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Trabalho Sobre Psicopatas

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Por:   •  10/10/2014  •  6.641 Palavras (27 Páginas)  •  920 Visualizações

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O que é Psicopata?

Psicopata é um individuo, clinicamente perverso que tem personalidade psicótica. No entanto, essa ultima categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanalítica são os portadores de neuroses de caráter ou de perversões sexuais.

A psicopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheio, manipulações, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições.

A psicopatia é mais freqüente no sexo masculino, mas também atinge as mulheres, em vários níveis, embora com características diferenciadas e menos específicos que a psicopatia que atinge os homens. Em geral a psicopatia nos homens tende a ser mais evidente antes dos 15 anos de idade, já nas mulheres psicopatas parecem ser mais discretas e menos impulsivas que os homens, por se tratar de um transtorno de personalidade, o distúrbio tem eclosão evidente no fim de sua adolescência ou no começo da idade adulta, por volta dos 18 anos e geralmente acompanhada por toda a vida.

A psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunções cerebrais, sendo importante considerar que só um único fator não é totalmente esclarecedor para a causa do distúrbio, parece haver uma junção de componentes. Embora alguns indivíduos com psicopatia mais branda não tenham tido um histórico traumático, o transtorno principalmente em casos mais graves, tais como sádicos e Serial Killer parece estar associado á de 3 fatores principais: Disfunção celebrais/biológicas ou traumas neurológicas, predisposição genética e traumas sociopsicologicos na infância (ex:abuso emocional, sexual, físico, negligência, violência, conflitos e separação dos pais,etc). Todo individuo antissocial possui, no mínimo, um desses componentes no histórico de vida, especialmente a influência genética. Entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso ou perda na infância tornará um psicopata sem ter certa influencia genética ou distúrbio cerebral, assim como é inadmissível afirmar que todo psicopata já nasce com essas características. Portanto, as junções dos três fatores passam a serem essenciais.

O psicólogo português Armindo Freitas Magalhões é o autor do projeto científico pioneiro “Psicopatia e Emoções em Portugal” com o objetivo de compreender os processadores cerebrais envolvidos nas reações neuropsicofisiológicas da expressão facial da emoção, conhecer a razão pela qual o padrão de emocionalidade negativa é recorrente a psicopatia, se há diferenças, gênero e idade e procurar os motivos orgânicos e ambientais envolvidos e estabelecer um padrão que permita o tratamento e a profilaxia do crime.

Charmosos e simpáticos, mentirosos e manipuladores. Os psicopatas não se importam de passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos. Egocêntricos e narcisistas, eles não sentem remorso, muito menos culpa. Se algo ou alguém ameaça seus planos, tornam-se agressivos. São mestres em inverter o jogo, colocando-se no papel de vítimas. E estão sempre conscientes de todos os seus atos, pois, diferentemente do que ocorre em outras doenças mentais, os psicopatas não entram em delírio. A psicopatia atinge cerca de 4% da população (3% de homens e 1% de mulheres), segundo a classificação americana de transtornos mentais. Sendo assim, um em cada 25 brasileiros enquadra-se nesse perfil. Mas isso não significa, é claro, que todos são assassinos em potencial.

Estudos coordenados por diversos pesquisadores, entre eles o psicólogo americano Randall T. Salekin, da Universidade do Alabama, indicam que, de fato, é comum que os psicopatas recorram à violência física e sexual. No entanto, a maioria dos psicopatas não é violenta. Alguns pesquisadores acreditam até que muitos sejam bem-sucedidos profissionalmente e ocupem posições de destaque na política, nos negócios ou nas artes.

A psicopatia não tem cura, é um transtorno da personalidade e não uma fase de alterações comportamentais momentâneas. Porém tal transtorno apresenta formas e graus diversos de se manifestar e que somente os casos mais graves apresentam barreiras de convivência intransponíveis. Segundo o DSM-IV-TR a psicopatia tem um curso crônico, no entanto pode tornar-se menos evidente à medida que o indivíduo envelhece, particularmente a partir dos 40 anos de idade.

O neurologista americano Jonathan Pincus diz que um assassino frio é fruto de doenças mentais, danos neurológicos e abuso infantil.

Segundo o neurologista, psicopatas tem livre-arbítrio, a diferença é que o escopo desse livre-arbítrio é mais restrito. “O cérebro de um psicopata é como uma orquestra com instrumentos quebrados por doença mental, danos neurológicos e traumas de abuso infantil. Para que sua apresentação não fosse tão ruim, o compositor teria que ter se esforçado mais do que as outras pessoas para não cometer alguns desses atos de violência. A punição deve levar em conta que havia fatores que ele não controlava acho que a pena de morte nesses casos é muito severa. Mesmo assim, ele tinha algum discernimento sobre os seus atos”.

Psicopatas sentem remorsos? “Remorso é algo que vem do nosso cérebro, assim como todos os nossos sentimentos e pensamentos. Quando o cérebro está danificado, a capacidade de sentir remorso também fica danificada. Um assassino frio até sabe que está errado. A diferença é que ele não consegue sentir que está errado”. – diz Jonathan.

E quando foi questionado se um psicopata pode ser reabilitado a resposta foi clara, “Não”.

Se não há recuperação, como o Estado deve lidar com essas pessoas? “Prendendo-as num ambiente com psiquiatras e medicação apropriada”. – Jonathan,

Diagnóstico sobre Psicopatas.

A personalidade perversa - Caracterizam-se por uma acentuada debilidade dos sentimentos sociais que pode resultar da ignorância das normas éticas habituais, das exageradas tendências instintivas antissociais, da incapacidade de compreensão das obrigações morais. Nos casos de personalidade perversa, a inteligência quanto mais desenvolvida, mais grave torna o caso, porquanto ela é, então, utilizada para mascarar melhor os atos amorais. Estes são realizados, menos pelos resultados materiais que possam trazer, que pelo prazer ou satisfação que despertam.

K. Eissler, no final da década de 40, considerava os psicopatas como indivíduos com ausência de sentimentos

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