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SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL: Seminários, Renovação Dos Conceitos, Visão Crítica E Interventiva.

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Por:   •  19/11/2013  •  2.346 Palavras (10 Páginas)  •  786 Visualizações

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1.0 INTRODUÇÃO.

1.1 Primeiras palavras.

Trazemos nesta atividade estudos e reflexões sobre diferentes temas referentes ao Serviço Social, o primeiro tema abordado foi: A Re-conceituação do Serviço social no Brasil: o movimento em questão, este movimento é considerado o acontecimento de maior relevância na historia do serviço social, e foi através dele que surgiu uma nova forma de agir e intervir perante a sociedade, foi preciso romper com a metodologia importada da Europa e dos Estados Unidos.

Fizemos outra reflexão sobre a Teorização do Serviço Social: Documento Alto de Boa Vista, analisando a importância do primeiro seminário do movimento de Re-conceituação do serviço social e o seminário de metodologia do serviço social, foi a partir destes seminários realizados pelos Assistentes Sociais, que o movimento de re-conceituação se firmou.

Outra temática trabalhada foi a influencia das correntes filosóficas do Serviço social sendo elas: Positivismo, Fenomenologia e Dialética, essas correntes fazem parte da historia do serviço social.

O positivismo defendia uma melhor qualidade de vida para os cidadãos.

A Fenomenologia busca a analise critica da realidade do individuo para que ele possa lhe dar com os próprios problemas, buscando entender a existência e o sentido da vida.

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A Dialética por sua vez traz uma visão marxista sobre a relação entre os burgueses e os operários, onde os burgueses controlam praticamente tudo usando dos seus poderes aquisitivos enquanto os operários permanecem como reféns deste sistema capitalista.

2.0 DESENVOLVIMENTO:

2.1. Movimento de Re-Conceituação do Serviço Social no Brasil.

Foi a partir de 1930 que a renovação do serviço social alcançava toda a America latina, logo depois já na década de 60 implantava-se o movimento de re-conceituação no serviço social brasileiro, surgia como forma de intervir junto aos verdadeiros problemas sociais, sempre debatendo com o sistema capitalista, consumista, e ditatorial, o modelo de atuação tradicional e conservador do serviço social eram criticados, pois já não correspondia a realidade Brasileira.

No ano de 1964 acontecia uma conjunção entre as instituições de ensino do serviço social brasileiro, na região do nordeste, foi o primeiro movimento contra o tradicionalismo do serviço social, foram realizados vários encontros entre os Assistentes Sociais que debatiam as formas de atuação, no serviço social brasileiro o movimento de re-conceituação se deu de forma diferente do restante dos países da America Latina, os profissionais se fortaleceram unindo forças, buscando fundamentação teórica e pratica para a profissão, intervindo de forma critica e concreta perante as disparidades sociais.

A re-conceituação surgiu devido às disparidades sociais, porque a forma que o serviço social atuava perante a sociedade não gerava resultados, pois sua metodologia era reflexo da teoria de outros países onde a realidade era totalmente diferente da realidade enfrentada no Brasil, os profissionais lutavam por valorização salarial, contra a dominação capitalista e visando o bem comum dos cidadãos que se encontravam em situações de vulnerabilidade social, segundo Faleiros, é preciso que a haja uma visão ampla da sociedade como um todo.

“O movimento de re-conceituação contribuiu fundamentalmente para deslocar o eixo de preocupação do Serviço Social da situação particular para uma relação geral [...] e de uma visão psicologizante e puramente interpessoal para uma visão política da interação e intervenção.” (Ozanira, apud Faleiros 132)

Este movimento gerou uma ruptura com o modelo tradicional que o serviço social estava vinculado, passando a implantar um modelo desenvolvimentista, as universidades formularam novas metodologias de ensino no curso de Serviço social, este processo de novos conceitos é de suma importância o serviço social não é o mesmo de antes da re-conceituação, a população passou a conhecer melhor o trabalho do assistente social superando a visão alienada de que o serviço social é mero assistencialismo.

. 2.2. Seminários de Serviço Social no Brasil.

Os documentos, dos seminários de Araxá, Teresópolis, Sumaré, e Auto da Boa Vista, respectivamente em 1967, 1970 e 1978, representaram um marco histórico do Serviço Social. Foram momentos durante os quais a profissão refletia sobre suas bases teóricas e suas praticas. Os documentos refletem as idéias e a pratica do Serviço Social naquele momento e, portanto, não podem ser tomados como orientações para o momento atual em que estamos vivendo. Os seminários de teorização do serviço social vieram para organizar e teorizar os trabalhos dos assistentes sociais e tiveram como finalidade os interesses da autocracia burguesa e o regime militar que de certa forma impulsionava as mudanças.

