TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

‘’MEMORIAL DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL’’

Por:   •  18/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.033 Palavras (9 Páginas)  •  424 Visualizações

Página 1 de 9

[pic 1][pic 2]

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

serviço social viii

‘’MEMORIAL DE INSTITUCIONALIZAÇÃO

DO SERVIÇO SOCIAL’’

[pic 3]

Maceió

2014


‘’ MEMORIAL DE INSTITUCIONALIZAÇÃO

DO SERVIÇO SOCIAL’’

Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, 8º SEMESTRE

Prof. Maria Angela Santini, Paulo Sergio Aragão, Rodrigo Eduardo Zambon.

Maceió

2014

Sumário

INTRODUÇÃO        4

DESENVOLVIMENTO        5

CONCLUSÃO        9

REFERÊNCIAS        10


INTRODUÇÃO

Desde 1930, quando foi regulamentada como profissão, serviço social no Brasil teve várias fases. É a partir da década de 40 quando começam as inquietações dentro da profissão, que começaram a ocorrer mudanças substanciais que a levou para um lado mais abrangente, com mais autonomia dentro do que se propõe como profissão que trata diretamente com o ser humano. Sendo assim então se tornou indispensável, pois não de trata apenas de ajudar operários a aceitar sua condição de gerador de capital, e sim de atuar como total conhecedor das necessidades humanas, ajudando também a enxergar novos horizontes, novas perspectivas, outros conhecimentos e outras possibilidades que aquelas a que tem naquele momento como único meio de seguir em frente, na luta pela sobrevivência.

DESENVOLVIMENTO

.

No Brasil, segundo IAMAMOTO, o Serviço Social surge no início da década de1930 através do movimento de “reação católica”, e “é respaldado em uma vasta rede de organizações difusoras de um projeto de recristalização da ordem burguesa, sob o imperativo ético do comunitarismo cristão, exorcizando essa ordem de seu conteúdo liberal”.(IAMAMOTO, 2004, p. 18). Observa-se que o Serviço Social surge como uma tentativa de recuperar áreas de influências e privilégios que a Igreja havia perdido, em face à crescente secularização da sociedade e das tensões presentes em suas relações com o Estado e também pela sua legitimação jurídica dentro do parato estatal. 
                          Com as mobilizações e reivindicações da classe trabalhadora nas primeiras duas décadas do século passado, abre-se o debate sobre a “questão social” em toda sociedade, o que obriga o Estado, a Igreja e a burguesia a se posicionarem diante dela. Conforme Martinelli (2001, p. 122) 
A luta pela vida, pela sobrevivência, pelo trabalho, pela liberdade, levava o proletariado a avançar em seu processo organizativo, o que era visto com muita apreensão pela burguesia. Unindo-se ao estado e a Igreja, como poderes organizados, a classe dominante procurava conceber estratégias, como força disciplinadora e desmobilizadora do movimento proletário. 
                           Neste contexto, a Igreja através de suas ações em obras assistenciais, implementadas, com o objetivo de solidificar sua penetração entre os setores operários, influem na fundação das primeiras escolas de Serviço Social no país, tendo inicialmente a influenciado Serviço Social europeu e mais tarde do Serviço Social norte-americano com uma base ética filosófica neotomista e princípios oriundos de uma moral religiosa, particularmente da Ação Católica.

Baseados nestes princípios o Serviço Social surge da iniciativa de grupos e frações de classe dominante, que se expressavam através da Igreja, como um dos desdobramentos do movimento do apostolado leigo (IAMAMOTO, 2004, p. 19). Segundo IAMAMOTO a Igreja em sua preocupação com a “questão social” se prontifica em compartilhar da ação do Estado no que concerne às famílias através de sua ação doutrinaria e organizadora, com o objetivo de “livrar o operariado das influências da vanguarda socialista do movimento operário e harmonizar as classes em conflitos a partir do comunitarismo cristão” (2004, p. 19).

                            O Serviço Social não pode ser entendido apenas como nova forma de exercer a caridade, mas,sobretudo, como forma de intervir ideologicamente na vida dos trabalhadores, ainda que sua base seja a atividade assistencial; porém seus efeitos são essencialmente políticos: através do “enquadramento dos trabalhadores nas relações sociais vigentes, reforçando a mutua colaboração entre capital e trabalho” (IAMAMOTO, 2004, p. 20).Conforme IAMAMOTO (2004, p. 20-21) observa-se que diferentemente da caridade tradicional, que se limitava à reprodução da pobreza, a profissão propõe: Uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação junto às famílias trabalhadoras; Diferentemente da assistência pública, por desconhecer a singularidade e as particularidades dos indivíduos, o Serviço Social passa a orientar a “individualização da proteção legal, entendida como assistência educativa adaptada aos problemas individuais;Uma ação organizativa entre a população trabalhadora, dentro da militância católica, em oposição aos movimentos operários que não aderiram ao associativismo católico.

        Mediante esses elementos a autora enfatiza que o “Serviço Social emerge como uma atividade com bases mais doutrinarias que científica, no bojo de um movimento de cunho reformista-conservador” (IAMAMOTO, 2004, p. 21). Os profissionais do serviço social buscam no passado da profissão, elementos para fundamentar as inquietações dentro do meio profissional a partir de 1964. Com a igreja assumindo um papel ativo na ‘’questão social’’, a profissão foi institucionalizada a partir da década de 30. 
Temendo uma revolta maior dos operários que se apoiavam mutuamente, o Estado resolveu reconhecer os direitos mínimos dos operários, tendo em vista com isso fazer com que os proletários se mantivessem numa posição subordinada confortável, porém impossibilitados de ter um movimento autônomo. 
                         Em 1936 foi criada a primeira escola de serviço social do Brasil, em São Paulo, para dar assistência aos operários e fazer o papel de ponte entre eles e o Estado, já que o processo de repressão usado até então, já estava ficando insustentável. A igreja católica usando a sua credibilidade perante a sociedade, fez o trabalho assistencialista com base na moral da família operária, afim de plantar em suas mentes um cotidiano que se adaptasse ao modo de vida burguês que era superior. 
                        A partir da década de 40 a profissão é marcada por uma nova fase, que se deve ao aprofundamento do capitalismo no Brasil, e ao fim da segunda guerra mundial, expandindo-se em termos numéricos e também em oportunidades no mercado de trabalho. O empresariado agora mais humano propõe a criação de instituições assistenciais e educacionais, para sanar suas necessidades sociais e técnico-profissionais. Em 1960 acontece um processo de expansão profissional do ponto de vista numérico, e das diversificações de suas funções. Neste cenário os profissionais estavam mais integrados com a população, que por sua vez estava mais politizada. 
                          Em 1964 o Estado, com seu modelo social altamente excludente, dispensa qualquer participação popular com uso de força e estabelece mecanismos de desorganização das entidades políticas e sociais. 
A indústria cria vários institutos assistenciais, e com isso cresce a importância do assistente social para a parte burocrática, e administrativa para a manutenção dessas instituições. Com todo esse debate político, os profissionais do serviço social viram se abrir novos leques de oportunidades e experiências para consolidar cada vez mais a profissão. 
Percebe-se que com essa análise que a profissão está evoluindo, muito embora ainda esteja longe de atender plenamente o usuário, pois a problemática ultrapassa a autonomia do assistente social, para agir a buscar soluções, para os problemas de forma eficaz. 

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12.1 Kb)   pdf (129.6 Kb)   docx (24.2 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com