamar de “transferência”. O termo transferência foi usado pela primeira vez por Freud em sua obra: A Interpretação dos Sonhos, de 1900. Passado algum tempo, ele usou o termo para designar a relação, analista-paciente, assim como professor-aluno. Do mesmo modo que um paciente poderia transferir seu pai para o analista, um aluno também seria capaz de realizar a mesma transferência, mas para seu professor. Na transferência que se faz ao analista ou ao professor, é implicado um desejo que atribui um sentido especial a eles. Essa transferência envolve um vinculo de poder, muitas vezes o aluno toma decisões na sua vida baseadas na de seu mestre.

Os escritos do professor e filósofo de historia do Collège de France, de 1970 a 1984, Michel Foucault e de seus seguidores, representam um papel significativo entre poder, vigilância e educação. Ao contribuírem com a análise do desenvolvimento da escola, colocando esta como meio de um controle social conectaram-na com o reformatório, o cárcere e o manicômio e só então situaram o processo educacional no tempo e na história. Atualmente, não são mais utilizados os castigos físicos para controlar o aprendizado, mas a repressão adotada é aquela que age no psicológico, com a intenção de criar massas produtivas.

Freud notou ser impossível ensinar como um pedagogo clássico, ou seja, dar uma aula e pedir para que os alunos reproduzam aquilo que entenderam. Com isso, é impossível afirmar que a psicanálise serve ao professor como individuo, e de modo algum a pedagogia como um todo. O Educador deve agir segundo a arte de persuasão, sem dominar. O docente não pode deixar de ter sua própria personalidade, de ser ele mesmo, mas tem a obrigação de controlar os excessos e a tentação do poder. Segundo Kupfer, (1988) É preciso: “Matar o mestre para se tornar o mestre de si mesmo, esta é uma lição que já vimos, pode ser extraída até mesmo da vida de Freud”. O mestre que recebe a transferência do aluno e que freia a tentação de dominar, se liberta de uma carga excessiva e indesejável, ao passo que se torna impotente diante de outro ser humano para ajudar a este ser uma pessoa livre e produtiva. Ao aceitar que não deve obrigar o discente a seguir as vias da educação repressora, e sem renunciar a si mesmo, o docente esta contribuindo à formação pessoal do aluno. Este último tomará posse real do saber, além de alicerçar condições para futuros saberes e conhecimentos.

Jean Piaget

Nascido em Neuchâtel, na Suíça, em 1896, Jean William Fritz Piaget, ou somente Jean Piaget, é considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Estudou Filosofia e Biologia na Universidade de Neuchâtel, tendo recebido Doutorado aos 22 anos. Suas teorias foram de imensa contribuição à Psicologia e à educação e, seus mais de cinquenta livros e artigos escritos serviram de base para milhares de estudos no mundo todo.

Dentre os estudos de Piaget, uma teoria que muito contribuiu para a educação, foi a Teoria da Construção do Conhecimento, mais conhecida como Epistemologia Genética , teoria esta, centrada no desenvolvimento da criança , onde ele explica como

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