Psicologia Social

Todos os seres humanos vivem em constante processo de dependência e reciprocidade em relação ao próximo. Isso se dá nas relações simples do dia-a-dia, seja num simples aperto de mão ou sorriso, há uma consequência do contato e da comunicação que se consolida entre eles, introduzindo assim, o processo de interação social. É nessa perspectiva de avaliar o comportamento de indivíduos e no que ele é motivado socialmente, que a Psicologia Social tem como objeto material essa interação humana e suas consequências mentais e comportamentais.

Através de alguns conceitos trabalhados em sala anexados à Psicologia Social, pode-se interpretar o “Trecho 1” através do conceito de Percepção Social entendido como um processo de leitura do comportamento das outras pessoas. Para os autores:

Em uma definição mais ampla, a percepção social refere-se à construção e ao entendimento do mundo social a partir dos dados obtidos por meio dos sentidos. Em uma definição mais restrita, a percepção social refere-se aos processos pelos quais formamos nossas impressões das características e da personalidade das outras pessoas. (MICHENER, DELAMATER E MYERS, 2005, p. 130).

É muito curioso o fato de que a expectativa com relação ao comportamento do outro pode da mesma maneira modificar nossas ações. “Acima de tudo, eles esperam que o aleijado seja aleijado”, ou seja, ele aprendeu a exercer o “papel” de aleijado mediante as expectativas das pessoas que o configuram com uma pessoa fraca e inábil. Nessa perspectiva, é desafiante agir de forma diferente, “É bastante estranho, mas o aleijado tem de desempenhar o papel de aleijado, assim como as mulheres têm que ser o que os homens esperam delas, ou seja, simplesmente mulheres (...)”.

Nesse processamento na identificação de constatação de que o indivíduo enquadra a si próprio e o outro, nas mais variadas categorias de classificação, podemos observar que de certa forma nos ancoramos num determinado modelo com o qual nos identificamos. Cada um de nós agrega certas características aos componentes de grupos específicos, ou seja, fazer parte de um grupo de “anãs”, exige peculariedades que são modelos para o pensamento, sentimento e ação dos anões. Essas definições das características de um grupo social basea-se da Identidade Social, conceito também aplicado ao “Trecho 1”, Assim:

As identidades sociais estão associadas à participação em uma categoria ou em um grupo. Há uma infinidade de significados ou estereótipos associados aos vários grupos ou às diversas categorias. Desse modo, ao assumir uma identidade social cria-se uma pressão para aceitação desses estereótipos como sendo autodescritivo; isso pode ter um grande impacto sobre o comportamento. (MICHENER, DELAMATER E MYERS, 2005, p. 110).

Os papéis sociais são colocados ao indivíduo, desde o seu nascimento e desempenhado pelo mesmo na medida em que se postura de acordo com a expectativa do outro, “Na frente de outras pessoas, entretanto, tinha muito cuidado em não ser outra coisa que não “a anã”.”, e nessa perspectiva foi exatamente assim que ocorreu com a anã, até porque podemos de forma espontânea, adotar comportamentos agregados a estereótipos.

Os estereótipos são colocados segundo as características externas, à imagem projectada de determinada

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