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Enfermagem

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Por:   •  12/10/2014  •  Tese  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  187 Visualizações

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Ao longo dos séculos o risco de contágio de algum vírus no ser humano esteve sempre presente.

O HIV teve sua primeira aparição por volta dos anos 80 e apesar de todos os esforços e pesquisas pelos cientistas ainda não se encontrou a cura definitiva para este mal do século.

As formas de transmissão desse vírus são das mais variadas, desde a relação sexual sem preservativo onde um dos envolvidos seja portador do vírus, uso de seringas compartilhadas entre usuários de drogas e outras mais. As equipes de saúde empenham-se a divulgar tudo sobre o HIV e ensinar como não se contaminar pelo vírus através de campanhas de esclarecimentos a população, organizadas pelo Ministério da Saúde em conjunto com a Vigilância Epidemiológica.

2. OBJETIVO

Tem como intuito mostrar como é, como se transmite, os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a prevenção do HIV, além da atuação dos profissionais da Saúde junto a comunidade, estando os mesmos presentes no combate a este vírus devastador que ao longo do tempo trouxe tanto sofrimento e morte em várias parte do mundo. Além disso os profissionais da saúde tem um grande papel que é o de ser o esclarecedor de dúvidas que ainda persistam na população sobre o HIV.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 HIV

Os primeiros casos em que se tem o registro sobre o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e sua evolução para a AIDS ocorreram no início dos anos 80, causando grande temor no mundo inteiro.

No sistema imunológico é onde o HIV intensifica o seu ataque, pois com o mesmo prejudicado o risco de infecções é maior e a atuação do vírus é intensificada. O HIV faz parte do grupo dos retrovírus e por contar com material de células humanas fica camuflada, dificultando a identificação e combate pelos glóbulos brancos CD4.

A atuação do vírus abrangeu o mundo todo, sua forma de ataque é sobre os glóbulos brancos. Os glóbulos brancos são responsáveis pela defesa do corpo humano, sendo os mesmos conhecidos por célula CD4; o HIV ataca a célula CD4, inserindo os seus genes no DNA da célula e atua sobre ela com o propósito de multiplicar-se e vai repetindo processo sobre as células CD4 que encontrar e por fim estas células vem a morrer.

A partir do momento em que o vírus se alastrou e o glóbulos brancos se tornam as ineficazes no combate de outras doenças é sinal que a AIDS já está presente.

3.2 SINAIS E SINTOMAS

A partir da entrada do vírus e o ataque do mesmo no sistema imunológico inicia-se a primeira fase que se caracteriza pela incubação do HIV. O período de incubação pode variar de 3 a 6 semanas, só que para que o organismo se organize e combata a infecção é necessário um período de 30 a 60 dias para ocorrer a produção dos anticorpos anti-HIV. Seguem-se após isso os primeiros sintomas que para muitos são identificados como uma simples gripe, chegando a ocorrer mal-estar e febre e por isso na maioria da vezes nem dão conta de que podem estar com o vírus.

A fase seguinte é aquela onde há o ataque do vírus e a defesa do organismo pela célula CD4, ocorrendo durante esse embate rápidas mutações do vírus enfraquece o organismo da pessoa e assim acarreta o surgimento de novas doenças. Nesse período os vírus se desenvolvem e morrem por igual, sendo que isso pode durar anos, sendo portanto assim assintomático.

Com o passar do tempo e o ataque constante do vírus o organismo vai ficando debilitado e as células de defesa ineficiente.

Durante a fase inicial a queda da quantidade de linfócitos T CD4 é alta em relação a faixa de referência. A faixa de nível normal em adulto fica entre 800 a 1.200 unidades por mm3 de sangue e com a queda desses linfócitos T CD4 a quantidade fica abaixo de 200 unidades por mm3. Neste momento a pessoa debilitada pode sentir sintomas como febre, diarréia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade é a porta de entrada para muitas doenças devido a debilidade do organismo da pessoa, e a partir desse momento a AIDS já está presente. Devido essa baixa imunidade caso e a pessoa desconheça ser portadora da AIDS ou não esteja fazendo adequadamente o tratamento pelo médico pode contrair por exemplo uma das seguintes enfermidades: Hepatites virais; Tuberculose; Toxoplasmose; Linfomas Não-Hodgkin;

3.3 TRATAMENTO

Apesar do avanço da medicina ainda não há uma cura para a AIDS, mas diante de tanta mortandade houve por parte de pesquisadores o desenvolvimento de várias drogas que conseguiram deter o avanço do vírus e por tabela a destruição por ele das células CD4.

