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Trabalho Academico Pronto Do Rato SNIFFY Psicologia Unip

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Por:   •  18/5/2014  •  3.735 Palavras (15 Páginas)  •  2.200 Visualizações

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Resumo da matéria para a NP1:

O USO DA LINGUAGEM E O USO DA RAZÃO.

Falar é próprio dos seres humanos, já que os animais não falam. Aristóteles ao afirmar, em sua Política, que o homem é um animal político sustenta sua tese no pressuposto que o homem é o único que possui linguagem, enquanto os animais apenas expressam dor ou prazer através de sons. E por que a linguagem é importante? Segundo o filósofo Ernst Cassirer, o uso e o entendimento da linguagem possibilitam o verdadeiro “abre-te-sésamo” que permite a entrada no mundo da cultura humana e o seu desenvolvimento.

A linguagem é composta por um sistema de signos. O que é um sistema? O que são signos? Um sistema é um conjunto de elementos organizados, neste caso os elementos são os signos. Os signos são elementos que designam outros elementos. Por exemplo, a palavra árvore está no lugar do objeto árvore, o número 3 está no lugar quantidade real de três coisas e assim por diante.

A palavra razão, na sociedade ocidental, tem origem em duas fontes: o termo latino ratio e o termo grego logos. Segundo Chauí, em Convite à Filosofia (1997), ambos os termos são substantivos originados de dois verbos com sentidos semelhantes em grego e latim. “Logos vem do verbo legein, que quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular. Ratio vem do verbo reor, que quer dizer: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular” (1997, p.59) E o que fazemos, questiona Chauí, “quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos?” Pensamos com medida e proporção, pensamos de forma ordenada (1997, p.59).

“O conhecimento racional é a capacidade intelectual para pensar e exprimir-se correta e claramente, para pensar e dizer as coisas tais como são. (...) é uma maneira de organizar a realidade pela qual esta se torna compreensível. É, também, a confiança de que podemos ordenar e organizar as coisas porque são organizáveis, ordenáveis, compreensíveis nelas mesmas e por elas mesmas, isto é, as próprias coisas são racionais” (CHAUÍ, 1997, p.59).

“Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos? Pensamos de modo ordenado. E de que meios usamos para essas ações? Usamos Palavras” (CHAUÍ, 2003).

De acordo com o enunciado acima, podemos notar que pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza e de modo compreensível para outros é a significação de razão.

“Aristóteles afirma que somente o homem é um ‘animal político’, isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem” (Chauí, 2003). Ao observarmos o mundo e a nós mesmos notamos que o ser humano é o único animal que fala. O ser humano é o único animal capaz de criar um sistema de signos. A linguagem é um sistema de representações aceitas por um grupo social.

“Compartilhamos o instinto e o hábito com os animais. O instinto, por exemplo, nos leva automaticamente a contrair a pupila quando nossos olhos estão muito expostos à luz e a dilatá-la quando estamos na escuridão; leva-nos a afastar rapidamente a mão de uma superfície muito quente que possa queimar-nos” (CHAUÍ, 2003).

O instinto é inato. Ao contrário, o hábito é adquirido, mas, como o instinto, tende a realizar-se automaticamente. Instinto e hábito são formas de comportamento cuja principal característica é serem especializados ou específicos, por exemplo, posso aprender a nadar, mas esse hábito não me faz saber andar de bicicleta. O instinto e o hábito especializam as funções, os meios e os fins e não possuem flexibilidade para mudá-los ou para adaptar um novo meio para um novo fim, nem para usar meios novos para um fim já existente. A inteligência difere do instinto e do hábito por sua flexibilidade, pela capacidade de encontrar novos meios para um novo fim, ou de adaptar meios existentes para uma finalidade nova.

“Razão” significa “pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza e de modo compreensível para outros”.

A razão pode ser entendida como a capacidade intelectual para pensar e expressar-se correta e claramente e dizer as coisas como elas realmente são.

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. A frase de Pascal significa:“Razões”, na frase, são os motivos do coração.

A linguagem, capacidade de expressão, é natural: os humanos nascem com uma aparelhagem física, anatômica, nervosa e cerebral que lhes permite expressarem-se pela palavra. Perguntar pela origem da linguagem levou a quatro tipos de respostas:

A linguagem nasce por imitação. Sua origem seria a onomatopéia ou imitação dos sons animais e naturais; A linguagem nasce por imitação dos gestos, como espécie de pantomima ou encenação; o gesto indica um sentido e, pouco a pouco, passou a ser acompanhado de sons e estes se tornaram gradualmente palavras, substituindo os gestos; A linguagem nasce da necessidade: fome, sede, necessidade de abrigo, de reunir-se em grupo para defender-se das intempéries, dos animais e de outros homens mais fortes levaram à criação de palavras, formando um vocabulário elementar e rudimentar, que, gradativamente, tornou-se mais complexo e transformou-se numa língua; A linguagem nasce através de processos químicos e se desenvolve no ser humano junto com o seu crescimento biológico.Só os seres humanos produzem linguagem simbólica.

O caso da americana Helen Keller é emblemático na condição de tornar-se humano. Com poucos meses de vida ficou cega, surda e, consequentemente, muda, mesmo vivendo entre seus familiares a menina permaneceu afastada do mundo humano até o sete anos de idade, quando a professora Anne Sullivan lhe tornou possível a compreensão dos símbolos, introduzindo-a no mundo propriamente humano. Sendo assim, o que significa tornar-se homem?

O ser humano, apesar de ter a influência do outro e do processo de aprendizagem, pode por vias próprias adquirir o conhecimento necessário para interagir na sociedade. O homem não nasce homem, pois precisa da educação para se humanizar. Crianças que, ao crescerem longe do contato com seus semelhantes ou sem incentivo, permaneceram como animais. Para tornar-se homem basta o acesso ao trabalho. Ele não precisa se relacionar com os outros, basta ter acesso as ferramentas que lhe permitam modificar o seu meio.

A ATITUDE CIENTÍFICA E A RAZÃO INSTRUMENTAL.

A partir do século XVII, com Galileu Galilei, tem início a moderna concepção de ciência com sua separação da Filosofia. Galileu em seus estudos de astronomia faz uso da luneta para observar os astros e nas suas investigações

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