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Psicologia Social

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Por:   •  7/4/2014  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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O presente trabalho tem por objetivo ampliar o contexto referente à atuação profissional do psicólogo social dentro de uma organização não governamental (ONG), especificando suas ações e as consequências desta para o meio social assistido. Para melhor compreensão do exposto aplicou-se uma entrevista de campo junto a uma profissional atuante na área acima descrita. Pretende-se que por intermédio deste, que haja melhor compreensão do assunto em questão.

Subtende-se por psicologia social uma área do conhecimento cujas definições são inúmeras e estas são pautadas em diversas abordagens teóricas, e que apresentam variados objetos de estudo. Alguns teóricos compreendem-na como uma subárea da psicologia, outros enfatizam que se trata de uma intersecção da psicologia com a sociologia, da mesma forma que existem pesquisadores que afirmam que o adjetivo “social” não delimita, por si só, uma subdivisão temática ou conceitual, porém, enfatizam a relevância do papel do psicólogo neste contexto que é voltado para o compromisso político. Dentre as várias abordagens teóricas que dissertam sobre o tema, citam-se: materialismo dialético, construcionismo, teoria das representações sociais, cognitivismo, behaviorismo, psicanálise, entre outros, de acordo com Cordeiro e Lopes (s/d).

Ciência que objetiva estudar as interações presentes nas relações entre indivíduo e sociedade, bem como, o processo de evolução destas relações ao longo do tempo, é a definição que Lane (1985, APUD SILVA; CORGOZINHO, 2011) dá ao termo psicologia social. Abrangem os aspectos presentes na organização de vida das pessoas, isto é, seus costumes, valores, instituições necessárias para a continuidade da sociedade.

a grande preocupação atual da Psicologia Social é conhecer como o homem se insere neste processo histórico, não apenas em como ele é determinado, mas principalmente, como ele se torna agente da história, ou seja, como ele pode transformar a sociedade em que vive (LANE, 2006, p. 11).

Bock et al (2007) atentou em sua obra, ao fato de a autora Sílvia Lane não ter desviado, em momento algum, de seu propósito que era o de desenvolver uma psicologia que contribuísse com a transformação da sociedade, mesmo mediante ao surgimento de outras conceituações que iam contra seus argumentos. Um estudioso que foi contra os ideais de Sílvia Lane, foi Aroldo Rodrigues que defendia a tese de que ela não fazia ciência e sim, política, pois acreditava que a psicologia social é uma ciência básica e neutra e sua principal atribuição é descobrir as relações estáveis entre as variáveis psicossociais com o objetivo de possibilitar a resolução dos problemas sociais de forma mais consciente e não tão improvisada.

A psicologia social a partir da visão de Rodrigues, segundo Bock et. al (2007, p.49):

coloca como objeto as relações interpessoais e a influência de fatores sociais no indivíduo, mas estabelecendo uma dicotomia entre indivíduo e sociedade e dentro de uma perspectiva naturalizante. Tais formulações estão baseadas em um método experimental, que busca relações causais entre variáveis e estabelece a necessidade de verificação empírica de princípios teóricos. Baseado no positivismo, o método prega a neutralidade do conhecimento científico e a distinção entre o conhecimento e a ação, ou seja, entende que o conhecimento deve ser objetivo e desvinculado de qualquer intenção em relação a seu uso.

A fim de chegar a um consenso sobre a temática em foco, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) baixou a resolução 05/03 onde adicionou em sua lista de especialidades a psicologia social e suas ações pautam-se na compreensão da dimensão subjetiva tanto dos fenômenos sociais, quanto dos fenômenos coletivos sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos. Seu principal objetivo é problematizar e propor ações que englobem o âmbito social (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2003).

Nesta perspectiva, o psicólogo social atua em diferentes espaços institucionais e comunitários, como por exemplo, CRAS, ONGs, entre outros e suas atividades devem envolver proposições de políticas e ações voltadas à comunidade, aos movimentos sociais de grupo, aos movimentos sociais. E ainda, tais profissionais podem realizar estudos, pesquisas, supervisões, desde que estas tenham como foco principal a relação do individuo com a sociedade e visem à promoção deste campo da psicologia (CORDEIRO; LOPES, S/D).

O movimento dos cientistas sociais que se inseriram nos grupos e organizações se intensificou, principalmente, no período pós-guerra. As primeiras experiências relacionadas a tais campos de pesquisa estavam vinculadas às iniciativas lewinianas e datam final da década de 30, nos Estados Unidos. Instala-se uma nova possibilidade de articulação entre teoria e prática, sujeito e objeto a partir das

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