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A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

Por:   •  28/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.563 Palavras (7 Páginas)  •  162 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Esta produção textual individual, tem a finalidade de suscitar um pensamento crítico acerca das recentes mudanças nas famílias através da reestruturação produtiva no mercado de trabalho no Brasil de acordo com o que foi solicitado pelas disciplinas de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social, Filosofia, Sociologia e Ciências Políticas, procurando relatar sobre como essas mudanças ocorridas na sociedade Brasileira tem contribuído para o processo de progresso durante seus diversos momentos históricos, e como vem impactando das configurações das novas famílias no mercado.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

A expressão divisão social do trabalho vem sendo usada a muitos anos para designar a especialização das atividades presentes em todas as sociedades complexas, independente dos produtos do trabalho circularem como mercadoria ou não. É designada em atividades produtivas em ramos necessários para a reprodução da vida.

Marx, em O Capital (1982), diz que a divisão social do trabalho diz respeito ao caráter específico do trabalho humano. Braverman, 1981 p.71 expressa que um indivíduo da espécie humana pode trabalhar simultaneamente com várias profissões, exemplo: tecelão, pescador, construtor e várias outras profissões ou ocupações.

Em Marx, 1982, a produção da vida material e o aumento da população geram relação entre os homens e a divisão do trabalho. Os vários estágios da divisão do trabalho correspondem às formas de propriedade da matéria, dos instrumentos e dos produtos do trabalho verificados em cada sociedade, nos diversos momentos históricos.

2.1.1 Reestruturação produtiva

A reestruturação produtiva deu-se por aumento do desemprego, precarização das relações de trabalho, mudanças na inserção dos diferentes componentes da família no mercado de trabalho e desvalorização salarial da renda familiar.

Entre os anos de 1990 até 1994 na região Metropolitana de São Paulo, houve um aumento significante no desemprego e nas relações de trabalho, causando grande impacto na relação da hierarquia familiar. Contudo, a ausência de políticas de emprego nesse período foi criado o apoio temporário ao desempregado através do seguro-desemprego.

Exemplos desta grande mudança é o crescimento do número de crianças e adultos moradores de rua, o aumento da violência e uso de entorpecentes.

Nos anos 80 (Montali, 1995), constatam que a família era amortecedora da crise econômica então vivida, mesmo com o aumento do desemprego e da redução dos rendimentos familiares e do emprego Industrial.

Em 1998 (Presidência da República), os trabalhadores são obrigados a trabalhar por mecanismos de incorporação da força de trabalho regidos pelas necessidades e conveniências do Capital e os movimentos sindicais tiveram pouco êxito no impedimento do aumento do desemprego e nas formas de inserção no mercado de trabalho.

3.0 AS RELAÇÕES FAMILIARES NA CONTEMPORANEIDADE

A Relação familiar na contemporaneidade era basicamente a posição do homem como chefe familiar inserido no mercado de trabalho, sendo o principal responsável pela renda mensal da família.

Enquanto o papel da mulher era o de cuidar das tarefas domésticas do lar e da educação dos filhos.

Com o crescimento do desemprego e a transformação e atualização do mercado de trabalho, houve um índice de crescimento sobre a exigência de escolarização e de cursos de especialização de mão-de-obra para determinadas áreas, tornando assim muitas vezes a dificultar a inserção do homem ao mercado de trabalho. Sendo assim a taxa de crescimento das mulheres se torna maior já que com as oportunidades de ensino tem se avançado e tem mostrado o esforço por um lugar no mercado de trabalho.

As famílias estão cada vez com números reduzidos de filhos, há mudança também nos padrões familiares, como crescimento das separações e da proporção de famílias mono-parentais, especialmente aquelas em que as mulheres detém a responsabilidade da renda da casa.

Com o crescimento das separações, homens passam a cuidar dos filhos e trabalhar para sustentá-los e as mulheres chefiam a família e filhos adolecentes passam a integrar o mercado de trabalho através de projetos de Ongs e governamentais de atendimento a famílias com renda baixa.

A crescente impossibilidade do padrão familiar mantido pelo Chefe provedor, das famílias de baixa renda tem grande parcela de responsabilidade pelo crescimento de famílias chefiadas por mulheres, levando assim ao não cumprimento e a incapacidade do homem de exercer o seu papel, causando assim o abandono do lar e levando ao alcoolismo.

Com a dificuldade de emprego e remuneração suficiente nas conjunturas de crise e de instabilidade dos anos 80 e 90, contribui-se significativamente para a tendência do crescimento das famílias mono-parentais, especialmente as chefiadas por mulheres.

Com essas mudanças se torna evidente a longo e médio prazo a uma nova divisão sexual do trabalho em família, com a redefinição dos papeis de gênero, que por sua vez, apresentava reflexos tanto na família como na disponibilidade para o mercado de trabalho.

Notou-se uma diferença entre a natureza da participação dos homens e mulheres na maioria dos países do mundo, a taxa feminina da força de trabalho aumentou tanto durante períodos de prosperidade como nos de recessão, enquanto a participação masculina tem decrescido (Posthuma e Lombarid, 1997).

Existe uma sexualização das ocupações, ou seja, existem funções e setores de atividades que concentram diferencialmente homens e mulheres ( Bruschini, 1994), operando assim a divisão sexual do trabalho tanto na família como no mercado de trabalho através de conteúdos históricos e culturais.

3.1. Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares do século XX

A Evolução histórica da família vem mostrando grandes transformações ao longo do tempo desde a antiguidade até a pós-modernidade.

Em estudos sobre essas transformações, Rondinesco (2003) mostrou em sua obra “A Familia em Desordem”, que as famílias pós-modernas tinham por foco principal o vinculo de uns aos outros, os filhos passam a ocupar

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