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A Colonia do PAIOL

Por:   •  6/4/2017  •  Resenha  •  1.093 Palavras (5 Páginas)  •  307 Visualizações

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         Os quilombos eram considerados um dos três maiores inimigos da ordem pública, ao lado dos índios selvagens e dos grandes potentados rurais. Muitas comunidades quilombolas se formaram em torno do movimento de resistência, por isso a ordem de repressão por parte do governo. Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.                                                                                                                                  Existem aproximadamente 400 comunidades quilombolas no Estado de Minas Gerais distribuídas por mais de 155 municípios.                                                                                                      Colônia do Paiol é considerada a maior comunidade negra pertencente ao município de Bias Fortes, com uma população de aproximadamente 600 pessoas. Localizada em região próxima à cidade de Juiz de Fora, apresenta fortes vínculos com esses dois centros urbanos. Segundo antigos moradores, a comunidade existe desde o início do século XIX. Começou a ser formar numa área de terra doada pelo fazendeiro José Ribeiro Nunes a nove escravos alforriados. A história de Colônia do Paiol retrata uma trajetória de sofrimento e maus-tratos vividos pelos negros mesmo após a Abolição da Escravatura. Os moradores sofreram com as disputas sobre seu território, o documento de doação que poderia ajudá-los nessa luta foi apenas recentemente localizado. A falta do documento para comprovar legalmente a doação das terras por eles ocupadas ocasionou demasiada insegurança no grupo, que ao longo do século XX vivenciou a migração de muitas de suas famílias para as áreas urbanas de Bias Fortes e Juiz de Fora. Segundo os mais velhos, sempre foi necessário ao grupo sair em busca de recursos para garantir sua sobrevivência. As terras que herdaram nunca foram suficientes para o sustento de todos. Conta-se que o acesso à comunidade era apenas por trilhas, as casas denominadas choças, eram cobertas de capim e suas paredes feitas de pau-a-pique e rebocadas por tabatinga. Algumas tinham apenas um cômodo. Com o trabalho de seus moradores, a comunidade foi se desenvolvido.                                                                                     A Igreja Católica, através de seus padres, sempre deu um grande apoio à comunidade, procurando levar a mensagem do Evangelho e expandindo o reino de Deus com a colaboração de pessoas da localidade. A comunidade sempre lutou para a construção de uma capela, luta esta que rendeu a construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário.                                                            Os seus moradores são oriundos de grandes fazendas de cultivo de café, muito comum na região. Existe energia elétrica e um telefone público. Há também uma escola, um posto de saúde que funciona precariamente, mas há uma constante visita do Agente de Saúde do município de Bias Fortes. Não há coleta de lixo, que sempre é queimado quando há um acúmulo. O saneamento básico ainda é bastante precário. Os moradores que não trabalham nas cidades vivem de subsistência, trabalhando na roça e plantando abóbora, milho, feijão e arroz.                                                                                                                                                                     A dança e a cantoria ritual do jongo são heranças deixadas por seus antepassados e que congrega as famílias de Colônia do Paiol. Embaladas pelo som dos tambores, as famílias dançam o jongo, que se caracteriza como dança de roda, em que os participantes fazem movimentos anti-horários. A coreografia é específica e possui o poder de juntar e alegrar os membros dessa comunidade seja eles moradores da área rural ou da área urbana.

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