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Cirurgia Segura

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Por:   •  22/12/2014  •  992 Palavras (4 Páginas)  •  263 Visualizações

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CIRURGIA SEGURA

Em atenção à Resolução 55.18, da 55ª Assembléia Mundial da Saúde, ocorrida em

maio de 2002, que recomendou à própria Organização Mundial da Saúde (OMS) e aos

Estados Membros uma maior atenção ao problema da segurança do paciente, a OMS

lançou, em outubro de 2004, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente.

Essa Aliança tem o objetivo de despertar a consciência profissional e o

comprometimento político para uma melhor segurança na assistência à saúde e apoiar

os Estados Membros no desenvolvimento de políticas públicas e na indução de boas

práticas assistenciais.

Um elemento central do trabalho da Aliança é a formulação de Desafios Globais para

a Segurança do Paciente. A cada ano, a Aliança organiza programas que buscam

melhorar essa segurança, e a cada dois anos um novo Desafio é formulado para

fomentar o comprometimento global e destacar temas correlacionados e direcionados

para uma área de risco identificada como significativa em todos os Estados Membros

da OMS.

O Primeiro Desafio Global focou as infecções relacionadas com a assistência à saúde,

envolvendo:

1) higienização das mãos;

2) procedimentos clínicos e cirúrgicos seguros;

3) segurança do sangue e de hemoderivados;

4) administração segura de injetáveis e de imunobiológicos; e

5) segurança da água, saneamento básico e manejo de resíduos.

Já o segundo Desafio Global para a Segurança do paciente dirige a atenção para

os fundamentos e práticas da segurança cirúrgica, que são, inquestionavelmente,

componentes essenciais da assistência à saúde. No entanto, persiste a necessidade

de se investir na busca de melhoria da qualidade e garantia de segurança nas

intervenções cirúrgicas, que resulte progressivamente em mais vidas salvas e mais

incapacidades preveníveis.

Assim, esse novo Desafio Global tem como objetivo aumentar os padrões de

qualidade almejados em serviços de saúde de qualquer lugar do mundo e contempla:

1) prevenção de infecções de sítio cirúrgico;

2) anestesia segura;

3) equipes cirúrgicas seguras; e

4) indicadores da assistência cirúrgica.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde do Brasil, em parceria com a Organização

Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) tem a

satisfação de apresentar este Manual de Implementação de Medidas para o projeto

Segurança do Paciente: “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, com a certeza de que ele

contribuirá para a plena percepção do risco, primeiro passo para a mudança, ou o

reforço, no sentido de uma prática efetiva de medidas preventivas, que potencializam

os avanços tecnológicos observados na assistência cirúrgica.

O Desafio “A Cirurgia Segura Salva Vidas”: identificando soluções

A meta do Desafio “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” é melhorar a segurança da

assistência cirúrgica no mundo por meio da definição de um conjunto central de

padrões de segurança que possam ser aplicados em todos os países e cenários. Grupos

de trabalho de especialistas internacionais foram criados para revisar a literatura e

as experiências de médicos em todo mundo e para chegar a um consenso sobre

práticas de segurança em quatro áreas: trabalho de equipe, anestesiologia, prevenção

de infecção do sítio cirúrgico e mensurações dos serviços de saúde. Colaboradores

com experiência em cirurgia, anestesiologia, enfermagem, doenças infecciosas,

epidemiologia, engenharia biomédica, sistemas de saúde, melhoria de qualidade e

outros campos relacionados, assim como pacientes e grupos de segurança do paciente

foram recrutados de cada região da OMS; eles próprios solicitaram a participação de

médicos e de outras partes interessadas em todo o mundo.

Na primeira consulta, realizada em janeiro de 2007, as dificuldades em melhorar

a segurança cirúrgica foram identificadas e revisadas. A cirurgia maior foi definida

como “qualquer procedimento na sala de operações envolvendo incisão, excisão,

manipulação ou sutura de tecido que geralmente requer anestesiologia regional ou

geral ou sedação profunda para controle da dor”. Reconheceu-se que, em cirurgia,

não há uma única solução que transformaria a segurança. A segurança

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