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Violencia Contra A Mulher

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Por:   •  24/9/2013  •  621 Palavras (3 Páginas)  •  420 Visualizações

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A violência contra mulheres é considerada um dos pontos que merecem atenção urgente, já que, segundo Azerêdo (2007), há um crescente aumento no número dessa violência, que inclui várias formas, como violência física, psicológica, estupro, ameaças e desrespeito em relação aos direitos sexuais e reprodutivos, entre outros. Outras autoras (Suárez & Bandeira, 1999) afirmam que não houve um aumento de casos, mas que a violência doméstica ganhou visibilidade ao ser desencadeada com a luta do movimento feminista contra essa prática. Esse tipo de violência se reforça com a discriminação contra mulheres (Azerêdo, 2007). Com isso, é possível destacar que estudos sobre o tema violência contra mulheres contribuem para o constante repensar dessas práticas violentas e do preconceito de gênero em nosso cotidiano.

Levando em conta esse contexto, em 2006, entrou em vigor a Lei nº 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha (Brasil, 2006). Essa Lei tem como proposta criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar, e prevê campanhas e programas que promovam o enfrentamento da violência. Este trabalho irá relatar uma das muitas formas possíveis de atendimento às mulheres que sofreram violência, o que está previsto na Lei.

Abordar-se-á a atividade realizada em uma instituição de apoio a pessoas que sofreram algum tipo de crime ou de violência, que fornece amparo jurídico, social e psicológico para vítimas e familiares. Foram atendidas nessa instituição, no período de janeiro a outubro de 2007, 201 pessoas, sendo que 88,06% eram mulheres. Alguns dados que caracterizam os casos atendidos são: situações de violência doméstica (38,3%), estupro (3,48%) e assédio sexual (0,50%), que somam 42,28% dos casos1.

Há uma procura significativa pelo serviço em decorrência da violência doméstica contra mulheres nessa instituição. Esse tipo de violência foi, em sua maioria, praticado pelo cônjuge. Isso é compreendido por algumas autoras como problemáticas que envolvem as discussões de gênero, em que o casal “cristaliza e reforça um círculo vicioso e perverso entre os gêneros” (Oliveira & Vianna, 1993, p. 163). Gregori (1993) expõe que não se pode determinar uma forma geral de violência conjugal, e que há inúmeras motivações para que a relação violenta aconteça na relação conjugal, portanto, é necessário compreender o contexto em que a briga ocorre e o seu significado. Não há uma única causa ou explicação para a violência contra mulheres, principalmente quando se trata de violência conjugal, pois há mulheres que permanecem na relação de violência mesmo existindo questionamentos constantes sobre o que faz essas mulheres continuarem na relação que causa sofrimento (Grossi, 1998).

Para intervir com essa população, foram estabelecidos grupos reflexivos de gênero que vêm se mostrando uma alternativa para se trabalhar com homens e mulheres no enfrentamento da violência intrafamiliar e de gênero. Esse modelo de grupo reflexivo “constitui um espaço de inclusão dos sentimentos, da subjetividade e das relações em um sistema grupal de convivência e reflexão” (Acosta, 2004, p. 23). É um espaço de reflexão sobre o cotidiano de seus participantes. Não é um trabalho terapêutico, porém tem efeitos terapêuticos. O grupo permite a troca de vivências, situações, sentimentos

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