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Psicometricas

Por:   •  18/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.500 Palavras (10 Páginas)  •  218 Visualizações

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UNIVERSIDADE AUTÓNOMA DE LISBOA

LICENCIATURA DE PSICOLOGIA

2º ANO – TEORIAS E TÉCNICAS PSICOMÉTRICAS

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Sandra Carvalho 20090328

DOCENTE: Professora Doutora Rute Brites

           Universidade Autónoma de Lisboa

Lisboa, Junho, 2014

Resumo

A Inteligência em crianças no início da idade escolar foi o pretexto para a execução destes testes. Foram realizados testes com o uso de alguns dos instrumentos à disposição dos psicólogos. Ao psicólogo cabe a dever de ética e deontológica de, entre a vasta gama publicada, realizar de forma criteriosa a selecção e avaliação dos instrumentos, por exemplo, verificando a qualidade das suas medidas, tais como a fidelidade e a validade. Isso impõe o treino, seja da avaliação dos instrumentos ou sua aplicação, já que o próprio examinador, nas suas acções e omissões, pode ser a fonte de variados erros. Após a análise da robustez dos instrumentos a serem realizados, a fase de aplicação vai reportada, nos seus diversos passos, mas também como análise das exigências e dificuldades que comporta tal actividade.

Palavras-chave: validade, fidelidade, padronização.

Introdução

         O processo de avaliação psicológica, em que se centra na perspectiva da Psicologia o problema de especificar a pessoa, deve ser sustentado em princípios, instrumentos e técnicas, aplicados a um processo de etapas, conceptualizado por Zunker (Duarte, 2008), e que são: a análise das necessidades, o estabelecimento dos objectivos da avaliação, a escolha dos instrumentos, e a utilização dos resultados.

Deverão ser observados aspectos éticos e deontológicos a que os psicólogos estão obrigados, ao que, alerta Duarte (2008), está subjacente a preparação científica e técnica do psicólogo. Neste ponto de vista, cuja imperatividade não se pode afastar, a adequabilidade dos instrumentos escolhidos com vista à persecução dos objectivos deverá ser fundamentada por estudos empíricos a verificar pelo psicólogo, que simultaneamente se deve obrigar a “obedecer a um conjunto de normas e regras que controlem o seu próprio comportamento (...) respeitando sempre a dignidade e singularidade da pessoa humana” (Duarte, 2008, p. 144).

Os instrumentos da testagem psicológica são os próprios testes. Sendo instrumentos de medida devem conter determinadas características que atestem a sua confiabilidade, tais como a validade, fidelidade, e padronização, já que deve ser assegurado que medem exactamente aquilo que pretendem, com relevância e sem erros. De tais exigências destaca-se a validade que para Anastasi e Urbina (2000, p. 107) “refere-se àquilo que um teste mede e a quão bem ele faz isso”, na observação de os testes poderem ser um preditor presente ou futuro. Como afirma Kline (1975/1977), a precisão está relacionada com o problema de estabilidade no tempo e com o de consistência interna do instrumento. O teste tem fidelidade se consecutivas medidas forem obtidas em condições constantes dando o mesmo resultado, supondo nenhuma mudança nas características básicas, isto é, na atitude medida, ou, não há “erros nos escores que resultam de flutuação dos itens ao longo do teste” Urbina (2004/2007, p.133).

Se falarmos de inteligência infantil, o âmbito da nossa aplicação, facilmente se entende que a estabilidade emocional e o meio habitacional são factores importantes, mas também o de homogeneidade, de forma a não enviesar as escolhas.

Menciona-se por tal outro importante aspecto dos instrumentos a utilizar: a normalização. Essa pretende indicar a posição relativa do indivíduo na amostra normativa, avaliando seu desempenho em relação a outras pessoas, e oferecer medidas relacionáveis que permitam comparação directa do desempenho do indivíduo em testes diferentes. As normas, como realçam Anastasi e Urbina (2000), representam apenas o desempenho no teste das pessoas que constituem a amostra seleccionada para o padronizar, não sendo por tal, absolutas, universais ou permanentes. Gonçalves, Simões, Almeida, e Macedo (2003, p.8) também enfatizam que “não só os parâmetros normativos são distintos de cultura para cultura, como o próprio significado dos conceitos se pode modificar”. Percebe-se pois, a necessidade de que instrumentos produzidos em países diferentes sofram estudos de normatização para cada lugar onde serão adaptados. Essa preocupação deve existir, já que, ao interpretar os resultados do teste, não se pode usar as mesmas normas que foram utilizadas com populações diferentes, com culturas diferentes.

Referimo-nos a padronização como a existência de constância em todos os procedimentos que se relacionam com o uso de um instrumento de testagem, que variam desde as preocupações a serem tomadas na sua aplicação (uso adequado dos instrumentos e uniformização das condições de testagem), até ao desenvolvimento de parâmetros ou critérios para a interpretação dos resultados obtidos. De igual forma devem ser afastados erros resultantes de diferenças entre avaliadores, pelo que, entre outros aspectos que lhes sejam imputáveis, as instruções nos manuais dos testes devem ser claras e detalhadas, e os avaliadores devem actuar de forma profissional e consciente na aplicação daquelas.

Poderemos dizer que nos encontramos então no campo das técnicas, mas não esqueçamos que essas não se referem apenas à actuação dos avaliadores, quer seja na administração dos instrumentos ou cotação dos resultados. Nas técnicas incluem-se também todas as formas de verificar as características dos testes. Por exemplo, se nos aludirmos à verificação da precisão por meio da consistência interna podemos mencionar o método das metades (estabilidade temporal), Kuder-Richardson (coerência inter-itens), coeficiente alfa de Cronbach (homogeneidade). Neste caso referimo-nos à consistência entre itens, ou seja a “homogeneidade do conteúdo expresso através dos itens” (Fachel e Camey, 2000, p. 161), que pode variar os seus valores entre 0 e 1, com um limite inferior aceitável de 0,70.

A Aplicação da Testagem

Método

Participou neste estudo um adolescente, o nosso sujeito, de 10 anos de idade, de sexo masculino, a frequentar o 5º ano de escolaridade.

A, mostrou-se cooperante, demora demasiado tempo nas provas de realização, mesmo se lhe é dito para fazer mais rápido possível. Demonstra falta de perseverança, desiste perante maiores dificuldades e não insiste até acertar.

O procedimento de aplicação dos testes foi executado no Centro Universitário de psicologia e Logopedia da Universidade Autónoma de Lisboa, em Lisboa.

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