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Avaliação Ruido

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Por:   •  5/3/2015  •  3.089 Palavras (13 Páginas)  •  114 Visualizações

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UTILIZAÇÃO DO DOSÍMETRO NAS AVALIAÇÕES

DE RUÍDO OCUPACIONAL

Renato Crivellari Creppe

Departamento de Engenharia Elétrica – Unesp – Campus de Bauru

Luiz Gonzaga Campos Porto

Departamento de Engenharia Elétrica – Unesp – Campus de Bauru

Abstract: This paper shows the dosimeter calibration and utilization for safety of the work. Datalogging noise dosimeters were utilized to collect noise exposure data. Dosimeter microphones were placed on the shoulder of the workers' dominant hand. All dosimeters were calibrated prior to and following all monitoring events, and calibrations outside the manufacturer's recommendations resulted in sample exclusion. Dosimeters were downloaded directly into a PC for data analysis. Monitored workers reported their name, trade, age, and years of experience for analysis.

Key-wordS: Noise, Safety of the Work

Área Temática: Ergonomia, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho

1. Introdução

O trabalho acompanha o homem desde suas primeiras manifestações como ser racional. No início, as atividades eram extrativistas, impondo um comportamento nômade devido ao clima, não existindo tarefas mais elaboradas ou complexas. Com o advento do cultivo e preparação do solo, o homem começou a realizar tarefas que exigiam maior planejamento e conhecimentos. Outras atividades começaram o surgir quando o homem começou a formar grandes agrupamentos urbanos como, por exemplo, o comércio e o artesanato. Durante todas estas fases, os acidentes de trabalho ocorriam e eram vistos como acontecimentos “naturais” da vida humana, permanecendo sem registros ou relatos apropriados.

A revolução industrial, além de ter provocado grandes mudanças na sociedade, com introdução de novas formas de relacionamento humano, novas formas de produção e a criação de novas necessidades de consumo, também permitiu uma reflexão mais detalhada sobre os danos e os custos dos acidentes e doenças ligadas às atividades laborais.

Datam desta fase as primeiras investigações sobre as condições extremas de exigência a que os operários eram submetidos, pois a grande quantidade de mão de obra existente e o desejo de grandes lucros levavam a situações onde crianças eram compradas de suas famílias para atuarem como mão de obra em parques industriais. Surgiu assim, na Inglaterra em 1802, a primeira lei que determinava as condições limites para o exercício profissional. Esta lei estabelecia o limite de 12 horas de trabalho por dia para os menores, proibia seu trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das fábricas uma vez por ano e exigia ventilação das mesmas. Esta lei foi um marco para a melhoria das condições de trabalho e início da conscientização dos trabalhadores.

A preocupação com a segurança e saúde do trabalhador tem aumentado a cada dia e, mesmo com a “Revolução da Informática”, que mudou drasticamente as condições de trabalho, observa-se aqueles trabalhadores que permanecem muitas horas de sua jornada em condições não adequadas, estão sujeitos a doenças ligadas ao exercício do trabalho (LER – Lesão por Esforços Repetitivos).

Dentre os agentes que agridem o trabalhador pode-se destacar as temperaturas extremas (frio/calor), a iluminação deficiente, o ruído excessivo, a posição de trabalho, a utilização de ferramentas e máquinas ergonomicamente inadequadas, as pressões psicológicas da produção, etc.

No Brasil, a preocupação com as condições do ambiente de trabalho é normalizada e fiscalizada pelo Ministério do Trabalho que edita as Normas Regulamentadoras (NRs). Tais normas estabelecem as condições mínimas de higiene e segurança que devem ser atendidas no local de trabalho. Contudo, cabe ressaltar que a preocupação é recente e muitos esforços ainda devem ser envidados para que a segurança no ambiente de trabalho seja assimilada por trabalhadores e empregadores.

2. O Ruído

O som e caracteriza por variações de pressão que necessitam de um meio compressível como, por exemplo, o ar, para seu deslocamento. São ondas mecânicas, portanto, diferentemente da luz que é uma onda eletromagnética e não necessita de meio físico para sua propagação. No entanto, não são todas as flutuações de pressão que produzem estímulo auditivo no ser humano. Assim como a sensação luminosa, apenas uma faixa limitada de freqüência pode produzir a sensação de audição humana. Os animais também possuem sensação auditiva em faixas de freqüências que podem ser mais amplas que a do homem.

O som é uma forma de energia que é transmitida pela colisão de moléculas do meio, umas contra as outras, sucessivamente. Na faixa de freqüências de 20 até 20 kHz as ondas de pressão no meio podem humanamente audíveis, mas com graus de sensibilidade diferente ao longo dessa faixa, devendo ser levada em consideração, também, a amplitude do som na determinação da audibilidade humana (loudness). A figura 1 mostra a faixa de freqüência audível.

Figura 01 – Espectro audível

Dentro da faixa audível, verifica-se que o ouvido humano percebe as freqüências de uma maneira não linear. Experiências demonstram que o ouvido humano percebe o som como uma sensação que varia com o logaritmo do estímulo que a produziu (Fernandes, 2000).

Efeitos do Ruído no Homem

O ouvido humano, assim como os olhos, são fantásticos sensores que que nos trazem a maior parte das informações cotidianas. Os ouvidos podem sofrer séria deterioração, caso sejam expostos por períodos prolongados de tempo ao ruído.

Deve-se deixar claro que som e ruído não são sinônimos. Um ruído é apenas um tipo de som, mas um som não é necessariamente um ruído. O conceito de ruído está associado a som desagradável e indesejável. Som é definido como variação da pressão atmosférica dentro dos limites de amplitude e banda de freqüência aos quais o ouvido humano responde (Gerges, 1992).

O limiar de audição, isto é, a pressão acústica mínima que o ouvido humano pode detectar é de 20 N/m2 na freqüência de 1 kHz. A figura 2 mostra a variação do limiar de audição com a freqüência e os contornos de audibilidade. Na

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