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Psicologia Social

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Por:   •  29/5/2014  •  1.875 Palavras (8 Páginas)  •  182 Visualizações

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Humilhação Social

"Todos somos lixeiros, porque nós todos produzimos lixo. Eu sou coletor." A afirmação é de Josimar Abdias Feitosa, 40 anos."

Está frase resume o verdadeiro significado da palavra - LIXEIRO, tão sabiamente definida, por Josimar.

trabalha há 12 anos recolhendo lixo nas ruas de Mauá e se sente, assim como toda a classe, invisível para a sociedade. Ele faz parte desse exército que trabalha silenciosamente e ganha em média R$ 750, mais 40% de insalubridade.

Apesar de ter orgulho de sua profissão, o piauense Feitosa afirma que sofre porque as pessoas não o tratam como deveriam. "Só somos percebidos na sociedade quando fazemos greve", disse. Ele lembra que o perfil dos profissionais têm mudado e, por conta disso, voltou à sala de aula e concluiu o Ensino Fundamental.

Com a esperança de melhorar as condições da categoria, ele entrou para o sindicalismo e está há três mandatos como diretor do Siemaco (Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do ABC).

Ao contrário de outros profissionais, além de ser ignorado pelas pessoas, muitas vezes os coletores são maltratados sem motivo aparente. Eles correm vários quilômetros por dia e, às vezes, não conseguem matar a sede.

"Uma vez pedi água e, ao devolver o copo, a moradora mandou eu jogá-lo no caminhão. Isso quando não negam ou mandam a gente beber a água da torneira, quente, o que é mais comum", afirmou Daniel Xavier da Silva, 44 anos, sendo 15 de profissão. "Ninguém olha para a gente como trabalhadores e sim como lixo", lamentou o profissional.

A falta de respeito também é notada na maneira como as pessoas armazenam o lixo. Muitos não põem os sacos no alto, outros os colocam um dia antes da coleta, dando chance a animais destruir e espalhar o material pela calçada. Outro descuido é que muitos não embalam como deveriam o vidro quebrado, o espetinho de churrasco ou até mesmo a agulha de seringa usada, dando chance para que os trabalhadores se acidentem.

Portanto cabe a todos nós refletirmos sobre está profissão, cada vez mais necessária no mundo consumista que vivemos.

Sobre sua importância e seu grande valor, para sobreviver a toda esta quantidade de lixo produzida em maior escala a cada dia, dependemos cada dia mais destes trabalhadores para a sobrevivência deste planeta.

2. ETAPA 2

2.1. Passos 1 a 3

A desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira:

A desigualdade social se apresenta como uma condição social onde a s relações sociais estão caracterizadas pelo acesso diferenciado aos bens culturais produzidos pela coletividade; nas relações uns são possuidores e os outros carentes; uns são doadores e os outros receptores; uns valem mais que outros; uns são hierarquicamente superiores a outros na escala social. As estatísticas da desigualdade são assustadoras no Brasil, a renda dos 10% mais ricos corresponde a 45% do PIB nacional. A situação piora, se incluímos nesse cálculo dados sobre o Patrimônio, quando o percentual chega a 75, 4% da riqueza total brasileira na mão de 10% da população. Pode-se indicar pelo inverso: 24,6% da riqueza brasileira estão distribuídas entre 90% da população. A renda é tão concentrada que o centésimo mais rico da população possui uma renda superior à soma de todos os rendimentos da metade mais pobre desta população e pelo menos um quarto de toda a desigualdade de renda é determinado por apenas três por cento da distribuição de renda.

Os direitos não estão também adequadamente e nem igualmente distribuídos. Os espaços estão desigualmente divididos; o poder político está concentrado na mão de grupos dominantes da elite. Esta é a realidade social que dá base para a produção das subjetividades em nossa realidade brasileira e que, infelizmente, tem sido ignorado, é o que chamamos de invisibilidade social, a sociedade vive com as indiferenças e ao mesmo tempo os dominantes dessa mesma sociedade fingem que nada esta acontecendo.

As dificuldades e lutas se referem à falta de acesso aos atendimentos em saúde e educação, à distância dos bens públicos e as situações de humilhação são, em geral, pelo fato de aparentarem gente pobre e serem tomados como ladrões ou bandidos. Os homens apresentam dramas relacionados ao trabalho e à dificuldade de produzir sobrevivência para a família. Além disso, questões sobre a escolarização dos filhos, que vêm como a única chance de tirar os filhos do destino que lhes cabe. Sofrem por não serem dignos de crédito, por não ter em ajuda de qualquer espécie e pelos outros os olharem com desconfiança.

A humilhação social marca as falas de nossos sujeitos, pois estes falam de si sempre utilizando como referência o outro (rico); falam como se estivessem errados; como se desigualdade fosse sinônimo de estar errado, fora do padrão.

Estes aspectos que compõem uma dimensão importante do fenômeno da desigualdade devem ser considerados e devem possibilitar a construção de categorias desestabilizadoras na análise das questões sociais, capazes de criar novas constelações analíticas que conciliam idéias e paixões de sentidos inesgotáveis.

Somente quando a Psicologia tomar este lugar, ela poderá, efetivamente, contribuir para a produção de condições dignas de vida.

Terminamos afirmando que acreditamos estar contribuindo para a construção de uma Psicologia que estuda o sujeito concreto, inserido em sua realidade cotidiana e em seu tempo histórico; um sujeito que se constitui nas relações e nas atividades sociais, portanto é um sujeito que carrega em sua subjetividade elementos que podem nos ajudar a compreender a sociedade desigual.

3. ETAPA 3

3.1. Passos 1 a 3

Homens invisíveis:

A história de relacionamento com pessoas que exercem uma profissão desumana e muito mal paga, que condena seres humanos a trabalhos degradantes e tarefas que ferem não só o corpo como principalmente a alma.

O corpo é sugado, surrado, machucado, infestado; Sua saúde entra em colapso, com complicações de toda natureza. Um dia a saúde falece. Mas e a alma, humilhada, comprimida, aviltada destroçada. Este é o destino de quem vive cruelmente dia a dia em contato

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