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A Ciencia E Sua Mudanças

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Por:   •  21/8/2014  •  Resenha  •  395 Palavras (2 Páginas)  •  146 Visualizações

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A preeminência da ciência na cultura ocidental é manifesta. Quem quer que estude a sociedade moderna deve reconhecer a importância de compreender como a ciência conduz sua tarefa de inventar, testar e finalmente aceitar ou rejeitar teorias. Uma cultura que se orgulha de sua capacidade de auto-exame crítico deve ter em alta conta, na sua agenda intelectual, o estudo sistemático dos processos de mudança e invenção de teoria na ciência. Seja pelo propósito prático de controlar a direção e o progresso da ciência, seja pelo propósito intelectual de determinar a natureza e o escopo do conhecimento humano, há excelentes razões para se tentar examinar a dinâmica da ciência.

Ocorre, no entanto, que de fato não possuímos um quadro geral bem confirmado de como a ciência funciona, nem uma teoria da ciência que mereça assentimento geral. Tivemos, certa vez, uma posição filosófica bem desenvolvida e historicamente influente, a saber, o positivismo ou empirismo lógico, que agora se encontra efetivamente refutada. Temos algumas recentes teorias da ciência que, embora despertem grande interesse, quase nunca têm sido de algum modo testadas. E temos hipóteses específicas sobre vários aspectos cognitivos da ciência, que são amplamente discutidas mas completamente indecididas. Se alguma posição existente realmente proporciona uma compreensão viável de como a ciência opera, nós estamos longe de poder identificá-la.

No início dos anos 60, algumas novas teorias da ciência foram desenvolvidas como alternativas ao positivismo; trata-se dos trabalhos de N.R. Hanson, Paul Feyerabend, Stephen Toulmin e, acima de tudo, Thomas Kuhn. Essas contribuições, ainda que problemáticas em suas teses positivas, puseram termo efetivamente à hegemonia do positivismo ao revelarem que suas doutrinas centrais (tais como a cumulatividade da ciência, a redutibilidade da linguagem teórica à observacional) conflitam radicalmente com a prática real da ciência. Kuhn destacou-se, pelo menos retrospectivamente, como a figura dominante dos anos 60. Na reação a Kuhn, entrou em cena nos anos 70 uma nova geração de teóricos: I. Lakatos, L. Laudan, G. Holton, M. Hesse, J. Sneed, E. McMullin, I.B. Cohén, W. Stegmüller, D. Shapere e N. Koertge. Todos esses autores desenvolveram modelos de mudança e progresso científico que, segundo eles, estavam baseados no, e apoiados pelo, estudo empírico das obras da ciência real, por oposição aos ideais lógicos ou filosóficos de garantia epistêmica enfatizados pela tradição positivista. Por todos eles, a filosofia da ciência foi caracterizada como uma disciplina enraizada em, e responsável por, sua história.

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