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Sócio Histórica PSI

Por:   •  20/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.267 Palavras (14 Páginas)  •  251 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho visa reconhecer e compreender os principais conceitos das avaliações que estudamos e nossa capacidade de relacionar os dados adquiridos através das bibliografias referentes à disciplina de Psicologia Sócio Interacionista.

O objetivo é compreender e identificar as bases metodológicas presentes no ensino dessa nova psicologia.

Realizamos uma leitura cuidadosa do texto, A Psicologia Sócio-histórica (uma perspectiva crítica em psicologia), visando levantar informações que permitam conhecer os aspectos fundamentais desta nova Psicologia que se apresenta desde seus primórdios como uma possibilidade de superar essas visões dicotômicas ela está fundamentada no método de investigação reflexológico e psicológico ela concebe o homem como ativo, social e histórico; a sociedade como produção histórica do homem que através do trabalho, produzem sua vida material; as ideias, como representações da realidade material e a realidade, como fundada em contradições que se expressam nas ideias. E assistimos a entrevista de Maria Helena Souza Patto, fornecida ao Projeto Diálogos 6, que tem por objetivo registrar depoimentos de profissionais vistos como referência na área de produção psicológica, onde ela explica as bases teóricas e metodológicas do seu trabalho, respondendo a várias psicólogas, perguntas que abordavam sua trajetória profissional, como ela se envolveu na psicologia escolar, como ela se vê resistindo a um movimento social, e onde ela fala também sobre a carência cultural.

Depois de uma leitura criteriosa do texto e da análise da entrevista devemos salientar os pontos de convergência e divergência dos dados levantados na entrevista com as informações obtidas no texto.

2 DESENVOLVIMENTO

A psicologia surge no ano de 1875, num período em que a burguesia moderna ascende enquanto classe social, com o objetivo de construir um conhecimento pela experiência e pela razão, ela se utiliza de um método científico rigoroso que permitia ao cientista observar o real e construir um conhecimento racional sem interferência de suas crenças e valores.

Algumas características marcaram essa ciência: a positivista, porque se constituiu como sistema baseado no observável; racionalista, pela ênfase na razão como possibilidade de desvendar as leis naturais; mecanicista porque se pautou na ideia do funcionamento regular do mundo, guiado por leis que poderiam ser conhecidas; associacionista, porque se baseou na concepção de que as ideias se organizam na mente de forma a permitir associações que resultam em conhecimento; atomista pela certeza de que o todo é sempre o resultado da organização de partes; determinista, porque pensou o mundo como um conjunto de fenômenos que são sempre causados e que essa relação de causa efeito pode ser descoberta pela razão humana.

Wundt sugere duas psicologias por não ter instrumentos metodológicos para solucionar essas contradições, que só seriam solucionadas pelo método dialético, nenhuma dessas psicologias superou a perspectiva mecanicista e determinista, a compreensão do fenômeno psicológico ficou incompleta, pois sempre está faltando o outro lado.

A psicologia sócio histórica se apresenta desde seus primórdios como uma possibilidade de superar essas visões dicotômicas, ela se fundamenta no método de investigação reflexológica e psicológica, essa psicologia concebe o homem como ativo, social e histórico; a sociedade como produção histórica dos homens que através do trabalho, produzem sua vida material; as ideias como representações da realidade material e a realidade como fundada em contradições nas ideias.

Para o liberalismo, o fenômeno psicológico, seja qual for sua conceituação é descolado do próprio individuo e o mundo social visto como um estranho ao eu, em que é preciso adaptar-se e para a psicologia sócio-histórica o fenômeno psicológico não pertence a natureza humana, não é preexistente ao homem e reflete a condição social, econômica e cultural em que vivem os homens.

Para essa nova psicologia, falar do fenômeno psicológico é falar da sociedade.

Para compreender o mundo psicológico, a psicologia terá de trazer para seu âmbito alguns elementos como, a realidade social na qual o fenômeno psicológico se constrói fazer da psicologia sócio-histórica uma abordagem critica e nos permitir afirmar a perspectiva critica da psicologia sócio-histórica.

2.1 Análise do texto e entrevista:

Psicóloga Maria Helena de Souza Patto do Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da USP. Experiência na área de Psicologia Escolar.

A definição segundo a qual o objetivo do texto sobre a psicologia Sócio-Histórica uma perspectiva crítica em psicologia, de acordo com a concepção na entrevista da psicóloga Maria Helena Souza Patto, em uma das suas obras ela utiliza o materialismo histórico e define como necessário conhecer, pelo menos em seus aspectos fundamentais, a realidade na qual se engendrou uma determinada versão sobre as diferenças existentes entre crianças de diferentes origens sociais.

A autora enfatiza que, na análise das dificuldades de aprendizagem escolar, a Psicologia, influenciada por uma visão organicista das aptidões humanas carregada de pressuposto racistas e elitistas e por uma concepção atenta ás influências ambientais, produz, consequentemente, uma explicação impregnada dessa ambiguidade, que será uma característica presente no discurso sobre as causas do fracasso escolar, nos países capitalistas ao longo do século XX, fundamentando, inclusive, a teoria da carência cultural.

Ao fazer uma análise ideológica dessa teoria, Patto elabora algumas conclusões a respeito do tema, fazendo uma revisão crítica das teorias do déficit e da diferença cultural:

A inadequação da escola decorre, principalmente, de sua má qualidade, da representação negativa que os seus profissionais tem da capacidade dos alunos, consequência da desvalorização social dos seus usuários mais empobrecidos.

O

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