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FATOS SOCIAIS

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Por:   •  28/4/2014  •  1.613 Palavras (7 Páginas)  •  2.141 Visualizações

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FATOS SOCIAIS

Uma definição simplificada de Fatos sociais é: São maneiras coletivas, exteriores e gerais de agir, pensar e sentir, pertencentes a determinados grupos sociais. Para que existam fatos sociais, é preciso que o ser humano seja socializado. Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria (sem a socialização, não saberíamos nem andar nem falar).

Exemplos de fatos sociais: falar um idioma, usar roupas, obedecer regras, leis normas, agir conforme os usos, costumes, etc. até mesmo atitudes consideradas fora dos padrões tais como o crime em geral (roubo, furto, assassinato, etc) são considerados como fatos sociais, já que os mesmos são reprovados e sujeitos a punição.

Durkheim define os fatos sociais, atribuindo-lhes três características:

1 – COERCITIVIDADE: A coerção social é a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, obrigando-os a conformarem-se às regras impostas pela sociedade em que vivem. Tal força manifesta-se quando o indivíduo usa um determinado idioma, participa de determinado tipo de formação familiar ou religiosa, quando está subordinado a determinado código de leis, etc. A coerção é constatada pelas sanções (punições) que serão impostas ao indivíduo, caso ele venha a se rebelar. Essas sanções, em princípio, são espontâneas, para desvios leves, provenientes de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence (ex: desobedecer aos pais). Desvios considerados graves sofrem coerção através da punição (peso das leis) ex: cometer um crime e pagar a pena do mesmo.

"Na nossa cultura, o uso de vestimentas é algo que vem sendo transmitido de gerações para gerações, fazendo com que o indivíduo tenha essa prática naturalmente. Aquele que por alguma razão não o fizer, estará sujeito a ser excluído ou discriminado dentro do seu grupo, por não enquadrar-se aos padrões que a própria sociedade determinou."

- Exemplos de instituições coercitivas: Família, Escola, Religião, Forças Armadas, Empresa (pública ou privada), etc.

A coercitividade, geralmente, é considerada ruim para quem a sofre, mas é uma das ações humanas mais importantes para o progresso da humanidade: sem ela, a maioria da população seria analfabeta, ignorante, violenta, etc. Sem ela, os filhos não respeitariam os pais, nem os pais educariam os filhos, a produtividade do trabalho seria baixíssima, a preguiça, a violência e a ignorância grassariam no meio do povo.

2 – EXTERIORIDADE: A segunda característica dos fatos sociais é que eles são exteriores e superiores a nós. Podemos exemplificar com as diversas leis, portarias, decretos, etc. além disso, temos a influência das religiões e a mídia em geral com sua forte influência sobre a vida da população (em geral alienada), tais como a música, a televisão, os filmes, as novelas, a propaganda, internet, etc.

3 – GENERALIDADE: Os fatos sociais se manifestam através da natureza ou consciência coletiva ou um estado comum ao grupo, a exemplo, os sentimentos e a moral. "É social todo fato que é geral." A generalidade de um fato social, ou seja, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão. O normal é aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de ter uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o desenvolvimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral acaba definindo a norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo. A partir do normal, Durkheim analisa o patológico. As sociedades modernas são doentes porque sofrem de anomia. Estão submetidas a mudanças tão brutais que o conhecimento coletivo não estabelece um corpo de regulamentação adequado, seja pela ausência de vontade (querer algo), ou ainda, pela falta de maturidade de seus integrantes. Ante a imensa massa de homens que uma nação moderna representa, o indivíduo só pode sentir-se solitário: o suicídio procede de causas sociais e não individuais.

CONSCIÊNCIA COLETIVA (faz parte da generalidade): É o conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade" que forma um sistema determinado com vida própria". Ela está espalhada por toda a sociedade e revela o tipo da sociedade, que não seria apenas o produto das consciências individuais, mas algo diferente, que se imporia aos indivíduos e perduraria através das gerações. É através da consciência coletiva que identificamos o que é considerado imoral, reprovável ou criminoso.Durkheim afirma que mesmo havendo a "consciência individual", nota-se no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chamou de consciência coletiva, ou seja, é o "conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade" que "forma um sistema determinado com vida própria".

A consciência coletiva é a forma moral vigente (moral que está em vigor ou em uso) na sociedade. Ela aparece como regras fortes e estabelecidas que delimitam o valor atribuído aos atos individuais. Ela define o que, numa sociedade, é considerado errado, imoral ou criminoso.

- A consciência coletiva é mais uniformizada nas sociedades simples ou primitivas. Quanto maior é a consciência coletiva, maior é a coesão entre os participantes da sociedade estudada, ou seja, há mais semelhança de usos, costumes, crenças, etc., ao mesmo tempo que é menor a individualidade. Um bom exemplo disto são as sociedades simples ou primitivas, como as tribos indígenas isoladas. Nestas sociedades (de solidariedade mecânica), as mudanças na consciência coletiva são bem mais lentas que nas sociedades onde há

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