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Teoria Da Tecnica Psicanalitica

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Por:   •  7/10/2013  •  4.983 Palavras (20 Páginas)  •  1.030 Visualizações

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TEORIA DA TÉCNICA PSICANALÍTICA II

I - Analisabilidade

O termo “analisar” é uma expressão compacta que abrange aquelas técnicas que aumentam a compreensão interna.

Segundo os Didatas mais famosos, toda vez que não existir uma contra indicação específica irrecusável, a Psicanálise é indicada.

Entretanto, falando das contra indicações, podemos relacionar as de natureza familiar, religiosa, amizade etc.. Mas, seriam todos os pacientes analisáveis? Seriam todos os pacientes analisáveis por quaisquer Psicanalistas? Há enfermidades do universo psíquico que não são analisáveis?

Outras perguntas poderiam ser levantadas, contudo, tentaremos responder estas que nos parecem mais prementes.

• Seriam todos os pacientes analisáveis?

Embora do ponto de vista etiológico, da natureza da enfermidade o sejam, há pacientes que não preenchem os requisitos para tal. E nesse caso, até os fatores inteligência, cultura, universo religioso etc. podem contra-indicar. Nesse caso o paciente não produzirá o suficiente para o processo de interpretação ou não acompanhará o raciocínio sempre avançado do Psicanalista. Outro fator que não podemos descartar é a idade.

• Seriam todos os pacientes analisáveis por quaisquer Psicanalistas?

Quando estivermos diante de um paciente analisável, precisamos ainda considerar a possibilidade do tal não ser analisável por nós. Há sempre a incidência de fenomenologia que pode contra-indicar. Por exemplo: A contratransferência Negativa Imediata. Além deste fator, pode o paciente apresentar uma postura e características de personalidade desfavoráveis à constituição do Par Analítico. Isto exige muito cuidado na fase das entrevistas.

• Há enfermidades do psiquismo que não são analisáveis?

Certamente, todas as enfermidades psicogênicas, em princípio, não oferecem condições. É claro que estamos agora lidando com o conceito de estrutural. Entretanto, há certos casos de esquizofrenias que parecem responder a uma análise profunda. Diante dessas considerações, outra pergunta se levantará: Quais são os pacientes tributários da psicanálise? Os Neuróticos. Só existe um tratamento eficaz para as neuroses – Psicanálise. O tratamento psiquiátrico para as neuroses é apenas sintomático. É como tirar a febre de alguém com infecção. Entretanto incluímos neste roteiro um capítulo sobre Psicanálise e Paciente Psiquiátrico.

• Por outro lado, temos ainda duas outras questões a considerar nesta parte:

- A Psicanálise pode contribuir para os pacientes não indicados? Sim. A Psicanálise cura as neuroses, ajuda aos psicóticos e não agrava quaisquer enfermidades;

- Os Psicanalistas têm que ser rigorosos na questão da analisabilidade? Em princípio sim. Pelo menos nos casos de contra-indicação familiar, de amizade etc.. Contudo não será fácil recusar um paciente, especialmente se levarmos em conta as necessidades financeiras e a natureza sacerdotal de que nossa profissão se reveste. Não deve, contudo, forçar uma situação que saiba ser improdutiva.

• Vamos dar, ainda que resumidamente, os critérios da Dra. Zetzel de analisabilidade:

- A capacidade de manter a confiança básica em ausência de uma gratificação imediata;

- A capacidade de manter a discriminação entre o objeto e o self na ausência do objeto necessitado;

- A capacidade potencial de admitir as limitações da realidade.

Finalizando, teremos sempre bastante dificuldade com os pacientes que tendem a desenvolver prematuramente uma intensa transferência erótica desde as entrevistas face a face

• Técnicas que aumentam a compreensão interna.

Confrontação: Considerada como um processo que consiste em chamar a atenção do paciente para um determinado fenômeno, tornando-o explícito, e fazendo o paciente reconhecer algo que esteve evitando e que terá de ser mais bem compreendido.

Clarificação: Embora esta possa ser subseqüente à confrontação, e misturar-se com ela, representa, referencialmente, o processo que consiste em colocar sob um foco mais nítido os fenômenos psicológicos com os quais o paciente foi confrontado(e que ele agora está mais apto a considerar). A clarificação implica a “descoberta” de detalhes significativos que têm de ser separados do material estranho.

Interpretação: Significa “tornar consciente o significado, a origem, a história, o modo ou a causa inconsciente de um determinado acontecimento psíquico. Geralmente, isso exige mais de uma intervenção.

Elaboração: Abrange um conjunto complexo de procedimentos e processos que ocorrem depois que há uma compreensão interna. O trabalho analítico que possibilita que uma compreensão interna provoque uma mudança é o trabalho da elaboração(Greenson, 1965b). Ela abrange, no geral, nas investigações complexas, progressivas e repetitivas das resistências que impedem que uma compreensão interna provoque uma mudança. Além de ampliar e aprofundar a análise das resistências, as reconstruções também tem uma importância especial. A elaboração põe em movimento uma variedade de processos circulares nos quais a compreensão interna, a memória e a mudança de comportamento se influenciam reciprocamente.

Greenson propõe uma definição de elaboração centrada na compreensão interna (insait) e na modificação.

Não consideramos o trabalho analítico elaboração antes de o paciente ter compreensão interna profunda (insait) somente depois. O objetivo da elaboração é tornar eficaz a compreensão interna (insait), isto é efetuar mudanças significativas e duradouras no paciente... A análise daquelas resistências que impedem que a compreensão interna (insait) produza modificação, constitui o trabalho da elaboração, é essencialmente a repetição, o aprofundamento e a ampliação da análise das resistências.

• - Entrevista

Já disse que em Psicanálise anamnese não é entrevista.

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