Controle de acidose e alcalose e Repiratória metabólica

Controle da Acidose e Alcalose Metabólica e Repiratória

Como apresentado no gráfico, as relações existentes para o controle de pH relacionam os seguintes fatores: [HCO3-], pH e PCO2 (mmHg). Por conseguinte o exercício restringe o entendimento à solução tampão de bicarbonato, existente no sangue.

A solução tampão do ácido carbônico-bicarbonato é o principal sistema de controle de pH do organismo. As reações químicas deste sistema obedecem a quantidade existente de substrato e acontecem ao mesmo tempo no sangue e nos túbulos renais. Quando o organismo detecta alterações no pH sanguíneo, há um deslocamento no equilíbrio da solução tampão no intuito de reequilibrar as concentrações, reestabelecendo a neutralidade do sangue.

Quando no organismo, que proveniente de uma dieta a produção metabólica de íons H+ excedem a excreção de H+, dizemos que existe uma acidose metabólica. Esta acidose pode ser também resultado do metabolismo anaeróbio, produzindo ácido láctico, ou a cetoacidose, resultado da degradação excessiva de gorduras ou de certos aminoácidos. O aumento excessivo de H+ desloca o equilíbrio da solução tampão, aumentando os níveis de CO2 e consumindo o tampão HCO3-. A perda do íon bicarbonato leva a uma acidez sanguínea, que pode ser compensada pelos rins que passam a secretar mais íons H+ e a reabsorver HCO3-. A secreção dos íons H+ se dá a nível das células do túbulo proximal para o lúmen em troca de Na+ filtrado, o qual se move do lúmen para a célula do túbulo. O H+ secretado se combina com o HCO3- filtrado para formar CO2 no lúmen. Esta reação é facilitada pela anidrase carbônica que está ligada à membrana luminal das células tubulares. Este CO2 recém formado difunde-se para dentro das células tubulares e se combina com a água para formar H2CO3, o qual se dissocia em H+ e HCO3- no citoplasma. O H+ criado é secretado substituindo o H+ luminal que se combinou com o HCO3-, que por sua vez é transportado para fora da célula da superfície basolateral pelo simportador HCO3—Na+. O resultado líquido deste processo é a reabsorção de íons sódio e bicarbonato e secreção de íon hidrogênio.

Outra maneira de se reabsorver bicarbonato e excretar íon hidrogênio origina-se do metabolismo do aminoácido glutamina. Nas células do túbulo proximal a glutamina perde seus dois grupos amino, os quais formam amônia (NH3). A amônia tampona o H+ e torna-se o íon amônio (NH4+). O íon amônio é transportado para dentro do lúmen em troca de Na+. A molécula de -cetoglutarato (CG) formada pela desaminação da glutamina é metabolizada depois em HCO3-, o qual é transportado para o sangue junto com o Na+.

A alcalose metabólica tem duas causas comuns: excesso de vômito do conteúdo ácido estomacal e ingestão excessiva de bicarbonato contido em antiácidos. Em ambos os casos, a alcalose resultante reduz a concentração de H+. a diminuição do íon H+ desloca o equilíbrio para a direita, o que significa que o CO2 diminui e o HCO3- aumenta. Da mesma forma que na acidose metabólica, ocorre uma compensação rápida via respiração. O aumento no pH e a diminuição na PCO2 deprimem a ventilação. Menos CO2 é exalado, elevando a PCO2 e criando mais H+ e HCO3- ainda mais. Ocorre também a resposta renal, no qual mais HCO3- é excretado e mais H+ será reabsorvido.

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