O serviço social com sua perspectiva modernizadora que se ajustou ao projeto do governo para atender ao “grande capital” procurou adequar sua metodologia e seus cursos de formação para atender aos tipos de necessidades locais, estavam se modernizando aos poucos, mas nunca deixando totalmente os traços tradicionais, por isso as propostas dos seminários trouxeram uma nova metodologia ao serviço social, trazendo mudanças importantes através dos mesmos.

A perspectiva modernizadora foi uma tentativa de adequação do serviço social enquanto atuava como instrumento nas estratégias do desenvolvimento capitalista. Como nos indica Neto, (1998, 154). O núcleo central desta perspectiva é a tematização do serviço social como interveniente dinamizador e integrador no processo de desenvolvimento em que o profissional precisa ter formação técnica – cientifica para poder atuar em diversos setores da sociedade, enfrentando situações cada vez mais desafiadoras.

A idéia dos seminários não era, portanto, procurar um novo Serviço Social nem mesmo a conceituação do atual, mais partir do que se conhecia, do que já tinha sido experimentado, identificar os conhecimentos que o embasavam transformar o poder empírico para dai esclarecer seu significado e a partir disso encontrar uma base cientifica de acordo com o que já existia, uma teoria que fosse especifica d o serviço social da forma como o alicerçava no momento.

Os encontros Regionais e seus respectivos seminários foram de grande importância para a construção do Serviço social existente hoje, representaram o inicio de uma longa jornada em busca de reconhecimento e desenvolvimento teórico e pratico do Serviço Social em meio à sociedade. Todos os seminários foram movimentos de lutas por melhorias tanto para o profissional como para o usuário, visando identificar métodos eficazes de intervenção.

2.3. Positivismo no Serviço Social.

O positivismo foi um movimento estimulado por Augusto Conte, onde suas doutrinas atribuíam à constituição da ciência positivista que foi muito importante para o progresso do conhecimento. No Brasil a influencia positivista tem sido muito grande e, apesar das aparências, pois as grandes idéias são lançadas pelos grandes homens e assim elas são divulgadas sem que as pessoas que as repetem e as usam saibam verdadeiramente seu significado e a sua origem. É dessa forma que muitas idéias de Augusto Conte já estão sendo valorizadas em todo o mundo.

Augusto Conte foi o inspirador de duas palavras importantes; sociologia e altruísmo, essas palavras são divulgadas em todo o mundo, e é dessa forma que o positivismo chega a todos os lugares, sendo divulgado sem nem ser percebido.

O movimento positivista participou ativamente do movimento abolicionista e do movimento republicano, dando ao positivismo uma grande projeção social e política. O apostolado positivista lutou e apresentou ás instituições estatais o direito á proteção da mulher, proteção ao trabalho de menores e dos empregados doentes, pois nada disso existia, influenciando diretamente dessa forma nas leis trabalhistas.

Portanto precisamos entender que o positivismo não se trata de socializar meios de produção, trata-se de socializar o capitalismo, a propriedade é necessária, devemos, entretanto compreender o seu dever.

O capital é de formação social e, portanto, só tem significado social. Se pagarmos um cidadão com uma tonelada de ouro e colocarmos ele em meio ao deserto este morrera de fome, o ouro só vale em meio á sociedade, o capital deve ter dever social, e o capitalista deve entender isto, e assim devemos moralizar o capital e não suprimi-lo.

A frase que esta inserida na bandeira Brasileira “Ordem e Progresso” são inspiração do positivismo, no entanto esta concretização tem se tornado muito difícil devido à fase social em que estamos inseridos, onde a desigualdade aumenta e a submissão também, onde a sociedade estar cada vez mais acomodada com as injustiças.

2.4. Fenomenologia no Serviço social.

Em meados do século passado, surgiu em todo o mundo o movimento pela Re-conceituação do Serviço Social que no Brasil, os Assistentes Sociais Brasileiros buscavam uma nova forma de atuar e intervir perante a sociedade.

O método positivista já não atendia às necessidades do Serviço Social, em parte pelas suas lacunas inatas, e em outra parte pelas mudanças políticas, econômicas e sociais ocorridas no Brasil. Fazia-se necessário um método mais adequado à realidade latino-americana, em vez de métodos tradicionais, copiados dos Estados Unidos e Europa.

O método fenomenológico vem ao encontro de carências reais cada vez mais urgentes no campo da abordagem dos fenômenos humanos e sociais. O método fenomenológico ao contrario do método cientifico busca compreender o ser humano em sua especificidade de se dar como vivencia a fenomenologia sem querer substituir ou mesmo opor-se ao pensamento objetivista das ciências exatas apresenta-se como um saber paralelo ou cientifico.

