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Por:   •  21/4/2013  •  3.981 Palavras (16 Páginas)  •  476 Visualizações

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A atuação do psicólogo no hospital para a promoção de saúde

14 de fevereiro de 2008

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Resumo:

No presente trabalho, apresentamos informações acerca da Psicologia da Saúde e Psicologia Hospitalar, esta última como especialidade exclusivamente brasileira. Refletimos, também, sobre a formação acadêmica, o mercado de trabalho e a realidade da saúde no País. Consideramos que existem incongruências entre a formação de base, a nossa realidade social e a inserção de psicólogos no ramo da saúde. Discutimos a inclusão da Psicologia Hospitalar na Psicologia da Saúde, priorizando melhor formação acadêmica para que se possa trabalhar com o propósito de promoção de saúde dentro das instituições hospitalares, sendo essa uma área ampla que utiliza os conhecimentos das Ciências Biomédicas, Psicologia Clínica, para intervir em distintos contextos no âmbito sanitário. Faz-se também uma reflexão acerca de muito se falar do modelo biopsicossocial, observa-se que se continua privilegiando a etiologia biologicista, a concepção fragmentada de saúde e o caráter impositivo e normatizador da visão positivista de ciência, esquecendo-se a relevância dos aspectos sociais, psicológicos e ecológicos como mediadores dos processos saúde-doença.

Palavras-chave: Psicologia hospitalar, Psicologia da saúde, Promoção de saúde, Formação profissional.

Um dos principais problemas no contexto social tem sido a questão da saúde, apesar dos investimentos crescentes em assistência médica curativa e individual, ainda que se identifique, de forma clara, porém não com muita ênfase, que medidas preventivas para promoção da saúde, tem sido trabalhadas, mas ainda assim, deve-se dar uma maior atenção a melhoria das condições de vida em geral, daí teremos possibilidades significativas e fundamentais para os avanços no que concerne a promoção de saúde. Este ensaio tem como objetivo discutir a contribuição do psicólogo no hospital, trabalhando com uma perspectiva para promoção da saúde, como campo de conhecimento e de prática, para a qualidade de vida. Para tant

o, apresentaremos os conceitos que aproximam promoção da saúde e qualidade de vida, bem como algumas estratégias e iniciativas capazes de operacionalizar sua interação, onde o psicólogo pode e deve estar envolvido de forma positiva com as políticas públicas saudáveis que exigem a ação intersetorial, e uma nova institucionalidade social que vem se materializando com as propostas para a atuação nos hospitais, contribuindo para uma melhor evolução do processo de promoção de saúde. Decorridos pouco mais de vinte anos da divulgação da Carta de Ottawa (WHO, 1986), um dos documentos fundadores da promoção da saúde atual, este termo está associado a um conjunto de valores: qualidade de vida, saúde, solidariedade, eqüidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, entre outros.

Refere-se também a uma combinação de estratégias: ações do Estado (políticas públicas saudáveis), da comunidade (reforço da ação comunitária), de indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde) e de parcerias intersetoriais. Isto é, trabalha com a idéia de responsabilização múltipla, seja pelos problemas, seja pelas soluções propostas para os mesmos, porém todos envolvidos com o objetivo da promoção de saúde. Segundo Cerqueira (1984), o psiquiatra trabalhando sozinho não poderia modificar o quadro assistencial tradicional e inadequado para promoção de saúde, necessitando para isso a participação de outros profissionais, entre eles o psicólogo. O objetivo era formar equipes multiprofissionais comprometidas com as novas tarefas desse modelo assistencial que apresentava-se enquanto crítica ao asilo e como solução para os problemas e precariedades da assistência psiquiátrica. A entrada dos psicólogos na área de saúde mental, que no momento, dava inicio à entrada da psicologia na área da saúde e nos hospitais, porém, deu-se, assim, num momento de crítica ao modelo asilar e às equipes de saúde formadas predominantemente por médicos e de ênfase na formação das equipes multiprofissionais, passou-se a valorizar o investimento em serviços alternativos extra-hospitalares. Em outras palavras, pode-se dizer que a partir do final dos anos 70, o campo da saúde mental configurou-se como um grande pólo de absorção de psicólogos, na tentativa de mudar o modelo médico e de formar as equipes multiprofissionais.

O psicólogo e os desafios para promoção de saúde nas instituições hospitalares.

Atualmente temos uma realidade muito mais adequada em termos de formação em Psicologia da Saúde e Hospitalar. Entretanto, até a poucos anos, havia uma enorme preocupação com relação à formação, pois a ambigüidade devida à diversidade de orientações epistemológicas, teórico-metodológicas ou de intervenções em Psicologia, que na prática diversificam o campo de atuação do psicólogo no contexto hospitalar, influenciava os programas de formação profissional, que muitas vezes realçavam algumas áreas sem aprofundar outras, o que derivava, na prática, em especializações fracionadas, parciais e não em formação integral em Psicologia da Saúde. Atualmente, é real e autêntica a força de um grande contingente de psicólogos que buscam aprimorar as ações em saúde, participando intensamente e de forma criativa nas problematizações da área, oferecendo suporte em cada campo específico de atuação, referendando a busca e elaboração conceitual de modelos gerais e particulares para alcançar, de forma mais efetiva, as demandas de saúde, solidificando teoricamente o seu exercício profissional. Assim aponta Campos (1992), com base nas prioridades de saúde da população, dizendo que esse é um dos grandes desafios que o psicólogo enfrenta atualmente no campo da assistência pública à saúde, na medida em que implica na substituição do paradigma da clínica pelo da saúde pública, requer um novo modelo de atenção à saúde e de relação com o usuário, bem como um modo sempre mutante de fazer saúde, ou seja, os psicólogos hospitalares são, portanto, protagonistas e intérpretes de um processo universal de construção de um novo pensar e fazer em saúde, definidos pela abordagem holística inerente à Psicologia, na solução dos problemas mais relevantes da saúde contemporânea.Dessa forma, as perspectivas de desenvolvimento

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