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Aminoácidos

Tese: Aminoácidos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/12/2013  •  Tese  •  1.905 Palavras (8 Páginas)  •  292 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Os aminoácidos representam a unidade básica da estrutura das proteínas. São formados por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio – grupamento amino, grupamento carboxila e o grupamento lateral, composto de enxofre ou fósforo ou cobalto ou ferro que caracterizam o aminoácido em relação as suas propriedades físico-quimicas.

Entre dois aminoácidos existe uma ligação química chamada ligação peptídica. Através desta ligação formam-se cadeias de aminoácidos que adotam formas e combinações químicas diversas. Dois aminoácidos ligados formam um dipeptídeo, três aminoácidos, um tripeptídeo e assim sucessivamente. A combinação de mais de 50 aminoácidos forma uma proteína.

Existem 20 tipos diferentes de aminoácidos naturais e nós seres humanos, temos a capacidade de sintetizar 80.000 proteínas a partir de inúmeras combinações entre estes aminoácidos.

ESTRUTURA

Os aminoácidos apresentam uma estrutura geral que consiste num grupo amino, um grupo carboxílico e uma cadeia lateral R, de dimensão e características variáveis, ligados a um carbono saturado (Cα). Podem ser encontrados 20 diferentes aminoácidos em proteínas.

O aminoácido mais simples é a glicina em que R= H pelo que a glicina é o único aminoácido opticamente inactivo. Os restantes aminoácidos apresentam estereoisómeros verificando-se que é incorporado em proteínas o isómero levógiro (L). Dependendo do grupo funcional, as cadeias laterais podem ser alifáticas, aromáticas, ácidas (carga negativa) , básicas (carga positiva) ou polares. A prolina é um aminoácido especial em que a cadeia lateral está ligada ao azoto da cadeia principal.

FUNÇÃO

O papel principal dos aminoácidos é a participação no processo de síntese de proteínas, mas além desta função, quase todos exercem um papel especifico, por exemplo, o triptofano é precursor da vitamina Niacina, a arginina, a glicina e a metionina estão envolvidas na síntese de creatina, a tirosina é precursora da melanina, o fator determinante da cor da pele, a histidina é essencial para a formação de histamina, causadora de vasodilatação no sistema circulatório. Sendo assim, cada um desempenha um papel único no organismo.

Anabolismo e Catabolismo

Após o processo de digestão das proteínas, estas são transformadas em aminoácidos, que são absorvidos no intestino por um mecanismo altamente eficiente. Então são levados para o fígado, o grande responsável pelo controle da quantidade de aminoácidos a ser enviado para o plasma sanguíneo e assim chegar a outros órgãos, como os aminoácidos de cadeia ramificada que serão metabolizados no músculo.

No fígado, parte dos aminoácidos é usada para a síntese protéica, como a albumina e algumas enzimas. Ele também é responsável pela produção de uréia, para que ocorra a eliminação do nitrogênio restante do processo de degradação de algumas proteínas.

A maioria dos aminoácidos do corpo está presente na forma de proteína, representando 15 a 20 % da massa corporal, apenas 2% está na forma livre no plasma e dentro das células.

No entanto este pequeno pool de aminoácidos livres participa de um grande numero de reações, garantindo um equilíbrio entre síntese e degradação protéica.

O destino dos aminoácidos em cada tecido varia de acordo com as necessidades de utilização no dado momento, havendo um equilíbrio dinâmico entre as proteínas teciduais, os aminoácidos ingeridos pela alimentação e os aminoácidos circulantes.

Este processo ocorre, pois há um contínuo trabalho de síntese e catabolismo protéico específico em cada tecido, denominado turnover protéico.

A velocidade do turnover protéico depende da função desta proteína e do tipo de tecido que ela constitui. Em média um adulto renova aproximadamente 3% do total protéico por dia. Na pele há uma renovação estimada em 5g de proteína/dia, no sangue 25g e no tecido muscular algo em torno de 75g/dia.

O desenvolvimento normal do indivíduo é determinado pelo anabolismo (síntese) intenso e dependente do suprimento adequado de nutrientes, entre os quais os aminoácidos exercem papel fundamental, pois este desenvolvimento é padronizado e regulado pela síntese das diferentes proteínas que compõem os diversos tecidos do corpo.

Para que o processo de anabolismo protéico ocorra é necessário que todos os aminoácidos envolvidos estejam disponíveis ao mesmo tempo e a presença de todos os aminoácidos essenciais é determinante para a realização desta etapa.

Este evento é controlado, dentro de cada célula, pelo DNA (código genético existentes no núcleo das células) e utiliza energia proveniente de ATP.

No catabolismo de aminoácidos, o primeiro evento é a separação do grupo amino, esta reação forma uma substância ácida, a outra parte do aminoácido é utilizada na formação de glicose e consequentemente na produção de energia. Cerca de 58% das proteínas consumidas sofrem este processo.

Os aminoácidos principais neste processo são a alanina e a glutamina, que durante um exercício enteso adotam uma dupla finalidade:

• Remover a amônia formada no músculo pelo catabolismo protéico e leva-la ao fígado, para ser metabolizada e transformada em uréia;

• Fornecer ao músculo a glicose sintetizada pelo fígado a pertir do esqueleto de carbono da alanina ou da glutamina.

Apesar do metabolismo de aminoácidos contribuir com apenas 5 a 15% da energia consumida durante o exercício, esta pequena parcela torna-se fundamental em condições de alto consumo energético.

Durante o exercício a síntese protéica está suprimida, este efeito é proporcional à duração e a intensidade da atividade realizada.

Observa-se que a síntese é aumentada em resposta à presença de insulina, hormônio do crescimento e alguns aminoácidos como a leucina, e diminuída na ocorrência do exercício, ingestão reduzida de proteínas e redução das reservas energéticas.

Por outro lado a degradação é aumentada em resposta ao jejum ( aumento da produção de glucagom), ao exercício e aos glicocorticoides e reduzida pela presença de leucina e triglicerideos de cadeia média e a ingestão adequada de proteínas.

O saldo final das mudanças ocorridas com o turnover protéico depende da somatória destes fatores. No entanto durante o exercício prolongado

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