Para este tratamento são utilizados quatro tipos de drogas:

o Inibidores de entrada que tem como função impedir o acesso do vírus e a aderência das proteínas na célula CD4. São eles: Fuzeon e Selzentry ou Celsentri .

o Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa tem como função impedir o vírus de fazer a cópia de seus genes. A droga em questão faz a sua versão defeituosa dos nuclesídeos. São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina;

o Inibidores Não-Nucleosídios da Transcriptase Reversa tem como objetivo atrapalhar o processo de replicação do HIV, ao aderir à enzima que controla o processo, conhecida como transcriptase reversa. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.

o Inibidores de Protease: essas drogas atingem outra enzima envolvida no processo de multiplicação do vírus, a protease. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir.

O HIV após algum tempo no organismo vem a sofrer mutações e a medida que o paciente vai usando os medicamentos este vírus vem a desenvolver resistências a ação dos mesmos.

Estes medicamentos utilizados como muitos outros podem provocar efeitos colaterais, dentre eles podemos citar:

Náusea;

Vômito;

Dor de cabeça;

Fadiga;

Insônia;

Dor de estômago;

Problemas no fígado;

Inflamação;

Anemia;

Em sua primeira consulta é necessário que o paciente passe toda a informação contida no seu histórico clínico inicial, pois a partir disso o médico fará o pedido de exames para saber a real situação do paciente e prescrever o medicamento adequado a sua situação. Podemos citar como exames pedido pelo médico o hemograma completo, glicemia, colesterol, raios-X de tórax, hepatite B e C, tuberculose e os testes de contagem dos linfócitos T CD4+ (indica o sistema de defesa) e o de carga viral (quantidade de vírus circulante no sangue).

O paciente em mão dos exames retornará ao médico que faz o acompanhamento do seu caso e o médico por sua vez irá esclarecer as dúvidas que o paciente tenha sobre o tratamento indicado.

O médico irá deixar prescrito a forma de como tomar os remédios, o melhor horário para a administração do medicamento sem alterar a rotina diária do paciente e assim garantir a eficácia do tratamento.

3.4 PREVENÇÃO

A prevenção vem a ser a melhor forma de combater o vírus HIV, sendo que há vários meios onde o contágio por esse vírus pode acontecer.

O maior objetivo é prevenir a transmissão do vírus com trabalho de prevenção de contaminação através do Ministério da Saúde e a UBS, ambos fazem um trabalho de conscientização quanto ao uso de preservativos, tentando controlar a transmissão e disseminação do HIV e assim reduzir a mortalidade associada a essa infecção.

Para o governo fica mais barato trabalhar com a profilaxia em UBS e escolas, pois o tratamento caso haja a infecção e a evolução para AIDS, é a longo prazo, muito caro e ainda sem cura definitiva.

O Ministério da Saúde junto com a Vigilância Epidemiológica fazem também um trabalho de controle sobre transfusão de sangue, onde o sangue do doador é obrigatoriamente testado para verificar se o mesmo tem o vírus HIV e com isso os doadores infectados são excluídos do banco de sangue.

Outras formas de se prevenir a infecção pelo vírus são as seguintes:

O uso de preservativos tanto masculinos e femininos são formas eficazes de proteção contra a infecção do vírus HIV durante a relação sexual;

Os testes e processos em hemoderivados para que verifiquem se os mesmos não contém o vírus;

Exames que determinem a confirmação ou não do HIV do órgão doado e assim zelem pela integridade do futuro receptor;

Ação de conscientização a usuários de drogas injetáveis por profissionais da saúde e agentes comunitários quanto ao uso e compartilhamento de seringas com drogas, sendo essa uma porta de entrada para o vírus HIV;

Deve-se ter cuidados com instrumentos perfuro-cortantes , que devem seguir as normas da Vigilância Sanitária no que se refere a desinfecção, esterilização ou descarte quando assim for necessário. Lembrando que esse material deve ser acondicionado em caixa coletora de material perfuro cortante (Descarpack), tudo isso para se evitar acidentes com esses materiais que podem estar contaminados com HIV ou outras patologias. Nesse caso específico esse cuidados tem relação aos profissionais da área da saúde.

Para que não ocorra a transmissão perinatal é necessário que a gestante portadora do HIV tome o medicamento prescrito para ela, nesse caso o AZT (Zidovudina) durante a gravidez. O AZT (Zidovudina) também deve ser administrado para a criança até a 6ª semana de vida.

3.5 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

As notificações são feitas após os casos serem confirmados, sendo essas notificadas a Vigilância Epidemiológica e posteriormente ao Ministério da Saúde.

Com isso abre-se um protocolo próprio para procedimentos do HIV, onde começa um trabalho para instruir o paciente a tomar os medicamentos, as medidas preventivas e há ainda uma investigação, sobre a possibilidade da pessoa de ter contaminado alguém ou de quem ela pegou caso não tenha parceiro fixo, sendo necessário medidas de controle e prevenção de transmissão sexual visando prática de sexo seguro e cuidados com transmissões sanguíneas.

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