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Resistência

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Por:   •  14/3/2015  •  1.463 Palavras (6 Páginas)  •  149 Visualizações

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RESUMO

Este artigo tem por objetivo percorrer os caminhos literários da Psicologia, observando o curso da resistência num enfoque gestáltico, a importância do diálogo na psicoterapia e a atitude terapêutica como ferramenta que proporciona segurança ao cliente para estar se desvelando no processo terapêutico. Para tanto, o presente trabalho teve como recurso metodológico o acervo da biblioteca da UNAMA. E conclui com importância que o terapeuta deve ter consciência que seu papel é mobilizar o cliente para possibilidades de ajustamento de suas resistências, de forma que a mesma interfira o mínimo possível no seu cotidiano.

PALAVRAS-CHAVES: Resistência. Diálogo. Atitude Terapêutica. Gestalt-terapia.

1- INTRODUÇÃO:

O processo de resistência é caracterizado por um movimento contrário de uma pessoa em relação ao que ela gostaria de fazer, ser ou realizar. Ou seja, é um movimento dialético que ocorre dentro da pessoa, onde forças ambivalentes travam uma batalha. Dessa forma, a resistência pode ser revelada como um processo pelo qual o cliente encontra-se dividido em dois. Pois tenta ouvir dois lados polares, com energias diferentes e que interagem dentro dele mesmo.

Ao manifestar-se uma resistência, o único curso de ação aberto ao terapeuta é aceitar a pessoa como ela é, acentuando aquilo que existe (ou seja, aquilo que o cliente apresente no aqui-agora), de tal forma que se torne uma parte energizada de seu caráter, e não um peso despersonalizado (POLSTER&POLSTER, 1982).

Diante desse tema, o presente estudo tem por finalidade perceber a trajetória do processo de resistência no setting terapêutico, assim como a importância do diálogo no processo e a atitude terapêutica no Encontro com um cliente que manifeste a resistência.

2- METODOLOGIA:

O estudo em questão é um artigo proveniente da revisão literária da Psicologia, onde se utilizou, para a coleta de dados, a biblioteca da UNAMA, mas especificamente em acervos que datam do ano de 1982 até 2008. Foram selecionadas apenas as referências que tinham interesse em comum com o objetivo proposto pelo estudo, por tanto, discutir a resistência quanto processo psíquico, a atitude terapêutica diante da resistência e a importância do diálogo no contexto terapêutico.

3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

3.1 FORMAÇÃO DA RESISTÊNCIA:

A resistência tem inicio nas relações interpessoais e se sedimenta na psique humana. A intervenção brusca de uma frase no meio de um diálogo, valores introjetados na infância, dentre outros, são alguns exemplos de como se instauram as resistências que nos acompanham durante a nossa vida e com a qual temos que aprender a conviver de forma criativa e sadia, para poder lidar com aspectos difíceis do nosso dia-a-dia.

Cremos que as dificuldades de expressão e da comunicação, a disfunção perceptual, surgiram a partir de um momento da vida da pessoa. “Um diálogo foi interrompido, um grito ficou solto no ar e não foi ouvido pela pessoa a quem se destinava [...] a conseqüência de não ser ouvido numa fase tão sensível é a instalação de uma descrença na possibilidade de ter um parceiro interessado; a pessoa não é capaz nem de ser uma boa parceira para si mesma”. (JULIANO, 2008).

3.2- RESISTÊNCIA COMO AUTOPROTEÇÃO:

O processo de resistência na terapia assinala uma vulnerabilidade que está sendo experimentada pelo cliente. E essa resistência se manifesta em forma de barreiras colocadas pelo cliente ao longo do processo terapêutico. Cabe ao terapeuta entender e interpretar essa barreira como a forma mais adequada que o cliente encontrou para comunicar o modo como ele está se sentindo vulnerável. Para Hycner (1995), essa é uma forma essencial de autopreservação.

3.3 PRIDÊNCIA E RESISTÊNCIA:

Ao emergir num ponto frágil, a resistência é prudentemente usada pela pessoa, que com isso expressa o não suporte para lidar com determinada situação ameaçadora. “Infelizmente, diferente de um protetor de verdade, a resistência é primeiramente defensiva, em vez de nutritiva. De fato, o paradoxo é que o comportamento resistente impede a nutrição que poderia vir dos outros. Estamos preocupados em nos defender contra ameaças reais e imaginárias, e assim afastamos aqueles que poderiam nos proporcionar melhor uma interação nutritiva e curativa. A resistência protege, mas, paralelamente, impede a pessoa de crescer: ela corta o diálogo com o mundo.” (HYCNER, 1995).

3.4 RESISTÊNCIA, CONTATO E CRIATIVIDADE:

No cenário terapêutico, a resistência serve como um ponto de encontro entre cliente e terapeuta. Para HYCNER (1995), toda resistência é, por um lado, evitação de um comportamento, e, por outro, contato intrapsíquico consigo mesmo; é o contato com antigas necessidades de defesa ao passado que, paralelamente, ocorre como o contato interpessoal – indiretamente, como deve ser. É indiretamente porque é um contato através do conflito.

A resistência é um fenômeno oportuno para o terapeuta exercitar a sua criatividade ao encontrar o seu cliente. O terapeuta deve estar atento ao momento exato para desafiar a resistência do cliente, e estar alerta para identificar esse momento é tarefa nada fácil, visto que o momento é de difícil discernimento.

3.5 DIÁLOGO :

A tarefa do terapeuta é restaurar o diálogo que, por algum motivo, foi interrompido na vida do cliente, formando uma resistência. É extremamente importante o terapeuta estar ao lado do cliente, demonstrando companheirismo e preparando o cenário terapêutico para um relacionamento de maior mutualidade. A principal forma de acessar o cliente é a experiência que ele trás. Segundo JULIANO (2008), confirmar o seu relato e ouvir atentamente ajuda a estabelecer um relacionamento baseado na confiança.

O diálogo entre terapeuta e cliente

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