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Doping

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Por:   •  9/3/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.003 Palavras (9 Páginas)  •  388 Visualizações

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Introdução

O doping consiste no uso ilícito e nocivo, voluntário ou induzido de substância ou meio, estimulante ou estupefaciente, para lhe alterar de modo passageiro, cinética ou potencialmente, a capacidade psicossomática de realizar esforços[1].

Ilícito porque, sendo recurso artificial, quebra o princípio de igualdade de condições dos concorrentes e nocivo porque prejudica a saúde do indivíduo, pondo em risco sua integridade física e até mesmo a sua vida. Voluntário, quando o indivíduo deliberadamente lança mão dele e induzido, quando a ele é compelido a se submeter, ou nele é envolvido por terceiros, sem conhecimento de causa; Substância ou droga quando a veiculação dos princípios ativos se da por base farmacológica e meio, quando o processo se desencadeia por agente psicológico ou físico[1].

Estimulante, se ativa ou excita as funções dos diferentes sistemas da economia corporal, impelindo-os a atuar com vigor acima do normal; estupefaciente, se reduz a funcionalidade de tal forma que o organismo age com energia inferior à normal. Alterar de moído passageiro no sentido de que sua ação é transitória, reversível. Cinética, quando a hipermotilidade é sua manifestação maior e potencialmente quando a reserva de forças é o seu trunfo. A capacidade psicossomática de realizar esforços fala por si mesma e sugere que não é possível dissociar a disposição física da mental.

Generalidades

O uso do doping é tão antigo que sua origem se perde no passado remoto. Há referência do emprego na China, por volta de três milênios A.C., em que se relatava o efeito estimulante de plantas nativas. Os espartanos fisiculturistas manifestavam familiaridade com ele, sendo que os competidores dos primitivos Jogos Olímpicos, na Grécia Antiga, ingeriam infusões de testículo de touro (anabolizantes) ou ervas especiais, para evitarem os efeitos do esforço físico intenso a fim de prosseguirem nas disputas[2].

No Oriente, fazia parte dos costumes, pelo consumo de haxixe, já no Ocidente nativos da América, antes mesmo do seu descobrimento, mascavam folhas de coca.

Todavia, foi durante o século XIX que surgiram os primeiros casos notórios de dopagem contemporânea. No começo do século XX, o doping se manifestou com mais freqüência e com maiores requintes. Houve uma reativação de seu emprego. Com o advento da nova era de competições internacionais, desenvolveram-se numérica e qualitativamente resultados dos atletas. Deles começaram a ser exigidos desempenhos até superiores aos de suas possibilidades, em nome de muitos pretextos, inclusive e notadamente os políticos e ideológicos, com que diferentes sistemas sociais intentam alcançar prestígio e reconhecimento. Em conseqüência, a aplicação do doping se estendeu a múltiplos domínios esportivos.

De então até nossos dias, há numerosos fatos de doping registrados nos eventos internacionais, nos quais a bibliografia médica revela muitos casos fatais. No Brasil, também tem havido significativa incidência desta prática, oficialmente confirmada ou não, reclama nossas atenções e providências. De acordo com os casos registrados na literatura médica internacional especializada, constata-se com freqüência maior a dopagem entre os ciclistas e, em seguida, entre os jogadores de futebol, atletas, maratonistas e nadadores, embora existam também, com menos incidência, em quase todas as outras modalidades esportivas. Ocorre, ainda, que a busca pelos “efeitos mágicos” desta prática não se limita ao âmbito do desporto e se concentra, não raro, entre os artistas, motoristas de caminhões, soldados e estudantes, que vivem de ilusão ou necessitam burlar a noite. Entretanto os efeitos decorrentes destas práticas não oferecem uma idéia honesta da capacidade humana, pois então adulteramos por recursos artificiais, sempre danosos à integridade individual e à moral coletiva[3].

Princípios da ação da dopagem

O princípio de ação mais empregado na dopagem visa atenuar ou mesmo impedir as manifestações de fadiga, através de variadas maneiras, com a finalidade de alterar o rendimento normal do organismo.

Como a fadiga é conseqüência do consumo alimentar, do acúmulo de catabólitos e da retenção de calor no corpo, as formulações mais expressivas deste princípio podem ser assim resumidas:

a) Aumentar a demanda sanguínea aos tecidos, para maior suprimento energético e maior escoamento dos produtos de desassimilação.

b) Retardar ou mascarar o esgotamento das reservas orgânicas de glicogênio e suas conseqüências imediatas.

c) Expulsar o excesso de calor produzido pelo trabalho muscular ou minimizar seus efeitos sobre o sistema nervos central.

Contudo, há outros princípios de ação utilizados na dopagem, entre os quais sobressaem:

a) Potencializar a fisioestrutura corporal.

b) Estimular a motilidade através de agentes físicos.

c) Induzir psicológica ou sugerir hipnoticamente um desempenho anormal.

Modalidades de doping

Na imensa maioria das vezes o dopuing é usado para aumentar os resultados do esforço físico, com ou sem conhecimento de seus companheiros ou treinadores. Porém sua administração pode ser determinada por outros e até pode acontecer inadvertidamente, na qual um “brinde amigável”, contenha um insuspeitado estimulante. Ou em caso inverso no qual um dissimulado adversário também tenha condições de, furtivamente, provocar um doping redutor num atleta visando diminuir os riscos de seu time predileto.

No entanto, é indispensável esclarecer que as substâncias ou drogas não são os exclusivos vetores da dopagem (de fato, os quimioterápicos são os de mais freqüente administração). Porém, também são vetores outros meios, menos difundidos, mas quase tão eficazes, nos terrenos da ação física e psicológica.

Portanto o doping consiste no uso de substâncias ou meios capazes de alterar o nível de percepção da realidade no indivíduo, no sentido de lhe desarranjar os mecanismos naturais de auto regulação do complexo trabalho a ponto de lhe comprometer as defesas instintivas[1].

Agentes modificadores do rendimento

Alguns especialistas preconizam o combate ao uso abusivo de numerosas drogas, ao ponto de considerarem proibidos

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