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História Da Psicologia

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Por:   •  7/4/2014  •  9.097 Palavras (37 Páginas)  •  451 Visualizações

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

O texto abaixo apresenta a história da psicologia em diferentes contextos por qual essa foi se modificando, de uma disciplina para uma ciência.

Embora o texto seja sobre o estudo da história da psicologia, entendo que os diversos fatores apresentados pelos autores como: o contexto em que se desenvolve a história, a economia, distorções intencionais ou não por parte de historiadores que podem ter modificado o curso da história e a compreensão que temos desta hoje, são fatores presentes em qualquer história.

Concordo com os autores, a história não é estática, está em mútua e constante transformação; a história não pode ser compreendida como estando acabada.

O Desenvolvimento da Psicologia Moderna

Começamos com um paradoxo, uma aparente contradição, ao observar que a psicologia é uma das mais antigas disciplinas acadêmicas e, ao mesmo tempo, uma das mais novas. O interesse pela psicologia remonta aos primeiros espíritos questionadores. Sempre tivemos fascínio pelo nosso próprio comportamento, e especulações acerca da natureza e conduta humanas são os tópicos de muitas obras filosóficas e teológicas. Já no século V A.C., Platão, Aristóteles e outros sábios gregos se viam às voltas com muitos dos mesmos problemas que hoje ocupam os psicólogos: a memória, a aprendizagem, a motivação, a percepção, a atividade onírica e o comportamento anormal. As mesmas espécies de interrogações feitas atualmente sobre a natureza humana também o eram séculos atrás, o que demonstra uma continuidade vital entre o passado e o presente em termos de seu objeto de estudo.

Embora os precursores intelectuais da psicologia sejam tão remotos quanto os de qualquer disciplina, a moderna abordagem psicológica teve início há pouco mais de cem anos. O centenário de nascimento da psicologia moderna foi comemorado em 1979.

A distinção entre a psicologia moderna e seus antecedentes estão menos nos tipos de perguntas feitas sobre a natureza humana do que métodos empregados na busca das respostas a essas perguntas.O que distingue a disciplina mais antiga da filosofia da psicologia moderna são as abordagens e as técnicas usadas, que denotam a emergência desta última como um campo de estudo próprio, essencialmente científico.

Até o último quarto do século XIX, os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, a intuição e a generalização baseadas em sua limitada experiência. Sucedeu uma transformação no momento em que os filósofos começaram a aplicar os instrumentos e métodos que já tinham se mostrado bem-sucedidos nas ciências físicas e biológicas a questões relativas à natureza humana. Somente quando os pesquisadores passaram a se apoiar na observação e na experimentação cuidadosamente controladas para estudar a mente humana é que a psicologia começou a alcançar uma identidade que a distinguia de suas raízes filosóficas.

A nova disciplina da psicologia precisava desenvolver maneiras mais precisas e objetivas de tratar o seu objeto de estudo. Boa parte da história da psicologia, depois de sua separação da filosofia, é a história do contínuo aprimoramento de instrumental, técnicas e métodos de estudo voltados para alcançar uma precisão e uma objetividade maiores tanto no âmbito das perguntas como no das respostas.

Se temos a intenção de compreender os complexos tópicos que definem e circunscrevem a psicologia de hoje, o ponto de partida adequado à perspectiva da história deste campo é o século XIX, O momento em que a psicologia se tornou uma disciplina independente com métodos de pesquisa e raciocínios teóricos característicos.

Não podemos negar que os primeiros filósofos e estudiosos especularam sobre problemas referentes à natureza humana; eles por certo o fizeram. "Quando examinamos os tópicos que hoje compõem a literatura da psicologia profissional" -escreveu Daniel Robinson, historiador de psicologia da Universidade Georgetoum-, "temos muita dificuldade para encontrar um que não tenha sido formulado, com freqüência de uma maneira a ser aperfeiçoada, [no] século XIX" (Robinson, 1981, pp. 390-391). No entanto, é limitada a influência desses primeiros estudiosos no desenvolvimento da psicologia como ciência distinta e essencialmente

experimental.

Somente há cerca de cem anos os psicólogos definiram o objeto de estudo da psicologia e estabeleceram seus fundamentos, confirmando assim sua independência em relação à filosofia. Os primeiros filósofos se preocuparam com problemas que ainda são de interesse geral, mas os abordaram de modos vastamente distintos dos empregados pelos atuais psicólogos. Esses pioneiros não eram psicólogos no sentido contemporâneo do termo, e discutiremos as suas idéias apenas quando apresentarem uma relação direta com o estabelecimento da psicologia moderna.

A idéia de que os métodos das ciências físicas e biológicas poderiam ser aplicados ao estudo de fenômenos mentais foi herdada do pensamento filosófico e das pesquisas fisiológicas dos séculos XVII a XIX. Essa época fervilhante constitui o cenário imediato do qual surgiu a psicologia moderna. Enquanto os filósofos do século passado preparavam o caminho para a abordagem experimental do funcionamento da mente, os fisiologistas atacam independentemente dos mesmos problemas a partir de outra direção, e davam largos passos rumo à compreensão dos mecanismos corporais que estão na base dos processos mentais.

Seus métodos de estudo eram diferentes do procedimento filosófico, mas a eventual união dessas disciplinas apartadas -a filosofia e a fisiologia -produziram um campo de estudo em que, ao menos em seus anos de formação, se fez uma tentativa de preservar as tradições e crenças conflitantes de cada uma delas.

Felizmente, a nova psicologia logo conseguiu alcançar identidade e estaturas próprias.

O primeiro indício de um campo distinto de pesquisa conhecido como psicologia manifestou-se no último quarto do século XIX, quando o método científico foi adotado como um recurso para tentar resolver os problemas & psicologia. No decorrer desse período, manifestaram-se várias indicações formais de que essa disciplina começava a florescer. Em dezembro de 1879: em Leipzig, Alemanha, Wilhelm Wundt implantou o primeiro laboratório de psicologia do mundo. Em 1881, fundou a revista Phílosophische Studien (Estudos Filosóficos),considerada a primeira a revista de psicologia dedicada primordialmente a relatos experimentais.

Em 1887, G. Stanley Hall fundou o American Journal of Psychology, a primeira revista psicológica

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