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Teorias e Técnicas Psi

Por:   •  5/12/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  102 Visualizações

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        O ser humano tem uma característica natural de procurar se identificar em alguém, ou em alguma coisa, passando a constitui uma relação social com ela. Zimermam relata que essa aptidão é desde o seu nascimento, em que o indivíduo participa de diferentes grupos, numa constante dialética entre a busca da sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social. Os grupos sociais são diferenciados pelo grau de aproximação de seus componentes. Existem os grupos primários, que são aqueles que os membros possuem contatos mais íntimos. Ex: família, grupos de amigos, vizinhos, etc. e os secundários que são aqueles em que os membros não possuem grau de proximidade. Ex: igrejas, partidos políticos, etc.

        A constituição de uma sociedade se dar através de um conjunto de

pessoas que constitui um grupo, um conjunto de grupos que constitui uma comunidade, um conjunto interativo de comunidades que por sua vez configura uma sociedade.

SUBDIVISÃO DOS GRUPOS

         Existem, pois, grupos de todos os tipos e uma primeira subdivisão necessária é a que diferencia os “grandes grupos” (pertencem à área da macro sociologia) dos “pequenos grupos” a micro psicologia. Porém se faz necessário salientar que em termos gerais, os microgrupos, enfatizando no momento o grupo terapêutico, costumam repetir em menor escala as qualidades sócio-econômicas-política e a pratica psicológica dos grandes grupos, Zimermam (1993).  

        Há muitos tipos de grupos, e uma primeira subdivisão que se faz necessária é a que diferencia os grandes grupos pertencem à área da macro sociologia (indústria, Estado, nação, etc.), dos pequenos grupos micro psicologia. No entanto, vale adiantar que, em linhas gerais, os microgrupos - como é o caso de um grupo terapêutico -costumam reproduzir, em miniatura, as características sócio-econômicas-políticas e a dinâmica psicológica dos grandes grupos.

Psicoterápicos

        Os grupos psicoterápicos trazem uma nova possibilidade de terapia para pessoas que não desejam se submeter a uma terapia de longo prazo, tendo a opção de se reunir e compartilhar, além de receber um suporte psicológico sobre um tema ou uma situação angustiante. Esta modalidade grupal merece ser destacada, tanto pela razão de uma inequívoca comprovação de sua eficiência como pelo largo âmbito de áreas beneficiadas e a sua incrível expansão (ZIMERMAM, 1993, p.60).

        Os grupos psicoterápicos também denominado como grupos de autoajuda, são compostos por pessoas portadoras das mesmas   necessidades, Zimermam, relata que   no campo da Medicina, podem ser enquadrados nos seguintes seis tipos de objetivos da tarefa do grupo:

A-  obesos, fumantes, tóxicos, alcoólicos, etc.

B-  Cuidados primários de saúde: programas preventivos, diabéticos, hiper  

tensos, etc.

C- Reabilitação: infartados, espancados, colostomizados, etc.

D- Sobrevivência social: estigmatizados, como os homossexuais, defeituoso

 físico, etc.

E-  Suporte: cronicidade física ou psíquica, pacientes terminais, etc.

F- Problemas sexuais e conjugais.

        Esses seis subgrupos permitem novos caminhos, tornando fácil entender o número quase infinito de modalidades de grupos possíveis, e também da extensa quantidade de pessoas que pode vir a ser atingida.

 Operativos

        A técnica dos grupos operativos começou a ser sistematizada por Pichon-Rivière, médico psiquiatra. A partir de uma experiência no hospital de Las Mercedes, em Buenos Aires, por ocasião de uma greve de enfermeiras. Esta paralização dificultou o atendimento aos pacientes com transtorno mentais em relação aos medicamentos e cuidados gerais. Mediante a ausência das enfermeiras, Pichon-Rivière propôs aos pacientes com pouco comprometimento mental, uma assistência para os mais debilitados. A experiência teve resultados positivos para os dois lados, houve uma parceria entre eles, estabelecendo assim uma cooperação com resultados e uma melhor integração. A visão de Pichon seria fazer com que os papeis circulem dentro do grupo, superar as estereotipias, gerar novas possibilidades de compreensão, essas são as formas que assume a promoção da saúde dentro do grupo operativo.

        

CARACTERISTICAS DO GRUPO

        Os grupos Psicoterápicos e Operativos são caracterizados como um espaço de escuta, onde o coordenador indaga, pontua, problematiza, as falas para estimular os seus integrantes a pensarem e falarem de si, elaborando melhor suas próprias questões. Desta forma é pertinente dizer que os grupos operativos têm características terapêutica, muito embora nem todos os grupos terapêuticos podem ser chamados de grupos operativos. No grupo, a escuta também pode ser provocativa, na medida em que o coordenador problematiza, levanta questões, propõe cortes e rupturas nas falas. Além de escutar, ele devolve o que escuta para os integrantes, tentando surpreendê-los, "desestabilizá-los", fazê-los escutar sua própria fala, podendo com isso, provocar novas perspectivas e descobertas (BASTOS, apud BASTOS,2010).

        A pratica da escuta apurada auxilia os coordenadores de grupos nas suas pontuações, sinalizações, na leitura do que está escondido, oculto, favorecendo a elaboração de conflitos, a transformações de modos e posicionamento frente ao próprio sofrimento, proporcionando insights e transformações significativas.

        Assim como enquadre, o esclarecimento a preservação do sigilo e do local por parte do coordenador é indispensável, para se ter objetivos claros e definidos. Se faz necessário também que o grupo cumpra com os dias, horários, tempos etc., e a combinação de regras e outras variáveis que delimitem e normatizem a atividade grupal proposta. O grupo é uma unidade que se comporta como uma totalidade e vice-versa. Cabe uma analogia com a relação que existe entre as peças separadas de um quebra-cabeças e deste com o todo a ser armado.

Classificação dos grupos

São amplas as possibilidades de grupos que é difícil apontar e definir exatamente cada modalidade, mesmo porque muitos se complementam. Diante da do vasto leque de aplicações da dinâmica dos grupos Zimermam (2000), divide os grupos em: Grupos operativos; grupo de ensino aprendizagem; grupo institucionais; grupos comunitários; grupo terapêuticos.

Grupos operativos:  são parecidos com grupo familiar e pode ser definido como um "conjunto de pessoas reunidas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mutua representação interna, que se propõe, implícita ou explicitamente, uma tarefa que constitui sua finalidade" (p.157). Visam operar em uma determinada tarefa, sem que haja uma finalidade psicoterápica. Os grupos operativos cobrem quatros campos que são Grupos de ensino- aprendizagem: que Zirmemam define com a frase "aprender a aprender" O autor quer dizer com essa frase que mais importante do que você encher a cabeça de conhecimento e você formar cabeças. Os integrantes do grupo são ensinados a pensar, a observar, a escutar, a relacionar suas próprias opiniões com as alheias, a aceitar a opinião dos outros, formular hipóteses, entre outas questões.  

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