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A Estratégia de Saúde da Família (ESF)

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Por:   •  20/6/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.912 Palavras (12 Páginas)  •  256 Visualizações

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Em sua teoria que o paciente e seus familiares devem estar em constante comunicação com os médicos, mantendo uma relação de troca, pois são deles que chegam as melhores sugestões e opiniões sobre os cuidados com os portadores crônicos e seus diversos sintomas e controle da sua qualidade de vida. Assim, o paciente, seus familiares e o meio social se tornam colaboradores do médico, que necessita aprender e entender a linguagem deles, para pode dialogar e procurar melhores soluções (6).

O paciente diabético deve passar por um processo educativo, e a participação e contribuição familiar neste processo é vital para o seguimento do tratamento, servindo de apoio emocional nos momentos mais difíceis da doença, onde o paciente sente-se impotente diante de tantos desafios apresentados durante todo o percurso sem fim que é a DM (Moreira, 2008, citado por Costa, 2010, p. 14).

Um dos aspectos mais afetados é a rede e apoio social, devido à falta de oportunidades de atividades de lazer, impossibilidade de trabalho extradomiciliares e mudanças nas rotinas familiares. O papel de cuidar de um familiar pode afetar tanto a rede social como o apoio do cuidador (1).

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) foi implantada pelo Ministério da Saúde (MS) no ano de 1994, com o objetivo de oferecer uma atenção básica à saúde com o foco na família. Veio para substituir o modelo tradicional de assistência, que possuía uma estratégia individualista, biologicista, hospitalar e curativista. Alterando para um modelo mais democrático, integral e universal (Cotta 2009, citado por Costa, 2010, p.14).

​Pesquisas apontam que uma das dificuldades estruturais vivenciadas pelos cuidadores e que se mostram um dificultador na execução de suas atividades de cuidado são duas categorias: dificuldades financeiras para o cuidado e as necessidades emocionais do cuidador. Mostrando também que as cuidadoras atribuem um caráter caritativo e até religioso para ação de cuidar, fazendo citações em relação a sua fé, possuindo uma crença na existência de um ser superior, uma entidade, que se torna responsável pela vida do seu familiar, lhe provendo vida e forças ao cuidador em suas atividades. Portanto, a ação de cuidar é influenciada pela crença, pelo significado desse ser superior, essa entidade religiosa para a vida da cuidadora (8).

​A falta de preparo emocional da cuidadora ou até mesmo uma insegurança para cuidar foram observados em alguns momentos. Portanto, observa-se que há uma enorme necessidade de um acompanhamento maior para os cuidadores familiares, esse acompanhamento pode ser feito pelas equipes de saúde. A insegurança pode surgir pelo envolvimento emocional presente no cuidado, é necessário um preparo emocional, e exige também um preparo técnico dos cuidadores, é vital um preparo, um treinamento e nem sempre esses cuidadores familiares recebem esse apoio (8).

​Os termos rede social, apoio social, suporte social e relações sociais muitas vezes são utilizados como sinônimos. No entanto, rede social refere-se ao grupo de pessoas com as quais o indivíduo mantém contato ou alguma forma de vínculo social e envolve principalmente aspectos quantitativos dos contatos sociais. Está relacionada, portanto, à dimensão estrutural e institucional ligada ao indivíduo (1).

Este papel de cuidador de um familiar poderá afetar a rede social e o apoio do cuidador. Diversos estudos mostram que a rede do cuidador é composta principalmente por familiares, amigos e que vários desses cuidadores não podem contar com ajuda de nenhuma pessoa ou contam com poucas, comparando com a quantidade de pessoas com quem achavam contar dentro da sua rede social (1).

​A família como cuidadores, exerce sua função na maior parte do tempo junto ao portador de DM, porém quando se trata de um cuidado fora do alcance, traz intranquilidade e insegurança, deixando a família apreensiva. Em pesquisas feitas sobre a capacitação dos professores para lidar com crianças com DM, foram apresentadas uma falta dessa competência, pois enquanto esse portador se encontra na instituição de ensino, sob a responsabilidade do ambiente escolar, o professor não se sente apto para proporcionar este cuidado adequado, sendo não apenas um despreparo do professor e também da instituição de ensino, deixando seus familiares preocupados caso o portador necessite de algum cuidado durante o período que está presente na escola (11).

O começo de uma vida social de individuo inicia-se na família, pois é o primeiro grupo que ele convive. Tento como característica principal a figura de proteção, de cuidador, e possui um papel vital no cuidado com o portador de uma doença crônica, podendo ser este um ambiente de desenvolvimento. Porém ser um cuidador pode gerar desgastes, tanto físicos como psicológicos, assim deve-se também possuir um apoio para o cuidador, para não desenvolver medos, fantasias sobre o fato de estar se deparando com um membro da família doente (2).

Objetivos

Avaliar a qualidade de vida do portador de Diabetes e dos familiares como cuidadores e as questões desse impacto familiar.

MÉTODO

Participantes

O presente estudo contou com a participação de seis adultos de ambos os sexos, na faixa etária entre 20 e 60 anos. Todos os participantes possuíam nível econômico médio e residiam na cidade de Brasília – DF. Os participantes foram selecionados a partir dos critérios do estudo e a pesquisa foi conduzida de acordo com os padrões éticos exigidos.

Instrumentos

Foram utilizados os seguintes instrumentos: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo A); Entrevista semiestruturada com um roteiro flexível abordando as temáticas tais como a relação entre diabetes e seus cuidadores familiares e a qualidade de vida (anexo B e C); gravador (áudio) e transcrição das entrevistas (anexo D).

Procedimento

Foi realizado um estudo descritivo exploratório, fundamentado no método qualitativo, com três pacientes diabéticos, ambos do tipo II, e três cuidadores com o objetivo de avaliar a suas questões de qualidade de vida e de seus cuidadores.

​Os participantes foram convidados a participar da pesquisa, informando-os o objetivo do estudo – conhecer sobre a doença e as mudanças que esta trouxe em suas vidas, assim evitando que os participantes formassem expectativas errôneas sobre a hipótese do estudo e cooperarem para confirmá-la e solicitando sua adesão.

​Os

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