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Sexualidade - Herança Da Idade Media

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Por:   •  29/10/2014  •  1.805 Palavras (8 Páginas)  •  290 Visualizações

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Sexualidade e Sexo

Qual é a primeira coisa que pensamos quando ouvimos as palavras: sexo ou sexualidade?

A maioria das pessoas ainda vê esse tema como um tabu, ou como uma coisa que deve ser mantida em segredo, mas por vivermos em um mundo tão evoluído, será mesmo que devemos considerar esse assunto como algo tão anormal?

Antes de falar sobre o tema é importante entender as duas palavras e perceber a grande diferença que há entre elas. Segundo Freud, pai da psicanálise, “a sexualidade pode ser entendida como uma carga energética que se distribui pelo corpo de maneiras distintas”. Isso nos leva a pensar que, tudo o que se relaciona ao prazer com o corpo está ligado à sexualidade e isso pode ser descrito de várias maneiras como, por exemplo: sentir a textura de um sorvete, relaxar durante uma massagem, desfrutar o beijo da pessoa amada entre outros.

Já o sexo, que também faz parte do tema, tem a seguinte definição nos dicionários: "Exercício sexual praticado a partir de 2 seres, em busca de prazer ou reprodução." Isso dá a entender que o sexo é só um ato, que proporciona prazer e que tem como finalidade a reprodução. Porém é importante salientar que o sexo, ou a sexualidade não é um assunto ''recente'', por assim dizer, e que na até mesmo na bíblia vem falando sobre o assunto. Por exemplo, entre os romanos o sexo era muito importante, tanto que havia lei não influenciando o celibato (Estado em que o homem ou a mulher, de livre e espontânea vontade decidem não se casar). Não ter filhos e ser solteiro era motivo de punição; já as pessoas com herdeiros eram privilegiadas.

Porém com o passar do tempo esse assunto (sexo e sexualidade) passou a ser visto por algumas pessoas como algo a se repudiar, ou algo que nós só devemos aprender com pai e mãe na infância e que não devemos estar dispostos a absorver novas coisas. E esse fato tem feito com que muitas pessoas permaneçam com suas dúvidas e não procurem as respostas, constituindo assim uma sociedade ''ignorante''.

Mas e você agora? Qual é a primeira coisa que pensa quando ouve a palavra Sexo ou Sexualidade?

Pensamentos e ideias que vem até hoje

Será que realmente o ser humano evoluiu tratando-se de sexo?

O pensamento sexual da era medieval, apesar de ser bastante diferente, deixou diversas heranças, já que naquele tempo existiam diversos mitos. Basta pegar por exemplo a masturbação, diziam que nos meninos causa espinhas e calos nas mãos e caso as meninas tocassem em suas partes intimas eram amaldiçoadas pelo Satanás, todavia com o avanço das ciências pode-se perceber que isso não passava de boatos, mas ainda hoje este ato não é bem visto. A sociedade da época também era extremamente machista, a ponto de todos os senhores feudais colocarem cinto de castidade na mulher, mas eles tinham o “direito” de se relacionar sexualmente com todas as noivas em seu feudo no dia do casamento delas, olhando para o presente este fato se formos, parar para analisar é praticamente o mesmo, já que se uma mulher é pega traindo um homem ela é tratada como uma “vagabunda”, mas se um homem trair sua mulher ele é considerado na roda de amigos como o “machão”.

Entretanto nem tudo permaneceu da mesma maneira, pois na idade média, não poderia haver prazer no sexo, ele era utilizado somente para reprodução, tanto que em alguns locais, a relação sexual do casal ocorria por meio de um furo no lençol. A prostituição, apesar de não ser aceita, era bastante procurada pelos homens, para sentir prazer. E a Igreja Católica, que tanto abomina esta profissão, cobrava cerca de 50% do lucro obtido pelas prostitutas.

Existiam dois pecados na lógica da igreja:

- Pecado contra a razão. Que seria a traição e a fornificação;

- Pecado contra a natureza. Que seria o sexo com os animais, a masturbação, homo afetividade e o sexo que não seja para reprodução. Apesar de ambos existirem.

Casamento com virgindade

É muito natural, hoje em dia, que um casal de noivos durma junto para testar o relacionamento dos dois. Na era medieval, a vida entre quatro paredes era mais recatada por causa da influência da Igreja Católica. No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado. A virgindade é construída pela sociedade, baseado em critérios tanto biológicos quanto socioculturais, e desta forma pode variar grandemente entre as culturas, sendo muito valorizado em alguns meios sociais ou religiosos, especialmente no que diz respeito à preservação da virgindade antes do casamento. Em muitas religiões, virgindade atrela-se à pureza, à não maculação, tanto da alma como do corpo humanos; o que estende o conceito inclusive à ausência de autossatisfação sexual. Novamente voltando a idade média, a noiva, podia casar logo após a segunda menstruação, a família dela pagava um dote (dinheiro ou bens) ao noivo, que tinha, geralmente, entre 16 e 18 anos. Já no mundo oriental os homens poderiam ter quantas mulheres quisessem, desde que tivessem condições de sustentar todas, segundo o historiador Claudio Umpierre Carlan, professor da Universidade Federal de Alfenas (MG) e pesquisador da Unicamp "O segundo casamento tem de ter autorização da primeira esposa. Isso foi feito para a mulher não ficar sozinha e desamparada".

Voltando aos dias atuais. É comum a gente ouvir por aí, dos nossos pais ou de qualquer pessoa mais velha, que o comportamento dos adolescentes anda muito liberal: é normal ficar com mais de um menino em uma balada e muitas garotas perdem a virgindade com um homem que não é seu namorado. O que a geração anterior conquistou vai tentar ser superado pela atual, seja para conseguir mais liberdade, seja para questionar tanta liberdade.

Homoafetividade na Idade Média

Sendo chamadas de sodomia as relações homoafetivas eram crimes com pena de morte, além de ser considerada heresia pela Igreja, podendo até ser queimados em fogueiras. No Oriente, era aceito, porém, na surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas. De acordo com John Boswell, autor de Cristianismo, Tolerância Social e Homossexualidade, houve comunidades monásticas cristãs de pessoas do mesmo sexo e de outras ordens religiosas, em que

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