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Psicopedagogia: Busca De Uma Identidade.

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Por:   •  17/6/2013  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  701 Visualizações

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FACULDADE JOÃO CALVINO

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

RESENHA

Psicopedagogia: busca de uma identidade

Cristiane Oliveira de Lucena - Pedagoga

Pós-graduanda em Psicopedagogia Clínico e Institucional

RESENHA CRÍTICA

MEIRA, Sônia Regina. Psicopedagogia: busca de uma identidade. Este artigo é parte da Dissertação de Mestrado “Formação e atuação do psicopedagogo: busca de uma identidade”. PUCCAMP – 2000.

CREDENCIAIS DA AUTORA

Sônia Regina Meira é Licenciada em Pedagogia e especialista em Psicopedagogia pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada (FIMI). Mestre em Educação e Doutora em Psicologia, ambos pela PUCCAMP. É Coordenadora Pedagógica da FASAMA e docente.

RESUMO DA OBRA

A resenha que será aqui descrita refere-se a uma análise crítica do artigo Psicopedagogia: busca de uma identidade da autora Sônia Regina Meira. O artigo é dividido em sub-temas, os quais são: Resumo, Introduão, Histórico da Psicopedagogia, A Psicopedagogia na Argentina e no Brasil, Psicopedagogia: busca de um conceito, O Objeto da Psicopedagogia e a Interdisciplinaridade.

Na introdução, Meira, trata do histórico da Psicopedagogia numa tentativa de clarear esse campo de ação. Cuida em acompanhar a trajetória do objeto da Psicopedagogia até a concepção de hoje, além de abordar a importância do papel da interdisciplinaridade na área.

Durante o desenvolvimento da obra a autora traz o Histórico da Psicopedagogia, e durante a análise desse histórico foi possível perceber nitidamente que a Psicopedagogia não nasceu de uma área específica, bem como, a neurologia, a psiquiatria, a educação e a psicologia formaram todo esse pensar. Ainda, hoje, a Psicopedagogia busca definir a sua identidade e também o seu campo de atuação, porém o processo de aprendizagem e suas dificuldades foram amplamente contemplados, dando nos subsídios para acreditar.

No sub-tema A Psicopedagogia na Argentina e no Brasil, Meira afirma que na década de 70, surgiu o primeiro curso de especialização em Psicopedagogia no Brasil: antes eram apenas apresentados em cursos de extensão. Em 1979, o Instituto Sedes Sapientiae (São Paulo) inicia os primeiros cursos desse gênero, já enfatizando os problemas de aprendizagem. Em 1985, a PUC de São Paulo, que até então só dispunha de cursos de extensão, oferece Cursos de Especialização, com um enfoque já na linha preventiva.

Segundo Meira, diferentemente da Argentina, nossos cursos não são de graduação e sim de especialização. Eles se apresentam para um público de pedagogos, psicólogos e pessoas de áreas afins. Têm, em média, 360 horas e

seu enfoque é clínico ou institucional, ou seja, curativo ou preventivo. Isso não

quer dizer que essas sejam as denominações mais apropriadas, porém são as

mais difundidas. Com esse histórico, pudemos perceber mais nitidamente como surgiu a Psicopedagogia e como foram instigantes os desafios que se interpuseram.

No sub-tema Psicopedagogia: busca de um conceito, a autora faz os seguintes questionamentos: O que significa Psicopedagogia? Como ela é definida em sua identidade? Como essas definições estariam guiando a identidade dos estudiosos e práticos? Meira começa, portanto, por revolver uma grande questão que parece estar latente em seu corpo de conhecimento, qual seja, identificar se a raiz da Psicopedagogia parte da Pedagogia ou da Psicologia. Nesse sentido, a autora traz um conceito de Neves que nos diz: “Falar sobre a Psicopedagogia é, necessariamente falar sobre a articulação entre educação e psicologia, articulação esta que desafia estudiosos e práticos dessas duas áreas” (1991, p.10).

Ainda, segundo Neves, a Pedagogia seria vista como estudo, disciplina ou Ciência que trata a Educação. Interessante seria resgatar também a posição de Best (apud CASTRO), quando fala sobre o termo Psicopedagogia:

O que é científico é a Psicologia! Por que então não recorrer logo a essa Ciência nascente, para fundar racionalmente e cientificamente a Pedagogia? Desse recurso ilusório que confunde os fins da educação, o conhecimento do sujeito a educar e o domínio dos meios para educar, nasceu um termo confuso: Psicopedagogia. A pedagogia: conhece então um primeiro avaliar: é reduzido a não ser senão a conseqüência prática ou aplicada de uma ciência que ela não é: a Psicologia. (p.7)

O conflito é grande, porque a Psicopedagogia é um campo de ensino e pesquisa que tem uma área de atuação de caráter interdisciplinar e que a Pedagogia e a Psicologia seriam os grandes vetores que, numa ação de unidade, buscam melhor compreender o processo de aprendizagem, bem como o ser aprendiz nas suas potencialidades e dificuldades. Um ser que não é só cognitivo, mas é afetivo, social e cultural.

No sub-tema O objeto da Psicopedagogia e a Interdisciplinaridade, a autora ressalta que, o antagonismo vivido na busca de uma fundamentação teórica que responda por ela, faz com que a Psicopedagogia sofra o paradoxo de uma prática que parece estar muito mais articulada ao processo do que a própria epistemologia. Esse paradoxo, talvez, seja de maneira tão implícita se considerarmos que ela própria nasceu da prática de diversos profissionais que, de diversas áreas, se posicionavam para inicialmente “tratar” os problemas de aprendizagem, percebendo os “sintomas” e fornecendo “diagnóstico” que facilitassem o trabalho de atendimento de pacientes com dificuldades de aprendizagem.

Meira afirma que buscar clarear o objeto da Psicopedagogia, não é tarefa fácil, pois existe um verdadeiro quadro de antagonismos e contradições envolvendo o tema, buscar clarear um objeto sem delimitar a área é, no mínimo, restritivo. Embora as variantes em torno do termo se alterem, hoje, já se faz claro que a Psicopedagogia é uma área de caráter interdisciplinar.

Apesar de sustentada por outras áreas, mantém um conhecimento próprio e sua ação se justifica ao auxiliar o seu objeto que é o ser do conhecimento um ser aprendiz que carrega essa possibilidade além da educação formal nos bancos escolares.

A Psicopedagogia é uma área que privilegia o ser na busca do conhecimento. Dessa forma, justifica a sua presença na música, nas artes, na informática, nas empresas, na literatura, nos hospitais, está inserido. Esse olhar cuidadoso é diferenciado

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