Podemos dizer essencialmente que um serviço social fenomenológico é aquele que busca abordar os problemas sociais do individuo, do grupo ou das instituições a partir do encontro desse sentido que se fundamenta as maneiras especificas de vivenciar o mundo, permitindo compreender, explicar, comportamentos e atuações sociais.

Um serviço social fenomenológico se ocuparia em definir espaços fenomenológicos, ou seja, engajamentos de pessoas de grupos ou comunidades, podendo absorver de forma detalhada a realidade dos cidadãos, mapeando o grau de vulnerabilidade enfrentado por eles.

Assim, a Fenomenologia seria um caminho que nos possibilitaria entender antes de julgar ou explicar; que nos ajudaria a acolher o outro e com ele buscar o crescimento, através do diálogo e da reflexão, meios tais que farão com que a pessoa-assistente social e a pessoa-cliente tragam elementos novos à consciência, que ajudarão a explicar a situação problema.

2.5. Dialética no Serviço Social.

A dialética, desde sempre existiu na nossa sociedade, alguns acreditam que foi Sócrates seu fundador, e outros, assim como Aristóteles, optam por Zenão de Eleia (filósofo pré-socrático); formada por idéias que abrange tudo o que vivemos, desde religião, trabalho, arte e ciência, a dialética instigou grandes pensadores históricos, como Hegel, Kant, Heráclito, Marx e outros, a conceituar seus pontos de vista sobre os demais variados temas e sobre a própria dialética.

Uma das questões mais instigante da dialética no serviço social é a relação do homem com o trabalho, onde Marx expõe veemente seu conceito, que se define basicamente em um sistema capitalista que se divide em duas classes fundamentais, a classe burguesa (dominante) e a classe operária (dominada); tal posição Marxista, sobre como operamos o sistema trabalhista, faz refletirmos sobre como lidar com o trabalho, o capitalismo e, sobretudo com os operários que neles ocupam-se.

O profissional do Serviço Social tem como método básico dialético a trilogia tese, antítese e síntese, onde tais têm por desígnio entrar em um consenso sobre determinado assunto. A tese é uma situação ou afirmação inicialmente dada; a antítese é uma oposição a tese, e a síntese é a tese melhorada e adaptada as reformulações estabelecidas pelo profissional, com base os eventuais citados na antítese.

O Serviço Social, sendo um curso, cujo artefato de intervenção, é as expressões multifacetadas das questões sociais, tem como objetivo integrado no seu aprendizado a dialética, considerando quê, ele contesta sobre o modo de pensarmos sobre as contradições da realidade e o modo de compreendê-la como essencialmente contraditória e em permanente mutação; diferentemente da Grécia antiga, onde a dialética era somente a arte de argumentar em um determinado diálogo.

Contudo podemos dizer que o serviço social e a dialética andam sempre juntos, porque a sociedade é composta de idéias, e tais devem ser discutidas e resolvidas, conforme cada situação, cabendo ao profissional da área social reformular e resolver as situações pertinentes no nosso dia a dia, tendo como base os grandes pensadores da nossa história.

3.0 CONCLUSÃO:

3.1. Palavras finais.

Concluímos assim esta atividade, possuindo plena consciência, da origem do serviço social, e sua identidade, as mudanças no interior da profissão, as conseqüências de um sistema capitalizado e a desestruturação social, a luta dos profissionais do serviço social incansáveis para alcançar o devido respeito para a profissão.

A importância das correntes filosóficas, pois as mesmas servem para abordar e analisar a realidade dos indivíduos em seus contextos sociais. São de suma importância na atuação do Assistente Social, pois o mesmo é um profissional, que possui uma visão ampla, com conhecimento de varias ciências, no entanto é legitimado na sua profissão, busca intervir de forma produtiva, e não se prendendo ao caráter paliativo, que perdurou por varias décadas.

Todos os Seminários realizados aqui no Brasil foram importantes, os profissionais buscaram e trouxeram de certa forma melhoras significativas para o profissional e o usuário, no entanto ainda foram poucos os avanços, é preciso ter convicção de que a luta por melhoras é iniciada todos os dias, incessante,

É possível afirmar que grande tem sido o reconhecimento perante a profissão do Assistente Social, ele é muito importante, a sociedade atual enfrenta grandes desigualdades sociais, preconceitos, entre outras coisas, é preciso valorizar estes profissionais que fazem o possível para garantir os direitos da população, trabalhando em conjunto com as famílias, as políticas publicas e o estado, sendo um mediador.

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