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Psicologia Social

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Por:   •  17/9/2013  •  2.350 Palavras (10 Páginas)  •  593 Visualizações

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UNI-ANHANGUERA POLO UNIVERSITÁRIO DE CAMOCIM

CURSO: SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: Psicologia Social

PROFESSOR EAD: Ma. Laura Santos

PROFESSOR TUTOR: Paulo Roberto

PERÍODO: 3º SEMESTRE

PSICOLOGIA SOCIAL

Francisco Wilhames da Silva Nascimento R.A: 400383

CAMOCIM

06 de Maio de 2013

UNI-ANHANGUERA POLO UNIVERSITÁRIO DE CAMOCIM

COORDENAÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

PSICOLOGIA SOCIAL

Francisco Wilhames da Silva Nascimento R.A: 400383

CAMOCIM

2013

Introdução

O presente estudo teve como principal finalidade, promover no grupo o desenvolvimento de habilidades necessárias para a construção do agir individual, social e profissional enquanto Assistente Social.

Este trabalho ilustra e passa a esclarecer os alicerces do fenômeno da invisibilidade social, fenômeno este que esta profundamente ligada à humilhação social que é sofrido por grande parte da sociedade brasileira atual.

Desenvolvimento

Humilhação Social é significado de rebaixamento moral, trata-se da intenção de tornar inferior de diminuir. Podemos ver a alguns tipos de humilhação como o insulto, a difamação, não importando a classe social, ela está em nosso meio de forma às vezes até oculta. Dessa forma damos oportunidade para a banalização surgir em nossa sociedade de forma mista e cruel. Assim, o fenômeno histórico que se tornou a humilhação social, é ampliado pela desigualdade social existente desde os primórdios do descobrimento do nosso país, passando pela escravidão e a libertação dos escravos que se viram livres mas, sem o básico, necessário para se manterem vivos, passando então de escravos a empregados com o objetivo de sobreviver.

Também em situação equivalente estão os pobres e imigrantes, que vivenciam diariamente os efeitos da exclusão da classe aumentando ainda mais a desigualdade política por terem cada vez menos voz ativa e poder de palavra, recursos estes isolados entre os mais abastados, ditos de classe superior ou, como diríamos antigamente, burgueses.

Com a pressão psicológica imposta, de certa forma, inconscientemente pela sociedade, o indivíduo passa a viver a situação da maioria da classe a que pertence, fazendo com que essa situação e sentimento de impotência seja repassada para sua família e seus descendentes que desde muito cedo absorvem as dificuldades que seus pais enfrentaram tornando-as como uma rotina que os espera, cedo ou tarde. A humilhação social nada mais é que a satisfação de uns baseados na insatisfação de outros. Não nos basta mais ter algo, nos sentimos melhor quando temos algo que o outro não possa ter.

E é com esse sentimento também que o pobre quando deixa de ser pobre, trata a classe da qual acaba de sair. Como dito antes que pobre não tem memória, e por isso, ao dizer que suas novas posses e riqueza são fruto única e exclusivamente do seu trabalho, esquece-se que sua condição e das classes acima são sustentadas pela classe mais pobre. Outro ponto importante da reificação se presente, a presença, a pessoa como coisa, não como simples ser humano como eu e você, mas algo a quem não conseguimos nos equiparar. . Para os pobres, a humilhação ou é uma realidade em ato ou é frequentemente sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam com quem quer que estejam. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes, torna-se-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém vê.

A invisibilidade social foi construída devido à exclusão econômica e educacional de grande parte da população, por meio de uma política de integração social, propagada na época de Getúlio Vargas, essa que minimizava as mazelas sofridas pela sociedade. Ideias foram reificadas no senso comum e no ambiente acadêmico com intuito de mascarar as verdadeiras origens das desigualdades sociais no país. Jessé Souza (2006) foi um dos autores que através de sua tese criticou arduamente as políticas sociais do país. Ele buscou determinar as verdadeiras origens e não acredita que a pura descrição da realidade das pessoas socialmente humilhadas possa definir o que é desigualdade e sua origem social, ele apostou no estudo macrossociológico para compreender a constituição social dos brasileiros. O sociólogo Souza relata a existência de uma tendência a se acreditar em “fetichismo da economia”, como se o crescimento econômico por si mesmo, pudesse resolver problemas como a desigualdade excludente e marginalização [...], e ainda diz que é um jogo de classes que reifica essa cegueira e tenta neutralizar o processo de igualdade social.

O psicólogo Fernando Braga da Costa aborda por sua vez o tema da invisibilidade e humilhação social de maneira direta e concisa, o fato dele ter convivido por alguns anos com os garis da cidade Universitária de São Paulo e vivido a realidade cotidiana dos trabalhadores, foi uma postura essencial para que ele oferecesse um panorama amplo e fiel da invisibilidade social e suas ramificações na sociedade brasileira.Ele afirma que a função de gari era exercida em condições precárias, que era um trabalho considerado desqualificado, socialmente rebaixado, trabalho de força bruta, de gente bruta. Num de seus relatos ele mostra sua indignação ao não ser reconhecido por seus amigos acadêmicos pelo simples fato de estar usando um uniforme de gari, diz: [...] Eu era um uniforme que perambulava, estava invisível [...].

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