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Psicologia Esportiva

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Por:   •  21/3/2014  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  451 Visualizações

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As Várias Áreas de Atuação

Como visto anteriormente, a psicologia do esporte, ainda que se utilize desta denominação não é um terreno exclusivo de psicólogos, isso porque a formação dos profissionais não é formalmente determinada. Brandão (1995) observa que por ser disciplina regularmente oferecida somente na graduação dos alunos de Educação Física isto significa que o delineamento do que faz um profissional da Psicologia do Esporte e que formação ele necessita, ainda, não estão claros. Prova disto, é que encontramos engenheiros, médicos, professores de Educação Física e profissionais de outra formação universitária, trabalhando e até mesmo 'treinando mentalmente' atletas" (p. 140).

Mais do que uma defesa corporativista essa afirmação vem refletir a dificuldade de construção e definição do papel profissional daqueles que se vêem atuando num campo marcado pelo empirismo. Não é de se estranhar o grande número de pessoas que, por conta de seu sucesso como ex-atleta tenha vindo a se tornar técnico ou treinador, mesmo sem uma preparação acadêmica adequada para isso. Aliás, as questões relacionadas ao papel e identidade profissional (Tani, 1996) têm sido uma das grandes discussões que envolve o mundo da Educação Física e Esporte na atualidade.

Lesyk (1998) aponta que em 1983 o Centro Olímpico Americano indicou três possibilidades de atuação para os profissionais da área: o clínico, profissional capacitado para atuar com atletas e/ou equipes esportivas, em clubes ou seleções, cuja preparação específica envolve conhecimentos da área de Psicologia e do Esporte, não bastando apenas a formação em Psicologia ou Educação Física; o pesquisador, cujo objetivo é estudar ou desenvolver um determinado conhecimento na Psicologia do Esporte sem que haja uma intervenção direta sobre o atleta ou equipe esportiva; e o educador que desenvolve a disciplina Psicologia do Esporte na área acadêmica seja na psicologia, seja na Educação Física. Nos dois últimos casos não se exige formação específica do profissional.

Além da definição da possibilidade de atuação profissional, Singer (1988) aponta para outros desdobramentos no campo de atuação profissional do psicólogo do esporte, fornecendo os seguintes modelos: o especialista em psicodiagnóstico - faz uso de instrumentos para avaliar potencial e deficiências em atletas; o conselheiro - profissional que atua apoiando e intervindo junto a atletas e comissão técnica no sentido de lidar com questões coletivas ou individuais do grupo; o consultor - busca avaliar estratégias e programas estabelecidos, otimizando o rendimento; o cientista - produz e transmite o conhecimento da e para a área; o analista - avalia as condições do treinamento esportivo, fazendo a intermediação entre atletas e comissão técnica; o otimizador - com base numa avaliação do evento esportivo busca organizar programas que aumentem o potencial de performance.

Diante da diversidade de atuações é de se esperar que o profissional que atua em Psicologia do Esporte tenha também uma diversidade de formação. Além do conhecimento específico trazido da Psicologia como o uso de instrumentos de diagnóstico e modelos de intervenção, espera-se e exige-se que o profissional tenha um vasto conhecimento das questões que permeiam o universo do atleta, individualmente, como noções de anátomo-fisiologia e biomecânica, e específicas do esporte, como as modalidades

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