AS TÉCNICAS PROJETIVAS E PSICOMÉTRICAS

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FACULDADE IEDUCARE – FIED/UNINTA

CURSO: BACHARELADO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA: TÉCNICAS PROJETIVAS E PSICOMÉTRICAS

PROFESSOR: JOSÉ DORIBERTO FREITAS

ALUNA: EDNA GOMES DOS SANTOS

MATRÍCULA: GRA20112416

RESENHA: Psicometria

Segundo o artigo, pode-se definir psicometria como sendo a forma de medida e significações que a sociedade dispõe sobre pensamentos e expressões do paciente em meio psicoterapêutico.

O precursor e pai da psicometria é o inglês Francis Galton, que foi pioneiro na construção de testes psicométricos, porém, apenas com Leon Louis Thurstone a psicometria ganhou mais espaço pela diferenciação da psicofísica, uma vez que defendendo a análise multifatorial ele direcionou a psicometria para análise do comportamento humano por vias de seus constructos mentais.

O autor confere destaque a configuração do que se conhece como score, baseando-se em duas teorias: Teoria clássicas dos testes (TCT) e Teoria de resposta ao item (TRI), delineando como estes scores não podem ser percebidos apenas como números, uma vez que correspondem a âmbitos da vida de um determinado sujeito e representam em sua própria concepção algo mais complexo, que devem ser entendidos como dados em conjunto, e que somente assim, expressarão informações relevantes.

Um outro enfoque ao qual o texto se debruça se trata dos fatores de erro (E) na TCT, onde estes são parte do resultado final (T) e podem ser advindos de diversos fatores, tais como: falhas do próprio teste, estereótipos que fundamentaram sua concepção, condição do próprio paciente ao se submeter ao teste, ou ainda fatores ambientais diversos que podem ter influenciado os resultados obtidos.  

Na TRI funciona de forma um pouco diferente, pois esta vertente se dedica um pouco mais aos traços latentes que dizem respeito as aptidões e as habilidades. Sendo assim, os resultados produzidos nas tarefas que compõem os testes são efeitos das capacidades do qual o paciente dispõe para resolvê-las.

Nas duas vertentes existem dois parâmetros que são essenciais para legitimidade e veracidade dos testes, sendo eles a validade e a precisão. A validade é assunto longo e palco de debates críticos e cíclicos que suscitam cautela e constante verificação, no intuito de garantir sempre que tal ou tal teste está e/ou continua apto ao uso.

A validade de um teste é constatada pela veracidade de assimilação que este emprega sobre a relação entre traço latente (habilidades, aptidões) e as representações físicas (comportamentos) do sujeito. Desta forma, infere-se que a esta validade não diz respeito exatamente sobre quão assertivos possam se mostrar os resultados, mas se estes condizem com o sujeito estando amparadas por saberes científicos e a própria realidade empírica do paciente.

Há um obstáculo do qual os psicometristas se deparam sempre que se voltam para a construção de um teste ou para validação deste, que se trata da multiplicidade de vertentes teóricas que a Psicologia possui, considerando a distanciação de formas de entendimento da subjetividade e do sujeito que apresentam.

Para dar conta desse desafio, se utilizam de técnicas do modelo trinitário que se baseiam na validade a partir de três formas: a validade de constructo que analisa se o teste constitui uma representação legítima do constructo para o qual está designado; a validade de critério que se volta para eficácia das pré-disposições do sujeito frente aos seu desempenho, e a validade de conteúdo que consiste em verificar se o teste é capaz de constituir uma amostra confiável em seu resultado, isto é, se estando dentro de âmbito finito de resultantes, este consegue ser fiel ao todo pelo resultado de alguns. Cada uma destas é responsável por determinado aspecto do teste, e confere maior assertividade e veracidade perante seus resultados.