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Ruído: negociações

Seminário: Ruído: negociações. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/4/2014  •  Seminário  •  524 Palavras (3 Páginas)  •  215 Visualizações

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Barulho: negociação para evitar conflito entre donos de bares e moradores no Centro de Vitória

Vinícius Valfré | vpereira@redegazeta.com.br

A política de revitalização e ampliação da vida cultural do Centro de Vitória começa a gerar contrapartida conflituosa. De um lado, novos bares interessados no público que tem cada vez mais presente na movimentação cultural do Centro. De outro, moradores que sofrem nas residências com o eco dos alto-falantes das ruas.

Na época em que Renata Lellis de Aguiar decidiu morar na Rua Sete, a tranquilidade do lugar era o atrativo. Hoje, ela reclama do incômodo batuque dos bares e com as mesas e cadeiras de clientes diante do prédio. "É como se a gente tivesse uma roda de samba dentro da nossa casa, começando às 10h e indo, às vezes, até quase a meia-noite", conta.

As duas partes cometem excesso. A música alta no bar Bimbo, na Rua Sete, também já foi alvo de ovos e até vidro de perfume arremessados do alto de prédios, como conta um dos sócios do estabelecimento, Henrique Mello.

"Problemas são constantes. Há objetos atirados, denúncias constantes por causa do barulho, lixo que as pessoas jogam e furtos por aqui. Vários problemas", disse.

Mesmo assim, o cenário ainda está longe das polêmicas travadas em torno dos ruídos excessivos do Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto. Então, foi iniciada uma negociação para que a situação não se repita no Centro. Moradores e empresários começaram a discutir como poderiam, ao mesmo tempo, incentivar a movimentação cultural e preservar o direito à tranquilidade nas casas.

Volume

Na última segunda-feira, secretários de Cultura e Meio Ambiente, Câmara Municipal, síndicos, moradores, donos de bares, representantes da Ouvidoria e do Disque-silêncio sentaram na mesma mesa para discutir o problema. O consenso foi de que os bares devem diminuir o volume da música. O espaço para as cadeiras nas calçadas será regulamentado e o lixo terá que ser melhor armazenado, até a chegada do caminhão coletor.

Na reunião, uma comissão foi formada para preparar cartilha com orientações para empresários, frequentadores de bar e moradores. Integrantes do Disque-silêncio vão instruir os donos de bares sobre como evitar multas por excesso de barulho, em uma reunião na Secretaria Municipal de Cultura, às 16 horas da próxima quarta-feira (02). As dicas poderão ajudar o dono da Casa de Bamba, Saulo Santos.

O bar, localizado na Rua Gama Rosa, já recebeu três multas por excesso de ruído - cerca de R$ 2,2 mil cada. A aferição do técnico do Disque-silêncio ultrapassou em 2 decibéis o limite permitido: 55 decibéis. Saulo acredita que o entendimento coletivo será melhor para todos os envolvidos.

"A gente sabe que incomoda e que todo mundo tem o direito ao descanso. Nosso intuito é trazer gente ao Centro, para aumentar visita aos bares e às lojas. Todo mundo ganha. Até os donos de imóveis, que são valorizados. A gente quer cooperar", disse.

Um dos membros da comissão da cartilha é a moradora da Rua Sete, Akeber Munzer Masri. Ela acredita que o esforço possibilitará uma revitalização sem

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