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Ciencias Sociais

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Por:   •  13/9/2013  •  2.629 Palavras (11 Páginas)  •  298 Visualizações

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dinâmica social

É com A. Comte que o estudo dos factos sociais se apresenta como ciência. Comte utiliza o termo sociologia para odefinir como o estudo positivo do conjunto das leis fundamentais próprias dos fenómenos sociais. Na definição destanova ciência, procura as leis fundamentais que regulam os fenómenos sociais.

Comte divide a Sociologia em duas partes: a estática social e a dinâmica social.

A dinâmica social - "a ciência das leis do Progresso" - dedica-se a estudar o modo como as sociedades caminhamatravés das suas etapas de desenvolvimento; estuda a vida em movimento criador do progresso. Tem como objetivoestabelecer as leis da mudança social.

As sociedades passam por etapas fixas de desenvolvimento que progridem em direção a situações mais perfeitas. Naprimeira etapa, a teológica, as explicações são dadas através das divindades; na segunda etapa, a metafísica, assituações são explicadas através da essência dos fenómenos ou das coisas; finalmente, a etapa positiva, onde o queimporta são as relações entre os fenómenos. No esquema comtiano da História, o estado teológico do pensamento e oestado metafísico são ambos considerados etapas necessárias da evolução social, mas condenados a desaparecerdefinitivamente assim que o positivismo triunfasse.

O conhecimento da sociedade só conseguirá progredir no estado positivo através da observação, da comparação e daexperimentação. Há constantes e regularidades que se verificam na dinâmica social e só através da sua análise se podechegar às leis da mudança social.

Como referem Lima et alii (1990, Introdução à Antropologia Cultural. Lisboa: Presença.), "qualquer cultura apresentasempre estes dois aspetos essenciais: o aspeto estático, que representa a tradição, sorte de conformismo a umpassado considerado modelo, e o aspeto dinâmico, que é o impulso criador de qualquer sociedade que transvasa semprea herança recebida de antanho". Os aspetos estático e dinâmico estão ambos presentes em qualquer sociedade econstituem condições essenciais da sua própria existência. Os primeiros contribuem para a ordem e o equilíbrio sociais,os segundos impelem o progresso e a mudança sociais.

As sociedades humanas estão em constante mudança, seja por motivos sociais, políticos, geográficos, culturais ou econômicos. Com a globalização, as mudanças acontecem numa velocidade maior e passam a afetar um número cada vez mais significativo de pessoas.

Neste contexto, é importante distinguir mudanças culturais e mudanças sociais. A mudança cultural se refere a toda transformação de valores ou padrões sociais, relativamente permanentes. Já a mudança social se dá quando ocorrem alterações nas estruturas e relacionamentos sociais da sociedade. De qualquer modo, todas as mudanças importantes que ocorrem nas sociedades humanas envolvem tanto os aspectos sociais como culturais.

As causas das mudanças sociais se dividem em geográficas, socioeconômicas e culturais. Entre as causas geográficas estão os cataclismos naturais, particularmente os geográficos e climáticos, como inundações, terremotos e secas – que podem modificar a organização ou estrutura de uma sociedade. Já as socioeconômicas implicam mudanças que envolvem processos sociais e econômicos que afetam a organização social, fazendo com que ela se modifique. Por fim, as causas culturais dizem respeito a descobertas científicas, invenções, transformações de ideias e valores, o desenvolvimento da filosofia, a difusão de religiões e ideologias.

Incluem-se, nesta perspectiva, as mudanças de paradigmas, importantes processos culturais que podem causar profundas mudanças sociais. Especificamente, tem-se a discussão em torno do conceito de paradigma científico, popularizado por Thomas Kuhn, para explicar a maneira pela qual a ciência opera e se desenvolve ao longo do tempo. Um paradigma é fundamental para nortear as abordagens dos objetos específicos de uma ciência, servindo para definir o que deve ser estudado, que perguntas devem ser feitas e que regras devem ser seguidas para interpretar as respostas obtidas.

As ideias científicas e descobertas mudam ao longo do tempo, até que se chega ao ponto de não se ajustarem ao paradigma aceito.

Desta forma, surge o paradigma novo que, eventualmente, emerge como fundamentalmente diferente do velho, mas também como sendo incompatível como ele. Quando há a troca completa de um velho para um novo paradigma, tem-se uma revolução científica.

De forma geral, a evolução social deve ser tomada como o resultado cumulativo de mudanças sofridas pela sociedade no decorrer de certo período e orientadas numa mesma direção. Assim, nem toda mudança social pode ser ligada a um processo de evolução social.

As mudanças de paradigmas contribuem para o processo de evolução social, na medida em que a substituição de velhos paradigmas por novos é sempre um processo não traumático e gradativo, auxiliando, portanto, o processo evolutivo.

No que se refere às mudanças sociais, destaca-se a mobilidade social, que implica um movimento significativo na posição econômica, social e política de um indivíduo ou grupo social. Em outras palavras, trata-se da mudança de indivíduos ou grupos de uma posição social para outra, de um status para outro. Deste modo, a mobilidade social é um fenômeno das modernas sociedades capitalistas, pois em sociedades mais tradicionais, ela ocorre pouco ou quase nunca ocorre.

Para pensar a dinâmica social, é fundamental apontar também o movimento social enquanto uma coletividade de indivíduos, envolvida num esforço organizado para promover ou resistir à mudança na sociedade ou grupo de que é parte. Em todo movimento social, se encontram os princípios de identidade, de oposição e de totalidade. Os movimentos sociais podem ser classificados ainda como conservadores, reformistas ou revolucionários.

Já as migrações de um país para outro e dentro do próprio país, ajudam também a debater a dinâmica das sociedades.

A compreensão desta dinâmica passa também pelo entendimento de alguns conceitos específicos, como o de sociedade civil. Esta compreensão pode ser entendida como um espaço da vida social organizada e independente do Estado, com uma gestão autônoma dele, que é limitado por uma ordem legal ou por um jogo de regras compartilhadas entre os indivíduos, entre os grupos e entre as classes sociais, que se desenvolvem a margem das Instituições estatais.

É na sociedade civil

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