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Psicologia Social

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Por:   •  2/12/2014  •  2.008 Palavras (9 Páginas)  •  897 Visualizações

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PSICOLOGIA SOCIAL

“Uma pessoa é uma coisa muito complicada. Mais complicado do que uma pessoa, só duas. Três então, é um caos, quando não é um drama passional. Mas as pessoas só se definem no seu relacionamento com as outras. Ninguém é o que pensa que é, muito menos o que diz que é (...) Ou seja, ninguém é nada sozinho, somos o nosso comportamento com o outro.”

Luis Fernando Veríssimo

Podemos definir a psicologia social como uma disciplina que usa métodos científicos para “entender e explicar como o pensamento, os sentimentos e os comportamentos dos indivíduos são influenciados pela presença real, imaginada ou implicada de outros seres humanos”.

É o estudo das manifestações comportamentais ocasionadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas, ou pela mera expectativa de tal interação.

Objeto: Interação social, interdependência entre os indivíduos, o encontro social.

Principais Conceitos: A percepção social, a comunicação, as atitudes, a mudança de atitudes, o processo de socialização, os grupos sociais e os papeis sociais.

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL

Em 1895, o cientista social francês Gustave Le Bon (1841-1931) apresentou, em seu pioneiro trabalho sobre a Psicologia das Multidões, a proposição básica para o entendimento de uma psicologia social: sejam quais forem os indivíduos que compõem um grupo, por semelhantes ou dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência, o fato de haverem sido transformados num grupo, coloca-os na posse de uma espécie de mente coletiva que os fazem sentir, pensar e agir de maneira muito diferente daquela pela qual cada membro dele, tomado individualmente, sentiria, pensaria e agiria, caso se encontrasse em estado de isolamento. Essa proposição e os argumentos de Le Bon para justificá-la, serviu de

Parâmetro para o estudo sobre Psicologia de Grupo publicado por Sigmund Freud em 1921.

Na escola americana de psicologia social cabe ainda um destaque para William McDougall (1871-1938). Esse autor, britânico que viveu 24 anos na América, foi um dos primeiros a utilizar o nome de psicologia social (1908) e comportamento (behavior).

Kurt Lewin 1890- 1947

Kurt Lewin é considerado por muitos o fundador da Psicologia Social. Nasceu na Alemanha estudou química, física, sociologia e por fim se dedicou a Psicologia. Ele segue a orientação gestáltica, mas ultrapassa os limites.

Por toda carreira de 30 anos se dedicou a área amplamente definida da motivação humana, seu conceito da Psicologia era pratico e concentrado nas questões sociais.

Sua extraordinária realização na Psicologia Social foi a criação da dinâmica de grupo “Assim como o individuo e o seu ambiente formam um campo Psicológico, o grupo e seu ambiente formam um campo social”

Ele enfatizou pesquisas da ação social, o estudo dos processo sociais relevantes visando a introdução de mudanças. Seu trabalho transformou questões polêmicas em estudos e pesquisas controladas, em geral impulsionou fortemente a PSICOLOGIA SOCIAL.

Kurt Lewin

PSICOLOGIA MODERNA/ CONTEMPORÂNEA

A Psicologia Social com sua formação acompanhou os movimentos ideológicos e conflitos do século ascensão do nazi-fascismo, as grandes guerras, a luta do capitalismo contra o socialismo. Segundo Jean Piaget (1970) a tarefa dessa disciplina é conhecer o patrimônio psicológico hereditário da espécie e investigar a natureza e extensão das influencias sociais. Conforme Aroldo Rodrigues, um dos primeiros psicólogos brasileiros a escrever sobre o tema, a psicologia social é uma ciência básica que tem como objeto o estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela integração de uma pessoa com outras pessoas, ou pela mera expectativa de tal interação. A influência dos fatores situacionais no comportamento do individua frente aos estímulos sócias. (Rodrigues, 1981).

A Psicologia Social no Brasil tem início nos estudos etnopsicológicos de Nina Rodrigues em 1900, animismo fetichista dos negros africanos e as coletividades anormais, ou melhor como coloca Laplantine (1998) nos estudos que revelam o confronto entre a etnografia e a psicologia.

No BRASIL, destacam-se nesta esfera dois psicólogos que trilham caminhos opostos: Aroldo Rodrigues – que tem um ponto de vista mais empirista, ou seja, acredita nas experiências como fonte única do conhecimento -, e Silvia Lane – que adota uma linha marxista e sócio histórica. Ela tem discípulos conhecidos nos meios psicológicos, entre eles Ana Bock, influenciada pelo bielo-russo Vigotski, e Bader Sawaia, que realizou importantes estudos sobre a exclusão e a inclusão. Estes psicólogos acreditam que a economia neoliberal e o Estado que o alimenta criam subjetividades moldadas segundo as suas características próprias, ou seja, têm grande influência sobre o desenvolvimento emocional dos indivíduos. Esta linha de pensamento é mais aplicada em discussões teóricas do que no interior dos consultórios.

Esta teoria psicológica tem sido alvo de muitas críticas atualmente. Algumas delas dão conta de que ela se restringe a descrever fatos, apenas nomeando os mecanismos sociais visíveis; foi criada no contexto de uma sociedade norte-americana que, no final da guerra, precisava recuperar sua economia, valendo-se para isso de recursos teóricos que lhe permitissem interferir na realidade social e então intensificar a produção econômica, assim investiu em pesquisas sobre processos comunicativos de convencimento, modificações nas ações pessoais, etc., tentando moldar os procedimentos individuais à conjuntura social; alimenta uma visão restrita da vida social, reduzida apenas à interação entre indivíduos, deixando de lado uma totalidade mais complexa e dinâmica das criações humanas, que simultaneamente edifica o real social e cria o indivíduo, conceito que se torna ponto de partida para a elaboração de uma Psicologia Social nova. Esta linha de pensamento adota uma postura mais crítica no que tange à vida social, e defende uma colaboração mais ativa da ciência para modificar a sociedade. Assim, ela busca transcender os limites de sua antecessora.

Lev Semenovich Vygotsky foi um psicólogo bielo-russo, descoberto nos meios acadêmicos ocidentais depois da sua morte, aos 38 anos.

Pensador

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